
Virgílio decide apresentar nova representação contra Sarney
Brasília - O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), mudou novamente de opinião e determinou que seus assessores jurídicos preparem uma nova denúncia contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), pelo envolvimento direto na contratação de Henrique Dias Bernardes, namorado da neta Maria Beatriz Sarney, pelo Senado em ato secreto. "Assim que estiver pronta vamos encaminhar", disse o tucano.Ontem, Virgílio tinha anunciado que entraria com novo pedido de investigação contra o ex-diretor-geral Agaciel Maia, mas hoje disse ter refletido e entrará com ações contra Sarney e contra Agaciel. Segundo o tucano, as transcrições de gravações entre Sarney e o filho, Fernando Sarney, negociando a contratação de Bernardes, publicadas nesta quarta-feira pelo jornal O Estado de S.Paulo, constituem prova inequívoca de envolvimento na contratação irregular do namorado da neta.O vice-líder do partido, Álvaro Dias (PR), concorda com a avaliação de Virgílio e diz que não há mais razões para falar em arquivamento de denúncia no Conselho de Ética. "Isso apenas comprova, não é fato novo, mas é prova material dos fatos, que torna irreversível o acolhimento das denúncias pelo Conselho de Ética".A denúncia só deve ser protocolada na Mesa do Conselho após 31 de julho, quando acaba o recesso parlamentar. Até lá Virgílio negocia com a bancada do PSDB a transformação da denúncia em representação para evitar quaisquer chances de arquivamento sumário do pedido de punição pelo presidente do colegiado, Paulo Duque (PMDB-RJ).Procurado pelo ABC Politiko, o primeiro-secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI), disse que não tomou ainda conhecimento dos diálogos revelados pela reportagem. O senador também disse que vai analisar o pedido de Arthur Virgílio para só depois relatar o que será feito pela Primeira Secretaria.DenúnciasAlém dessa denúncia, Sarney é alvo de outras três reclamações do tucano no Conselho de Ética e uma representação do PSOL.Sarney foi denunciado pelos atos secretos, pela suspeita de que teria interferido a favor de um neto que intermediava operações de crédito consignado para servidores do Senado e também pela suspeita de ter usado o cargo para interferir a favor da fundação que leva seu nome.
Fonte: www.abcpolitiko.com.br
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