Desconfortável no PT, a senadora Marina Silva (AC) foi convidada a ingressar no PV e a concorrer à presidência da República em 2010.
A senadora resolveu tomar o convite a sério. Pediu tempo para pensar. Avisou aos seus aliados do PT do Acre que não exclui a hipótese de abraçar o desafio.
São três os petistas mais ligados a Marina: os acreanos Tião Viana (senador), Binho Marques (governador) e Jorge Viana (ex-governador).A trinca tenta segurar Marina, vista como candidata a uma reeleição praticamente certa para o Senado.
Conforme noticiado pela repórter Mônica Bergamo, a cúpula do PV levou a Marina pesquisa tentadora. Uma sondagem presidencial.
Marina figura no levantamento com 12% das intenções de voto para a presidência. Como percentual de largada, não é coisa desprezível.
Aos olhos de hoje, a hipótese de Marina virar presidente da República é improvável. Mas a senadora é dada a gestos incomuns.
Num universo em que os cargos costumam valer mais do que as biografias, a senadora deixou o ministério do Meio Ambiente pela porta da frente.
Sentindo que Lula lhe retirava o chão, Marina disse que preferia perder o cargo a perder o juízo. E foi-se embora.
Não é despropositado supor que uma personagem assim se aventure na corrida presidencial apenas pelo gosto de defender as causas nas quais acredita.
Fonte: Folha Online
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