segunda-feira, 28 de maio de 2012




Lula um farsante

PEDRO OLIVEIRA

 O Brasil que raciocina e consegue se indignar com  a corrupção, a improbidade e a impunidade deve ter acordado neste domingo com uma grande ressaca moral. Com certeza Lula e os petistas não, pois não conhecem o que é moral nem dignidade.

A revista Veja em sua edição da semana traz uma matéria que envolve a falta de moral e de escrúpulos do ex-presidente na tentativa desesperadora de adiar o julgamento dos réus do Mensalão pelo Supremo Tribunal Federal, pois não tem dúvida da condenação dos principais atores de seu governo e a desmoralização do seu partido.

Conta a revista que “ Há um mês , o ministro Gilmar Mendes, do STF, foi convidado para uma conversa com Lula em Brasília.O encontro foi realizado no escritório de advocacia do ex-presidente do STF e ex-ministro da Justiça Nelson Jobim, amigo comum dos dois. Depois de algumas amenidades , Lula foi ao ponto que lhe interessava e disse a Gilmar:  “ É inconveniente julgar esse processo agora”. Para espíritos mais sensíveis , Lula já teria sido indecoroso simplesmente por sugerir a um ministro do STF o adiamento de um julgamento de interesse de seu partido. Mas o mais grave estava por vir. Depois de afirmar que detém o controle  da CPI do Cachoeira, Lula, magnanimamente , ofereceu proteção ao ministro Gilmar Mendes, dizendo que ele não teria motivos para preocupação com as investigações. Se Gilmar aceitasse ajudar os “mensaleiros” , ele seria  blindado na CPI. – “ Fiquei perplexo com o comportamento e as insinuações despropositadas do presidente Lula”, disse Gilmar Mendes a Veja. O ministro defende a realização do julgamento neste semestre para evitar a prescrição dos crimes. Como o cinismo de Lula  não tem limites afirmou ainda que estava conversando via interlocutores com outros ministros a exemplo de Carmem Lúcia, Ricardo  Lewandowski e seu “controle” sobre o ministro  Dias Toffoli ( ex advogado de petistas). O presidente do STF, ministro Ayres Britto, foi comunicado sobre a conversa  e afirmou: “ Confesso que depois que conversei com o Gilmar acendeu a luz amarela , mas eu mesmo tratei de apagá-la”. Fazia referencia a um convite que havia recebido dias atrás para “tomar um vinho” com Lula.

Para mim Lula é bandido e sempre foi. Em meu livro “Arquivo Aberto/Crônica de um Brasil Corrupto”, lançado em 2006, ainda no primeiro governo petista eu digo sobre o episódio do Mensalão: “Lula é o protagonista mais inocente da história política brasileira ou o mais provável não passa de um grande farsante, despreparado e ilhado por um mar de corrupção. Desde os primeiros momentos da crise pútrida provocada pelo seu partido, revelado como um covil da mais sórdida escória e marginalidade, até os dias atuais se comporta como se estivesse à margem de toda essa lama que nasceu no Congresso Nacional, percorreu os salões do Palácio do Planalto e com certeza beirou a alcova presidencial”.

E no mesmo capitulo falo sobre o PT. “Um partido travestido de encantos morais e éticos, quando na verdade escondia em seus subterrâneos as mais tenebrosas transações, os mais escabrosos gângsteres da marginalidade sindical e oficial. Um partido que pousando de modelo vê-se envolvido com assombrosa corrupção, roubos, prostituição e até assassinatos”. E em um trecho reproduzo uma frase do ex-presidente Fernando Henrique: “A ética do PT é roubar. Acho que o Lula é muito ingênuo para ser presidente. Ele tem que escolher, ou ele é muito ingênuo ou ele sabia da corrupção, o que é muito pior”. Ele sabia e era muito pior.

O episódio grotesco denunciado por Veja não me causa nenhuma surpresa. Falo do caráter de Lula e das práticas petistas desde o dia em equivocadamente o Brasil entregou o poder para a bandidagem tomar conta.

Com certeza esta semana a marginália desesperada vai contra-atacar. Desqualificar o ministro Gilmar Mendes, dizer que tudo é mentira na reportagem de Veja, mesmo diante de fatos, fotos, declarações e provas dos atos criminosos do maior líder da quadrilha.

Que o Brasil  indignado exerça as pressões democráticas e cidadãs e que os ministros do STF possam dar como resposta ao desrespeito a instituição um julgamento ágil, justo e honesto.

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