Para refletir: De
que adianta apregoar “experiência” quando esta é voltada para atos de
improbidade, formação de quadrilha, fraudes em licitações e desvio de dinheiro
público?
Quanto à outra ação que coloca o
candidato como “ficha suja” lhe cabendo mais um impedimento para concorrer a
eleição de prefeito tenho ouvido de operadores do Direito, especialistas e até
do presidente afastado do TRE, desembargador Orlando Manso que a decisão será
condenatória.
Como em outras eleições o candidato
vai recursar a instâncias superiores praticamente sem chances de sucesso.
Independente de futuros julgamentos passa a transitar na passarela das eleições
levando nas costas a marca do candidato impugnado.
Todo mundo sabe que o eleitor não
gosta de votar em candidato cujo mandato esteja ameaçado judicialmente e com
claras possibilidades de condenação definitiva. Ninguém quer perder seu voto.
É de livre arbítrio o senhor Lessa
usar do “Jus Esperniandi”. Seus
seguidores já começam a culpar os adversários por suas derrotas judiciais. Mas
convenhamos, nenhum partido político ou candidato tentou até agora impugnar sua
candidatura. No primeiro caso foi o próprio Ministério Público, guardião da
sociedade e dos princípios constitucionais, que o denunciou. No segundo um
movimento apartidário que tem como foco o combate implacável a corrupção no
processo eleitoral. Uma coisa é certa: o candidato segue em campanha mas com a
espada de Justiça e o carma da dúvida da impugnação ameaçando sua candidatura.
Um país de vigaristas
Jamais se viu nação tão
corrompida como a nossa. Em qualquer atividade prevalecem os vigaristas. Dos
grandes, daqueles que enviaram 520 bilhões de dólares para os paraísos fiscais,
até os pequenos, os que roubam no peso do pão ou os que vendem o voto por um
par de chinelos.
Por força de um poder
público deteriorado desde o Descobrimento, formamos uma sociedade cruel, que de
algumas décadas para cá apodreceu. Vence quem pode tirar vantagem em tudo,
aliás, uma injustiça para com o grande craque do passado, que em campo jamais
deixou de dar o máximo de seus esforços.
É essa a realidade
com que nos defrontamos. Quem pode burla o fisco, sabendo não ficarem atrás os
coletores de impostos. Os encarregados de fazer leis procuram primeiro saber
onde e como elas irão beneficiá-los. Aqueles que apelam para a ilusão de uma
outra vida distorcem a fé para locupletar-se nesta vida mesmo. Dos julgadores,
nem haverá que falar, boa parte empenhada tanto na venda de sentenças quanto no
aumento de suas remunerações. (Carlos Chagas/Tribuna da Imprensa/RJ.
Chapão
já pensa em plano B
Na
visão analítica do jornalista Ricardo Mota (Site Tudo na Hora) e nas
conversas e encontros políticos da
cidade começa a circular com mais força a estratégia de um “plano b” nos intestinos do Chapão para substituir o
nome do candidato a prefeito diante das dificuldades que enfrentará Ronaldo Lessa para manter sua candidatura.
O
próprio senador Renan Calheiros, líder maior e gestor do grupo, já teria tomado
providencias no sentido de manter conversas e apontar direções de emergências
para assegurar unidade e participação na disputa.
Embora
seja o sonho do prefeito Cícero Almeida o nome do atual candidato a vice,
Mosart Amaral, tem veto unânime.
Esta
semana aconteceram reuniões em Brasília e em Maceió e vão prosseguir no final
de semana.
Os outros buracos
O secretário de infra-estrutura Marcos
Fireman não deixou por menos os ataques grosseiros e mal educados do candidato
Ronaldo Lessa contra o governador Teotônio Vilela, ao chamá-lo de “cara de
buraco” em um evento de campanha. – “Primeiro o governador não é candidato a
nada e foi eleito pela maioria dos alagoanos numa disputa com o próprio Lessa.
Um outro ponto é que ele não tem
autoridade para falar sobre este assunto, pois buraco foi no que ele deixou nas
ruas de Maceió e nas contas públicas”. A
resposta foi na medida da afirmação leviana. É assim que se faz.
Enganados pela Net
Um conselho de amigo se você vai
contratar um serviço de internet ou TV por assinatura corra rápido da empresa
Net. Eles prometem tudo para lhe vender pacotes caros, prestam um péssimo
serviço, não dão nenhuma assistência ao
cliente, têm um atendimento deficiente e as interrupções são de irritar
qualquer um. O atendimento por telefone é um suplício, nunca resolvem nada e
depois tentam agendar um técnico com prazo de três dias. Maceió precisa receber
empresas de qualidade para desbancar essa tal de Net que tudo promete e nada
faz. Até parece político.
O
futuro nas mãos do Supremo
Começou o julgamento do Mensalão. Com todo o respeito, jamais um
julgamento igual aos outros, como disse o presidente do Supremo Tribunal
Federal, Ayres Britto. Porque o processo dos mensaleiros poderá exprimir
um divisor de águas. Uma encruzilhada onde, seguindo por um lado, a mais alta
corte de justiça estará decretando o começo do fim da impunidade. Optando pelo
caminho oposto, comprovará sermos mesmo uma nação corrompida, realidade da qual
não tem escapado nem escaparão nossas instituições maiores.Não se trata
de condenar todos os 38 réus. Nem de absolvê-los por inteiro. Haverá gradações
de culpabilidade ou até de inocência. O importante será o Supremo reconhecer
que crimes individuais praticados em conjunto transformam o Estado
em instrumento a serviço da corrupção.
O fundamental no julgamento será o reconhecimento, ou não, de ter havido
mais uma quebra, talvez a definitiva, dos valores que deveriam pautar as
relações humanas. A prova de nos constituirmos num país em decomposição.
A decisão, assim, repousa nos onze ministros encarregados de definir o
mensalão: apenas um processo a mais para punir ou livrar bandidos ávidos de
enriquecer, governantes sem escrúpulo, partidos políticos sequiosos de manter o
poder a qualquer custo, banqueiros interessados em receber favores e
representantes do povo que nada representam.
Se o Supremo julgar individualmente os réus, condenando ou absolvendo
cada um, terá realmente promovido um julgamento igual aos outros, onde cidadãos
serão acusados de cumprir ordens superiores ou
manipular recursos para o caixa dois de anteriores campanhas eleitorais
No reverso da medalha, se os doutos integrantes do tribunal, acima e
além da imprescindível apreciação de cada caso, conseguirem
identificar, denunciar e punir algo muito mais grave na ação
do conjunto, grande passo estará sendo dado na luta contra a impunidade.
Precisam entoar um grito de “basta!” Numa palavra,
importa reconhecerem a participação de todos os atuais
réus numa prática tornada rotina entre nós, no caso, o estupro da
lei, da ética e dos costumes que deveriam reger uma sociedade
sadia. Está o futuro nas mãos do Supremo.
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