domingo, 24 de fevereiro de 2013



Para refletir: “Há tempo de trabalhar e há tempo de politicar” – sábias palavras do senador Benedito de Lira – os políticos de Alagoas preferencialmente optam pela segunda  alternativa.


Os nossos “zumbis” no mundo
The Economist  chama políticos brasileiros de “Zumbis” e cita Renan Calheiros como exemplo
A revista inglesa The Economist classificou os políticos brasileiros, citando como exemplo o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), de “zumbis”. O artigo publicado esta semana analisou a manutenção do poder político de figuras públicas envolvidas em casos de corrupção, em alguns casos já até condenadas.
A análise relembra a última eleição de Renan à presidência do Senado em 2007, quando foi obrigado a renunciar por ter sido acusado de ter despesas pessoais pagas por um lobista de construtora. O texto enfatiza também o fato de a presidente Dilma Rousseff ter aceitado a candidatura de Renan depois de ter sido rígida na punição de ministros enredados em episódios de corrupção.
No artigo, Renan é também tido como um “novo exemplo bem estabelecido de fenômeno brasileiro”: do político que não é atingido por denúncias. “O Senhor Calheiros é o mais novo exemplo de um bem estabelecido fenômeno brasileiro: o político que consegue sobreviver a qualquer número de pancadas aparentemente fatais”, resume o semanário.
Outros casos são relembrados pela The Economist. Cita o julgamento do mensalão e também outros políticos condenados por corrupção como os deputados Paulo Maluf (PP) e José Genoino (PT), com críticas de que eles ainda assim continuam exercendo seus mandatos no Congresso.
“Um terço dos legisladores do Brasil ou foram condenados ou estão sendo investigados por crimes que vão de compra de votos a roubo e exploração da escravidão”, diz o texto.
Apesar disso, a revista mostra que a população se mobilizou em protesto contra mais um exemplo de manutenção de políticos acusados de corrupção no poder público. Uma petição foi aberta na internet pedindo o impeachment de Renan Calheiros, atingindo 1,5 milhão de assinaturas, o suficiente para levar a demanda ao Congresso, mas sem efeito legal. (Com informações da Tribuna da Imprensa /RJ)
“Brasileiros ainda têm esperança de que os zumbis políticos sejam postos para dormir”, termina o texto.
MP de Contas
Esta semana foi eleito o novo chefe do Ministério Pública de Contas de Alagoas, procurador Pedro Barbosa Neto, pela unanimidade de seus pares. Tem muita luta pela frente na árdua missão de fazer a Corte de Contas cumprir suas atribuições institucionais. Uma das guerras agora é fazer com que o procurador Gustavo Santos ocupe a vaga de conselheiro do TC que lhe é de direito, porém sob ameaça de ser usurpara pela Assembleia Legislativa para o deputado Fernando Toledo. Se prevalecer a justiça o MP de Contas sairá vitorioso.
Lessa: MP leviano e criminoso
Após ser acusado de desviar  R$ 5 milhões de obras da Secretaria de Saúde para fazer caixa de sua campanha política, o ex-governador Ronaldo Lessa classificou o Ministério Público como “ leviano e criminoso”  , informando  que seus advogados irão entrar com ações contra as acusações que se juntam aos diversos processos de improbidade administrativa que tramitam na justiça contra ele. Lessa se defende afirmando que sua campanha não foi financiada pela empresa citada na denúncia. Segundo ele, a Arquitec – Arquitetura, Engenharia e Construção, pode ter doado dinheiro para a campanha, assim como outras empresas privadas. Tão inocente o coitado!
Fim do ócio remunerado
Férias de 60 dias para juízes e procuradores, privilégio concedido às duas categorias durante a ditadura militar, estão com os dias contados. Cresce dentro das cúpulas do Judiciário e do Executivo um movimento para pôr fim ao mais longo período de ócio remunerado a profissionais bancados com dinheiro público. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, decidiu criar uma comissão especial para revisar e mandar para o Congresso projeto de lei sobre o assunto. Pelo menos três dos mais influentes ministros do STF entendem que não há sentido em manter o mimo para juízes e procuradores, em detrimento de todas as demais categorias profissionais do país. Com as folgas dos recessos de fim de ano e os feriados nacionais, estaduais e municipais, juízes e procuradores somam mais de 90 dias de ócio por ano. Não há nada parecido em nenhum outro país. Não satisfeitos com os excessos, alguns juízes e procuradores vendem parte das folgas para fazer caixa extra. Por lei, juízes não podem vender férias. - Juiz não precisa de férias de dois meses. O que o juiz tem que fazer é organizar o gabinete e trabalhar - disse um dos ministros do STF.
Médicos sem educação
Até no momento de fazer greve, protestar e cobrar justas reivindicações é preciso postura ética, respeito institucional e educação. Infelizmente não foi o que vimos no comportamento de um grupo de médicos que na última terça feira ocupava a galeria da Assembleia Legislativa para cobrar principalmente aumento de salários do governo do estado. Apequenam-se  e se igualam a moleques no momento em que em uma sessão solene, no plenário de um poder, vaiam o governador  em afrontoso desrespeito às instituições e às autoridades presentes. O governador é um homem educado, pois deveria tratar os participantes do ato marginal como um recente governante fazia: no coice. É essa a linguagem que eles devem compreender.

Já esqueceram Ledo Ivo
Confesso que não esperava que fosse diferente. Os órgãos de cultura do estado e também da capital não lembraram do aniversário do grande poeta alagoano Ledo Ivo, recentemente falecido, na última segunda feira. Nenhum ato de comemoração, uma nota ou mesmo uma palavra dos gestores da cultura que preferem  se preocupar com festinhas de rua e  eventos periféricos. Ouvimos apenas a voz solitária da brava vereadora Heloisa Helena, apaixonada pela figura de Ledo Ivo, um nome que levou Alagoas para o mundo com a sua obra. Não vi referencia à data em nenhum jornal, televisão ou rádio. Apenas nas redes sociais os alagoanos lembraram e puderam prestar homenagens ao poeta. Em Alagoas é assim: “Os heróis são esquecidos e os bandidos eleitos”.

No pé do ouvido

Muito cuidado. A população começa olhar atravessado para o acúmulo de lixo em algumas ruas e praças de Maceió. Sabe-se dos graves problemas enfrentados pela administração, mas pelo menos a “lição de casa” não pode parar, pelo contrário, tem que melhorar.

Começam surgir rumores nada agradáveis sobre a metodologia do trabalho dos guardas da SMTT em Maceió. A quantidade de multas (indevidas) começa a assustar os proprietários de veículos e já se fala em “metas” para os guardas  que não cuidam do trânsito, mas enchem o caixa.

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