Para refletir: “O juiz é um profissional como outro
qualquer. Não podemos ter privilégios.Como é que um juiz vai julgar os outros
se ele tem uma vida diferente”.(
Ministra Eliana Calmon).
O Vaticano em chamas
Com o anúncio da renúncia
feito pelo Papa Bento XVI escancararam-se as vísceras da “Casa de Pedro” que se
mostra ao mundo, diante do volume de denúncias e tramas suspeitas, mais próximo
a um enredo da “Cosa nostra”. Ao
tomar conhecimento da noticia liguei para um amigo profundo conhecedor da
história da Igreja Católica para me inteirar melhor sobre a decisão do Sumo
Pontífice e as conseqüências do ato. De imediato me respondeu: “O Papa não
renunciou, renunciaram papa”. E me fez
uma narrativa surpreendente de fatos que vêm ocorrendo nos redutos papais, coisas
para “fazer tremer Roma”.
Um dos mais comentados
escândalos envolve uma possível trama para assassinar o ex-presidente do Banco
do Vaticano, Ettore Gotti Tedeschi. Segundo suas declarações à polícia e a
imprensa ele acusa o cardeal Tarcisio Bertone (cogitado como um dos fortes
candidatos a papa) e o secretário particular de Bento XVI, George Ganswein como
envolvidos em operações financeiras ilegais. E reafirmou “temer ser morto a
mando de membros de sua própria igreja”.
De acordo
com as investigações, o Banco do Vaticano é acusado de funcionar como uma
grande lavanderia, incrustada na capital romana, que se presta à lavagem de
recursos da máfia e também de donos de grandes fortunas, que mantêm recursos na
Suíça.
Um dia
após o anúncio da renúncia a imprensa italiana publicou vários editoriais e
opiniões de especialistas em assuntos do Vaticano mostrando o ambiente belicoso
que deve ter pesado muito mais do que a idade para a decisão do papa.
Em um
pesado editorial de capa o jornal "Corriere della Sera", assinado
pelo seu diretor, Ferruccio de Bortoli diz que o ato do papa "foi
certamente encorajado pela insensibilidade de uma cúria que, em vez de
confortá-lo e apoiá-lo, apareceu, por diversos de seus expoentes, mais
empenhada em jogos de poder e lutas fratricidas".
Reforça
Massimo Franco, do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos de Londres,
autor do premiado "Era uma Vez um Vaticano": a renúncia do papa
seria, para ele, "o sintoma extremo, final, irrevogável, da crise de um
sistema de governo e de uma forma de papado".
Bento XVI
é apontado como um dos culpados por essa crise de sistema de governo até por
quem, como o vaticanista Luigi Accattoli, elogia aspectos de seu papado:
"Bento XVI iniciou uma grande obra de limpeza em matéria de escândalos
sexuais e de finanças vaticanas, mas não conseguiu restabelecer a boa ordem na
Cúria" (o órgão administrativo da Santa Sé, que coordena e organiza o
funcionamento da Igreja Católica).
Aberta a
sucessão de Bento XVI a disputa pelo poder em Roma vai tomar proporções bem
maiores diante da pergunta mais ouvida: a renúncia será suficiente para pôr fim ao
que estão chamando de "lutas fratricidas" ou, ao contrário, servirá
para acentuá-las de forma que o lado vencedor imponha seu preferido para ocupar
o trono de Pedro?
Um
papa cruel e devasso
Preocupado
com o histórico de seus antecessores, Rodrigo Bórgia, conhecido como um dos
papas mais cruéis da história pagou, em ouro, para viver mais. "Como
pontífice, uma de suas maiores preocupações foi prolongar seu pontificado --e,
por conseguinte, sua vida", escreve Volker Reinhardt no livro "Alexandre VI - Bórgia, o Papa Sinistro"
Segundo o
autor, Bórgia era obcecado com a possibilidade de viver por mais tempo. Nos
seus 11 anos de pontificado, Bórgia fundamentou o seu poder em subornos,
chantagens e assassinatos. A possibilidade de que ele mesmo provasse de seu
veneno era uma preocupação diária
De
origem espanhola --seu nome original era Rodrigo Borja, mais tarde foi
italianizado--, o "papa sinistro" transformou o Vaticano em um antro
de devassidão e crimes. Conta-se que suas orgias envolviam a participação de
dezenas de mulheres, sem contar as acusações de incesto.
Fim do ócio remunerado
Férias de 60
dias para juízes e procuradores, privilégio concedido às duas categorias
durante a ditadura militar, estão com os dias contados. Cresce dentro das
cúpulas do Judiciário e do Executivo um movimento para pôr fim ao mais longo
período de ócio remunerado a profissionais bancados com dinheiro público. O
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, decidiu criar
uma comissão especial para revisar e mandar para o Congresso projeto de lei
sobre o assunto. Pelo menos três dos mais influentes ministros do STF entendem
que não há sentido em manter o mimo para juízes e procuradores, em detrimento
de todas as demais categorias profissionais do país. Com as folgas dos recessos
de fim de ano e os feriados nacionais, estaduais e municipais, juízes e
procuradores somam mais de 90 dias de ócio por ano. Não há nada parecido em
nenhum outro país. Não satisfeitos com os excessos, alguns juízes e
procuradores vendem parte das folgas para fazer caixa extra. Por lei, juízes
não podem vender férias. - Juiz não precisa de férias de dois meses. O que o
juiz tem que fazer é organizar o gabinete e trabalhar - disse um dos ministros
do STF.
Daqui não saio
O senador Renan Calheiros deve ter
cantarolado bastante a estrofe da famosa marchinha de carnaval “Daqui não saio, daqui ninguém me tira” em
resposta ao movimento popular que pede o seu afastamento da presidência do
senado e que já passou de 1,4 milhão de assinaturas.
Sabe ele que o abaixo assinado não tem
nenhum poder legal para retirá-lo do cargo e o Senado jamais se submeteria a
pressão popular para desfazer a votação que colocou Renan na presidência, pois
seria um precedente de alto risco.
Na verdade nenhuma condenação pesa
sobre Renan. Apenas é acusado pela Procuradoria-Geral da República de ter cometido três crimes: peculato (desvio de
dinheiro público ou bem público por funcionário público), falsidade ideológica
e uso de documento falso. Não foi julgado e pode ser inocentado. E ai como
ficaria?
A verdade é que o Brasil ainda não tem
maturidade para esse tipo de movimento.
Presidentes
e condenados
No Brasil é
assim mesmo e o exemplo vem e cima. A imprensa nacional mostrou esta semana que
pelo menos nove presidentes de Assembléias Legislativas recém eleitos para um
mandato de dois anos têm contas a acertar com a Justiça. Os Legislativos do
Acre, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraíba, Rio de Janeiro, Roraima. Mato
Grosso, Piauí e nossa Alagoas que não poderia ficar de fora quando se trata
exemplo negativo. Não sei a resposta dos outros condenados, mas o nosso saiu
com esta pérola: “Estou tranqüilo. Meus advogados me orientaram e realmente
identificamos uma fragilidade muito grande na decisão judicial”.
O
papa não é pop
Alguns
religiosos alagoanos se apressaram em lamentar a renúncia do papa Bento XVI e
falar sobre o que não sabem ou fingem não saber. O arcebispo de Maceió declarou
que foi “uma decisão profética, um reconhecimento da fragilidade humana” E foi
além ao dizer que “os olhos do papa demonstravam muito cansaço”. Só os olhos?
Já o bispo auxiliar de Aracaju, o alagoano Henrique Soares disse: “O gesto de
Bento XVI tem aspectos admiráveis. Que lição do papa, quando tanto somos
tentados aos apegos, ao prestígio e aplauso”.
Será que só aqui não souberam que “o papa foi renunciado”? Aqui também
não conhecem ou não querem conhecer as entranhas políticas corrompidas do
Vaticano? Como somos inocentes. Ou fingimos ser.
No
pé do ouvido
Muito
cuidado. A população começa olhar
atravessado para o acúmulo de lixo em algumas ruas e praças de Maceió. Sabe-se
dos graves problemas enfrentados pela administração, mas pelo menos a “lição de
casa” não pode parar, pelo contrário, tem que melhorar.
Um comentário:
Conhecimentos é poder,tenho ouvido esse slogao quando muito jovem,mas é errado.Conhecimentos dos dar possibilidadesde de aprender nossos deveres e de "exigir"nossos direitos.Com o analfabetismos foi e é mais fácil de ter controle na massa,metódo eficiente e refinado de implantar mêdo,e muitos ficam esperando Maná do Céu.etc etc... Poucos sabem que a Igreja é uma instituicao,nada tem haver com relgiosidade.Como entramos na era da tecnologíca,os meios de informacoes podem chegar os analfabetistas por outras banas,entao a Igreja é consciente que está perdendo terreno,e que ser analfabeto nao quer dizer burro,que eles nao pode ter controle na média.Sem escrupólos todos os métodos sao licítos se é para defender os interesses do Banco do Vaticano.Até mesmo criar conflitos é permetidos para atingirem sua meta e conseguram.
De grao em grao a galinha enche o papo.A histótia se repete.Uma arma muito eficiente e perigosa é o silêncio e a indiferenca de muitos,
que querem tirar uma casquinha.
"Brasil é fantástico,praias maravilhosas,Carnaval,Fooootibooll!
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