Para refletir: “A imprensa só pode
ser controlada por ela mesma, só pode ser avaliada criticamente por ela, assim
como ocorreu com o Judiciário a partir da criação do CNJ, ou por meio de
controle difuso do consumidor da informação”. ( Ayres Britto, ex-presidente do
STF).
O afrontoso interesse da marginalidade
Uma
pergunta que deve ser feita por todo cidadão brasileiro: a quem interessa que
seja retirado o direito de investigar do Ministério Público? Diante do fracasso
das instituições públicas, da incompetência e da falta de preparo para atuar
com eficiência foi o MP que se transformou no guardião dos interesses da
sociedade e da defesa do patrimônio público.
O
Plenário da Câmara Federal deve votar a Proposta de Emenda à
Constituição nº 37. O projeto, conhecido como PEC da Impunidade,
pretende tirar o poder de investigação criminal dos Ministérios Públicos
Estaduais e Federal, modificando a Constituição Brasileira. Na prática, se
aprovada, a emenda praticamente inviabilizará investigações contra o crime
organizado, desvio de verbas, corrupção, abusos cometidos por agentes do Estado
e violações de direitos humanos. Os grandes escândalos sempre foram investigados
e denunciados pelo Ministério Público, que atua em defesa da cidadania de forma
independente. A PEC 37 atenta contra o regime democrático, a cidadania e o
Estado de Direito.
Vejam
que aberração: Em todo o mundo, apenas três países vedam a investigação do MP:
Quênia, Indonésia e Uganda.
Esta semana o presidente do Supremo
Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, fez críticas à proposta
afirmando : “Acho péssimo. A sociedade brasileira não merece uma coisa dessas.
Com
repercussão e indignação em todo o país os sete conselheiros do Tribunal de
Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM), em nota de apoio ao Ministério Público,
se manifestaram oficialmente, esta semana, contra a possível aprovação da
Proposta de Emenda à Constituição.
Na nota assinada, os conselheiros
amazonenses repudiaram a PEC 37, que, segundo eles, pretende restringir alguns
poderes originalmente concedidos pelo Poder Constituinte ao MP, limitando sua
atuação.Em seu discurso, presidente do TCE-AM, Érico Desterro, disse que a PEC
é uma afronta ao Ministério Público e à sociedade. “Os conselheiros não só se
solidarizam como repudiam essa tentativa de afrontar o poder do Ministério
Público, que é uma instituição tida na mais alta conta pela sociedade”.
Casos emblemáticos de corrupção só foram
desvendados após investigação, processo e denúncia do Ministério Público.
O exemplo está no julgamento do Mensalão
(o maior escândalo de corrupção da história do país) com a condenação de
agentes públicos que roubaram milhões. Não fosse a ação eficiente de promotores
e procuradores o caso passaria em branco como tantos outros. Prisões como do
deputado Paulo Maluf, o juiz Nicolau, governadores, deputados, prefeitos,
ministros, desembargadores e outras autoridades envolvidas com corrupção não
teriam acontecido sem a investigação do Ministério Público.
Aqui mesmo em Alagoas políticos
importantes só começaram a ir para
cadeia (mesmo sendo logo liberados pela Justiça) com a criação e a ação rigorosa do GECOC , formado pela nata do MP e em cujos
exercícios de suas funções o interesse público está acima de tudo. Bandidos de
colarinho branco, políticos envolvidos com improbidade administrativa são
perseguidos implacavelmente e denunciados. Os larápios do dinheiro público
passaram a temer os tentáculos daqueles que de fato investigam, colhem provas e
os denunciam.
É preciso uma reação da sociedade em defesa da sua cidadania, pois apenas a
bandidagem defende o cerceamento das ações do Ministério Público e não podemos
deixar que o mal prevaleça sobre o bem.
O jeito Nonô de ser
Ele sempre foi assim e não iria mudar agora. Além de um político sério,
um homem público probo leva uma vantagem diante demais: é inteligente. E tem
uma característica: não deixa nada sem resposta o que o torna diferente do tom
do próprio governo.
O vice-governador José Thomaz Nonô mandou dizer ao presidente que vai a
Assembleia Legislativa para falar aos deputados estaduais sobre o Fundo de
Combate e Erradicação da Pobreza de Alagoas (Fecoep), O Conselho de Proteção
Ambiental e o andamento das obras de reconstrução das casas para os
desabrigados, itens questionados por alguns deputados de oposição.
Com certeza terá a resposta certa e mostrará clareza e transparência
aqueles que por não terem o que fazer ficam brincando de legislar.
Agindo como prometido
Aos poucos o prefeito Rui Palmeira vai colocando a máquina nos trilhos
com um olho na responsabilidade administrativa e outro nas promessas de
campanha. Não é de faltar com sua palavra, mas todos terão que ter paciência,
pois ele não frequentou (ao que eu saiba) nenhuma escola de mágicos. Em
entrevista esta semana anunciou metas prioritárias e destacou que “A prefeitura
tem um projeto para reformar as escolas que estão com estruturas comprometidas”. (não são poucas) Rui Palmeira falou
ainda sobre os mais de 40 projetos, de curto e médio prazo, para solucionar o
problema do trânsito na capital. Segundo ele, os projetos de curto prazo serão
executados logo após a aprovação do orçamento para 2013 e os outros colocados
em prática no decorrer do tempo.Tudo acontecerá em seu devido tempo e ai
teremos uma nova Maceió, com eficiência, moralidade e legalidade nos atos da
administração.
Mídia alagoana negativa
Mais uma vez estivemos em destaque na
imprensa nacional. Desta vez o jornal O Estado de São Paulo publicou ampla
matéria sobre a situação da Educação alagoana. O governador Teotônio Vilela tem
se esforçado, mas parece que seus auxiliares não ajudam.
Em um trecho da matéria do “Estadão” diz: “Na
recepção do gabinete do secretário de Educação de Alagoas um painel na parede anuncia a missão do órgão:
"garantir a universalização do acesso à Educação de qualidade, a
permanência do aluno na escola e o fortalecimento do sistema estadual de
educação, de acordo com as políticas nacionais e estaduais".
A pouco mais de 10 metros dali, na Escola
Estadual Maria José Loureiro, a realidade é outra. Com 1.050 alunos, a unidade
funciona pela manhã e à tarde. "O turno da noite foi extinto em 2010 por
causa da evasão escolar", conta a diretora, Juliana Ferreira de Amorim, Um
dos motivos para o sumiço dos alunos, segundo ela, foi a violência. "A
gente tem uma série de dificuldades, que vai da baixa renda das famílias à
falta comprometimento de alguns professores".
Tá faltando inteligência
A desembargadora Elisabeth Carvalho, presidente do
Tribunal Regional Eleitoral, não engoliu bem a ação protelatória do juiz
Fernando Maciel que sem motivos plausíveis pediu vistas do processo de cassação
do prefeito afastado de Delmiro Gouveia Lula Cabeleira que perdia por 3 x2 na
votação em plenário.
Um caso recheados de provas de crime eleitoral, com
evidencias de afronta à lei não teria muito que se discutir entre os
magistrados eleitorais.
A presidente do TER desabafou na sessão: “É por isso que Alagoas não vai para
frente, por causa de pequenas atitudes que geram grandes resultados. Vou
refazer o regimento desta Casa. É de causar espanto e dúvidas quanto à
inteligência de Vossa Excelência”.
A decisão do juiz de Delmiro Gouveia está
calcada nas mais robustas provas de que realmente houve crime eleitoral. E
mais: esta não é a única acusação. Vem mais por ai.
Peripécias do ministro Fux
O ministro Luiz Fux, do STF (Supremo Tribunal Federal), pediu ao
advogado Sérgio Bermudes que ele cancelasse o jantar que estava preparando para
o magistrado. A festa, que ocorreria no dia 26 no apartamento de 800 metros
quadrados do advogado, na zona sul do Rio, estava preparada para reunir
políticos e a cúpula do judiciário nacional e do Estado. O evento celebraria os
60 anos de Fux. A divulgação do jantar pela imprensa causou constrangimento no
Supremo.
Além de ser bancada pelo advogado, ela ocorreria pouco após o presidente
da Corte, Joaquim Barbosa, ter criticado o que considera "conluio"
entre juízes e advogados.
Coincidiria também com o julgamento dos recursos dos réus do mensalão,
que tentam reduzir suas penas.
O mal-estar foi agravado pela informação de que a filha do ministro,
Marianna Fux, 32, é candidata a desembargadora do TJ do Rio.Na festa, ela teria
a oportunidade de circular entre potenciais eleitores, já que cabe aos
desembargadores do TJ escolher, a partir de uma lista sêxtupla da OAB-RJ, os
três nomes que serão apresentados ao governador.
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