O ministro comunista-carreirista que
se diz nacionalista
Li um magnífico texto do veterano e competente jornalista Hélio
Fernandes sobre a figura do alagoano/paulista Aldo Rebelo na Tribuna da Imprensa. Vale a pena conferir
alguns trechos. “A FIFA é arrogante,
prepotente e insolente. Mas as autoridades que representam (?) o Brasil e negociam
com ela, no mínimo subservientes. Desde que o secretário-geral Jerome Valke
agrediu o Brasil e os brasileiros com aquela frase que nem quero repetir,
deveria ser proibido de voltar ao Brasil. O senhor Blatter que viesse ou
mandasse alguém, mas não aquele.
Com a nossa submissão e omissão diante de tudo o que a Fifa vai mandando
ou determinando, a vergonha vai aumentando, as exigências, fora de qualquer
compreensão. Não tendo sido proibido ou expulso, Valke (a mando de Blatter e
dele mesmo) vai tripudiando. Exige que se retire do estádio de Brasília o nome
de Mané Garrincha. Sabendo que ele é sem dúvida o ídolo popular maior do nosso
futebol, quiseram atingir os torcedores de todos os clubes que têm Mané
Garrincha como referência e admiração maior.
O ministro não tocou no assunto, tratar do nome de um estádio foge à
responsabilidade ou à altura do interesse ministerial. Também desconheceu
completamente da proibição das baianas venderem acarajé, outra humilhação da
FIFA. Novamente: um ministro de Estado, e ainda mais da sua altura e
autoridade, tratar de acarajé? .
Mas a frustração, a decepção, a omissão não demoraram. O ministro não
tratou do estádio Mané Garrincha e da proibição da venda de acarajé, por serem
menores. Fugiu do confronto sobre a mais espantosa questão do superfaturamento
dos estádios, logicamente por serem maiores. E não só fugiu de condenar os
crimes financeiros, como defendeu e justificou quase todos eles. Incrível mas
rigorosamente verdadeiro. Esqueceu que o Engenhão, orçado inicialmente em 60 milhões, ficou em 380
milhões.
Nem uma palavra a respeito do risco de vida imposto a esses torcedores,
que não sabiam que poderia haver uma tragédia com ventos de 63 quilômetros por
hora, que tentaram aumentar para 115. Também não fez restrições ao prefeito
Eduardo Paes, que engavetou o contrato com a empreiteira durante cinco anos,
para que houvesse a prescrição da garantia. E a sua irresponsabilidade livrasse
a empreiteira da responsabilidade.
Sobre o Maracanã o mesmo comportamento. Não criticou o gasto de 1 bilhão
e 200 milhões nas duas últimas reformas. Quase um bilhão na obra para a Copa do
Mundo. Não falou sobre a destruição dos estádios Julio Delamare (natação) nem o
Celio de Barros, esses pelo menos não pedido ou exigidos pela Fifa. Decisão
lamentável de Sergio Cabral.
Aldo Rebelo não falou dos 400 milhões para o estádio do Corinthians, que
virão do generoso BNDES. Banco do Brasil e Caixa Econômica examinaram o
financiamento, que foi recusado. Também não negou ou confirmou o que todos já
sabem: depois da Copa do Mundo (2014), o estádio terá que fazer novas obras
para a Olimpíada (2016).
Em suma: não há suma para a participação do ministro, a não ser quando
seu interesse pessoal e carreirista está em jogo.
Quando Fernando Gabeira, com um grito, derrubou Severino Cavalcanti da
presidência da Câmara Federal, Aldo Rebelo pulou o alambrado, já estava
substituindo Severino no terceiro cargo mais importante da República.
Seu camarada Orlando Silva era ministro do Esporte, foi flagrado em
graves irregularidades, teve que sair, Aldo Rebelo nem teve que pular o alambrado,
já estava do lado de lá, assumiu.
E esse Ministério está acima de demissão. Como demitir um ministro do
Esporte às vésperas da Copa das Confederações, da Copa do Mundo, da Olimpíada?
Tudo isso acaba no fim de 2016, início de 2017.
Doutor Aldo pode ficar até 2018/19, com Dona Dilma. Com ligeira saída em
2014 (deixando outro camarada guardando o lugar) para se reeleger deputado.
Embora não tenha muito voto. Em 2010 quase não consegue o mandato.
Se o ministro inocentou (e aplaudiu indiretamente) Cesar Maia, Paes e
Cabral, quem defenderá o interesse nacional?
E se a cobertura do Maracanã desabar a sobre a cabeça de 79 mil pessoas?
O inusitado alagoano
Em Alagoas tudo pode
acontecer principalmente em nossa política nada convencional. Duas vozes se
levantaram esta semana na Assembléia Legislativa para bradar sobre dois
assuntos extremamente delicados: “moral e violência”. O deputado Olavo
Calheiros foi o autor da fala sobre moral e o seu colega João Beltrão fez
críticas contundentes sobre a violência no Estado. Ambos na verdade não estão
lá muito credenciados para abordar os respectivos temas. Mas aqui é assim
mesmo: vale tudo.
Pousando do que não é
O senador Benedito de
Lira, que em minha modesta opinião não tem destino nem vocação para disputar o
cargo de governador insiste e quer a
todo custo entrar para a disputa mesmo rejeitado pela maioria dos caciques que
comandam os maiores partidos políticos. Sua candidatura inócua atrapalha o
governador e contraria a formação de um bloco capaz de ganhar a eleição para
Governo e Senado. Ganhou um mandato de oito anos de graça e não satisfeito quer
mais. É bom que saiba que o mundo não é apenas dos “espertinhos”.
Piranhas sofrendo
Estive esta semana em
Piranhas uma das mais belas cidades de Alagoas. Conversei com pessoas nas ruas,
no Centro Histórico e também ouvi lideranças comunitárias locais e empresários.
Há uma evidente insatisfação com relação a Administração Municipal do prefeito atual. Promessas não cumpridas,
caos nos setores de Educação, Saúde e Assistência Social e falta de respeito ao
servidor público. Ao que parece a população está se sentindo enganada e muitos
já mostram claramente o arrependimento pelo voto equivocado.
O padre a caminho
Passando por Delmiro
Gouveia também constatei uma efervescência muito grande nos setores políticos e
a expectativa em relação ao afastamento do prefeito Lula Cabeleira que ao que
tudo indica não voltará ao cargo.
Na cidade só se fala
em novas eleições e pelo que pude observar há quase uma unanimidade em torno do
nome do padre Eraldo, que ficou em segundo lugar na disputa com Cabeleira e com
uma pequena diferença.
Conversei com o padre
que assegura ser candidato caso a Justiça decida por novo pleito. Vai entrar
pra ganhar.
Em pé de guerra
A situação é mais
grave do que se imagina em Palmeira dos Índios por causa da questão da história
da demarcação das “ terras indígenas”. Tudo feito com embromação , sem conhecimento
e sem o menor critério . É uma longa e mal contada história que envolve
centenas de famílias que há anos tem a posse e produz com o suor de gerações o
sustento e o desenvolvimento agrícola no município. Quem conhece de perto a
população indígena pode até reconhecer alguns de seus direitos, mas também sabe
que se são irresponsáveis e não cuidam das terras que hoje possuem , imaginem
com a imensidão que os equívocos burocráticos poderão lhes assegurar. Há uma
reação indignada também da população urbana em solidariedade aos conterrâneos
ameaçados. As autoridades locais precisam ter muito cuidado com o desdobramento
dessa história que poderá terminar em confronto de consequências imprevisíveis.
Collor defende
parlamentarismo
O senador Fernando Collor falou esta
semana para uma plateia de cerca de mil pessoas na cidade de Cascavel, no
Paraná. Abordou o tema “Economia
Globalizada” e defendeu de forma direta o parlamentarismo como sistema de
governo ideal para o Brasil, citando como exemplo a Itália, onde, na sua
avaliação, tudo funciona normalmente, mesmo quando o país fica, durante meses,
sem um primeiro ministro.
Collor
ressaltou a importância dos partidos
políticos atuantes e fortalecidos, na sustentação da democracia, mas observou
que há, hoje, no Brasil, um excesso de agremiações com pouca ou nenhuma
coerência ideológica. O senador alagoano foi muito aplaudido e recebeu
homenagens na ocasião
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