Para
refletir. “Nunca presenciei caso em que o crime de quadrilha se
apresentasse, em meu juízo, tão nitidamente caracterizado”( Ministro Celso de
Mello no julgamento da cúpula petista).
Aqui se faz...mas aqui se paga

Condenado a catorze anos de prisão por transformar sua gestão num paiol de corrupção, o ex-governador de Illinois Rod Blagojevich (foto) virou o prisioneiro número 40.892.424 na prisão de sua preferência. Ele pediu para cumprir a pena no Complexo Penitenciário de Englewood, que fica perto de Denver, no Estado do Colorado.
Nos
Estados Unidos, o preso tem direito a pedir para cumprir a pena em determinada
penitenciária. O juiz pode aceitar o pedido, mas a palavra final é do Federal
Bureau of Prisons, órgão que administra o sistema penitenciário federal. Em sua
decisão, o FBP leva em conta se o grau de periculosidade do condenado combina
com o nível de segurança da prisão.
Blagojevich
escolheu Englewood porque é uma prisão razoável. É lá que Jeffrey Skilling, o
ex-presidente da Enron, ex-gigante do setor de energia, está cumprindo sua pena
de 24 anos. Skilling foi condenado por sua participação no enorme escândalo
contábil que acabou levando a Enron à falência.
Nos
Estados Unidos, 1.000 americanos em média são condenados por corrupção a cada
ano nas cortes federais. No Brasil, contam-se nos dedos. Um levantamento feito
por seis estudiosos da Universidade de Illinois mostra que Chicago é a cidade
com mais corruptos – ou que mais prende corruptos.
Nas
prisões americanas estão “abrigados” ex-senadores, governadores, magistrados,
administradores públicos de altas patentes e grandes e poderosos empresários
que cumprem integralmente suas penas, perdem os bens no caso de corrupção e
alguns ainda pagam para ser mantidos atrás das grades. Diferente do Brasil onde
roubar, corromper e ser corrompido virou itens obrigatórios para a maioria dos
políticos. Diante da indecente e cruel impunidade roubam descaradamente em
todas as escalas da Administração Pública sejam ministros, governadores,
senadores, deputados, prefeitos, pequenos e grandes agentes da Administração. A
farra deslavada com o dinheiro público brasileiro deixa milhares de miseráveis
famintos, fecham hospitais, atingem escolas públicas e obras de assistência
social. Todos os assaltantes de terno e gravata apostam na impunidade que os
deixam livres e ricos.
Dosimetria:
o palavrão do Mensalão
Até a
entrega desta coluna ainda não haviam sido definidas as penas dos réus
condenados pelo STF integrantes no núcleo político do Mensalão. Lendo o grande
Carlos Chagas não me surpreendi com mais um texto impecável que bem descreve o
quadro que vive o Brasil diante do que nos dirão os ministros que julgam os
bandidos e assaltantes petistas. “Sempre que um palavrão entra num
debate qualquer, a temperatura sobe e fica mais difícil chegar a uma solução
harmônica. O palavrão desta semana é DOSIMETRIA. Algo que teria mais a ver com
a repartição de pós e de líquidos que nos tempos de antanho caracterizavam o
que se chamava de aviar uma receita.
Pretende-se da mais alta corte nacional
de justiça que exercite a própria, ou seja, a Justiça. Depois de meses de
julgamento, seus ministros chegaram à conclusão da culpa de uma quadrilha de
bandidos que desonrou o poder público e as atividades privadas. Mesmo
discutindo-se a absolvição de alguns, devemos aceitar a decisão de nosso
maiores juízes, pela condenação dos outros.
Pois é. Na hora de fixarem as penas
para os bandidos, amplia-se a confusão. O ministro-relator pede punição para o
primeiro dos réus, Marcos Valério. O ministro-revisor concorda mas luta para
reduzir o tempo de reclusão de seus clientes. Parece briga entre dona
Mariquinhas e dona Maricota. Só que a querela entre as duas solteironas
contagiou o plenário. Nem terça-feira nem ontem o processo andou. Imagine-se
quanto tempo levará até que todos tenham recebido suas sentenças. Vem aí o
recesso do Supremo, o Natal, o Ano Novo, depois o Carnaval, a Semana Santa, as
festas de São João…
Tudo por conta de uma palavra até pouco
desconhecida: DOSIMETRIA. A distância entre o Brasil Real e o Brasil Formal
amplia-se a cada dia. Logo os plebeus irão para o alto de um monte qualquer e
não haverá patrício que dê jeito, mesmo vestido de torneiro-mecânico…
As
peripécias de Galba Novaes
O
deputado Dudu Holanda abriu o verbo contra o vereador presidente da Câmara e
candidato derrotado à Prefeitura de Maceió, Galba Novaes. Afirmou que ele não
tem nada de puritano e o acusou de cometer irregularidades nas contas da Casa
de Mário Guimarães. . “A palavra desse rapaz (Galba Novaes) não vale nada em nenhuma
parte de nosso estado. Chega dessa enrolação. Sou deputado de toda Alagoas, mas
é preciso que Maceió fique atenta com essa postura”,
O deputado disse que quando foi presidente do
Legislativo municipal lançou o projeto Câmara Itinerante, que levava o parlamento
a diversos bairros da capital fiz um projeto semelhante ao desse rapaz e
custeava tudo com R$ 5 mil. Apenas isso. Apesar do projeto ser muito parecido,
a atual presidência da Câmara faz isso com mais de R$ 60 mil. Algo há de
errado. Vamos investigar tudo isso.
O conceito do atual presidente da Câmara de
Maceió anda mesmo em queda por conta de suas “lorotas”. Tenta se passar por bom
moço, mas comete pecados mortais para um bom político, coisa que ele nunca foi.
O prefeito eleito de Maceió tem que ter o
maior cuidado na formação do seu secretariado, pois ao anuncia-lo vai mostrar a
cara do governo que Maceió escolheu para os próximos quatro anos. Não significa
que tem que ser “jovem” , mas precisa ser novo no sentido de não repetir nomes
vindos já de outras administrações ou mesmo do governo do Estado. Colocar em
alguma secretaria alguém que já foi secretário municipal e não teve bom
desempenho é mostrar que quer repetir o filme ruim. Buscar nomes que estão ou
já passaram pelo governo estadual vai parecer que a administração de Maceió é
um apêndice do governo estadual e isto é péssimo. Claro que existem as exceções
mas têm que ser mínimas. Precisa pensar em técnicos bons, profissionais
competentes sejam jovens ou não tão jovens. Buscar lá fora? Claro que deve se
achar que assim é melhor. O que não pode é começar o governo com a cara de quem
já vai terminar. Nesta pauta Rui Palmeira não tem o direito de iniciar errando.
Espero que ele não erre.
Tem gato na Tuba
Tive informações de fontes muito acreditadas
que não há o menor interesse do prefeito Cicero Almeida em “escancarar” as entranhas de sua administração para o
futuro prefeito Rui Palmeira e sua equipe de transição. Pelo contrário: a ordem
é que os relatórios se detenham apenas em informações superficiais e nada de “
se aprofundar” até porque seria mostrar à futura Administração os erros e
desvios que não são poucos de uma gestão marcada por denúncias de improbidade,
fraudes em licitações e outros crimes de responsabilidade nos quais estão
incursos o prefeito, auxiliares diretos e fornecedores.
A equipe de transição designada pelo prefeito
não merece confiança até por sua origem e não vai colaborar muito. Vários
auxiliares de Cicero Almeida , integrantes do seu secretariado, chegaram a se
insinuar para integrar o grupo de transição na vã tentativa de agradar o futuro
e quem sabe conquistar um lugar ao sol
mas não foram levados em conta.
Resta a equipe de Rui Palmeira ter muito
cuidado, colher o necessário e ao assumir auditar, apurar e denunciar para não
herdar também a culpa dos erros do passado.
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