sábado, 27 de outubro de 2012


Para refletir. “Nunca presenciei caso em que o crime de quadrilha se apresentasse, em meu juízo, tão nitidamente caracterizado”( Ministro Celso de Mello no julgamento da cúpula petista).

Aqui se faz...mas aqui se paga

ORLANDO (Flórida) Aqui também se pratica corrupção em larga escala entre os políticos, empresas privadas e administradores públicos igualmente no Brasil, mas com uma diferença: nestas bandas a cadeia é o lugar reservado para essa corja de ladrões do erário.

Condenado a catorze anos de prisão por transformar sua gestão num paiol de corrupção, o ex-governador de Illinois Rod Blagojevich (foto) virou o prisioneiro número 40.892.424 na prisão de sua preferência. Ele pediu para cumprir a pena no Complexo Penitenciário de Englewood, que fica perto de Denver, no Estado do Colorado.

Nos Estados Unidos, o preso tem direito a pedir para cumprir a pena em determinada penitenciária. O juiz pode aceitar o pedido, mas a palavra final é do Federal Bureau of Prisons, órgão que administra o sistema penitenciário federal. Em sua decisão, o FBP leva em conta se o grau de periculosidade do condenado combina com o nível de segurança da prisão.

Blagojevich escolheu Englewood porque é uma prisão razoável. É lá que Jeffrey Skilling, o ex-presidente da Enron, ex-gigante do setor de energia, está cumprindo sua pena de 24 anos. Skilling foi condenado por sua participação no enorme escândalo contábil que acabou levando a Enron à falência.

Nos Estados Unidos, 1.000 americanos em média são condenados por corrupção a cada ano nas cortes federais. No Brasil, contam-se nos dedos. Um levantamento feito por seis estudiosos da Universidade de Illinois mostra que Chicago é a cidade com mais corruptos – ou que mais prende corruptos.

Nas prisões americanas estão “abrigados” ex-senadores, governadores, magistrados, administradores públicos de altas patentes e grandes e poderosos empresários que cumprem integralmente suas penas, perdem os bens no caso de corrupção e alguns ainda pagam para ser mantidos atrás das grades. Diferente do Brasil onde roubar, corromper e ser corrompido virou itens obrigatórios para a maioria dos políticos. Diante da indecente e cruel impunidade roubam descaradamente em todas as escalas da Administração Pública sejam ministros, governadores, senadores, deputados, prefeitos, pequenos e grandes agentes da Administração. A farra deslavada com o dinheiro público brasileiro deixa milhares de miseráveis famintos, fecham hospitais, atingem escolas públicas e obras de assistência social. Todos os assaltantes de terno e gravata apostam na impunidade que os deixam livres e ricos.

Dosimetria: o palavrão do Mensalão

Até a entrega desta coluna ainda não haviam sido definidas as penas dos réus condenados pelo STF integrantes no núcleo político do Mensalão. Lendo o grande Carlos Chagas não me surpreendi com mais um texto impecável que bem descreve o quadro que vive o Brasil diante do que nos dirão os ministros que julgam os bandidos e assaltantes petistas. “Sempre que um palavrão entra num debate qualquer, a temperatura sobe e fica mais difícil chegar a uma solução harmônica. O palavrão desta semana é DOSIMETRIA. Algo que teria mais a ver com a repartição de pós e de líquidos que nos tempos de antanho caracterizavam o que se chamava de aviar uma receita.

Pretende-se da mais alta corte nacional de justiça que exercite a própria, ou seja, a Justiça. Depois de meses de julgamento, seus ministros chegaram à conclusão da culpa de uma quadrilha de bandidos que desonrou o poder público e as atividades privadas. Mesmo discutindo-se a absolvição de alguns, devemos aceitar a decisão de nosso maiores juízes, pela condenação dos outros.

Pois é. Na hora de fixarem as penas para os bandidos, amplia-se a confusão. O ministro-relator pede punição para o primeiro dos réus, Marcos Valério. O ministro-revisor concorda mas luta para reduzir o tempo de reclusão de seus clientes. Parece briga entre dona Mariquinhas e dona Maricota. Só que a querela entre as duas solteironas contagiou o plenário. Nem terça-feira nem ontem o processo andou. Imagine-se quanto tempo levará até que todos tenham recebido suas sentenças. Vem aí o recesso do Supremo, o Natal, o Ano Novo, depois o Carnaval, a Semana Santa, as festas de São João…

Tudo por conta de uma palavra até pouco desconhecida: DOSIMETRIA. A distância entre o Brasil Real e o Brasil Formal amplia-se a cada dia. Logo os plebeus irão para o alto de um monte qualquer e não haverá patrício que dê jeito, mesmo vestido de torneiro-mecânico…

As peripécias de Galba Novaes

O deputado Dudu Holanda abriu o verbo contra o vereador presidente da Câmara e candidato derrotado à Prefeitura de Maceió, Galba Novaes. Afirmou que ele não tem nada de puritano e o acusou de cometer irregularidades nas contas da Casa de Mário Guimarães. . “A palavra desse rapaz (Galba Novaes) não vale nada em nenhuma parte de nosso estado. Chega dessa enrolação. Sou deputado de toda Alagoas, mas é preciso que Maceió fique atenta com essa postura”,

O deputado disse que quando foi presidente do Legislativo municipal lançou o projeto Câmara Itinerante, que levava o parlamento a diversos bairros da capital fiz um projeto semelhante ao desse rapaz e custeava tudo com R$ 5 mil. Apenas isso. Apesar do projeto ser muito parecido, a atual presidência da Câmara faz isso com mais de R$ 60 mil. Algo há de errado. Vamos investigar tudo isso.

O conceito do atual presidente da Câmara de Maceió anda mesmo em queda por conta de suas “lorotas”. Tenta se passar por bom moço, mas comete pecados mortais para um bom político, coisa que ele nunca foi.

Governo Rui tem que ser o novo

O prefeito eleito de Maceió tem que ter o maior cuidado na formação do seu secretariado, pois ao anuncia-lo vai mostrar a cara do governo que Maceió escolheu para os próximos quatro anos. Não significa que tem que ser “jovem” , mas precisa ser novo no sentido de não repetir nomes vindos já de outras administrações ou mesmo do governo do Estado. Colocar em alguma secretaria alguém que já foi secretário municipal e não teve bom desempenho é mostrar que quer repetir o filme ruim. Buscar nomes que estão ou já passaram pelo governo estadual vai parecer que a administração de Maceió é um apêndice do governo estadual e isto é péssimo. Claro que existem as exceções mas têm que ser mínimas. Precisa pensar em técnicos bons, profissionais competentes sejam jovens ou não tão jovens. Buscar lá fora? Claro que deve se achar que assim é melhor. O que não pode é começar o governo com a cara de quem já vai terminar. Nesta pauta Rui Palmeira não tem o direito de iniciar errando. Espero que ele não erre.

Tem gato na Tuba

Tive informações de fontes muito acreditadas que não há o menor interesse do prefeito Cicero Almeida em “escancarar”  as entranhas de sua administração para o futuro prefeito Rui Palmeira e sua equipe de transição. Pelo contrário: a ordem é que os relatórios se detenham apenas em informações superficiais e nada de “ se aprofundar” até porque seria mostrar à futura Administração os erros e desvios que não são poucos de uma gestão marcada por denúncias de improbidade, fraudes em licitações e outros crimes de responsabilidade nos quais estão incursos o prefeito, auxiliares diretos e fornecedores.

A equipe de transição designada pelo prefeito não merece confiança até por sua origem e não vai colaborar muito. Vários auxiliares de Cicero Almeida , integrantes do seu secretariado, chegaram a se insinuar para integrar o grupo de transição na vã tentativa de agradar o futuro e quem sabe  conquistar um lugar ao sol mas não foram levados em conta.

Resta a equipe de Rui Palmeira ter muito cuidado, colher o necessário e ao assumir auditar, apurar e denunciar para não herdar também a culpa dos erros do passado. 

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