Para refletir: “Num
estado democrático existem duas classes de políticos: os suspeitos de corrupção
e os corruptos”. (David Zac )
Caso Assembleia: O que dirá o Judiciário?
Uma montanha de documentos, informações bancárias e contábeis, além de
depoimentos de pessoas convocadas e muitos voluntários que se apresentaram para
reforçar as denuncias robustecendo a Ação Cautelar Inominada que pede o afastamento dos membros todos os membros da
Mesa Diretora daquela “Casa de Horrores”. Quem teve acesso a esses
documentos com certeza se estarreceu e também se indignou.
Como sempre os integrantes do MP realizaram um trabalho
profissionalmente irretocável e uma denúncia que muito dificilmente poderá ter
uma defesa aceitável. Foram minuciosos, diligentes e penetraram à fundo nos
caminhos percorridos pelas supostas improbidades administrativas. Foram horas e
dias de analises investigativas com todo o cuidado para que não fosse cometidos
erros passiveis de contestação ou deixasse dúvidas aos que supostamente irão
julgar a ação.
O portal de notícias Cada Minuto,
o primeiro veículo a noticiar o escândalo, destaca que “A avalanche de denúncias sobre supersalários e pagamentos irregulares
a servidores da ALE caiu como uma bomba para abalar as estruturas do Poder
Legislativo. JHC conseguiu os extratos da movimentação financeira da Casa de
Tavares Bastos e encontrou gastos na casa dos R$ 7 milhões com 61 comissionados
apenas em um ano”.
Já o competente jurista Fábio Ferrário, procurador geral da Assembleia
Legislativa não concordando com a ação do Ministério Pública ressalta: “A Mesa
Diretora tem contribuído com toda investigação, entregando praticamente todos
os documentos solicitados e a alegação de que os parlamentares poderiam
atrapalhar o processo seria uma confirmação de culpa que não existe. É como se
alguém fosse acusado de cometer um crime e ser preso pelo risco de ameaçar
alguém”.
O procurador geral Sergio Jucá me afirmou em conversa
recente: “Há sim evidências de improbidade administrativa por parte da
Mesa da Assembleia. O Ministério Público no entanto tem que ser cauteloso para
que possa fundamentar uma denúncia incontestável com muita robustez para que
não pairem dúvidas ao julgamento do Judiciário”.
Há depoimentos prestados espontaneamente por
ex-funcionários do Legislativo que mostram, claramente, a prática hedionda de
alguns parlamentares de meter a mão no dinheiro público usando esses
funcionários como “laranjas”. São vários os deputados acusados e é muito alta a soma do dinheiro desviado
por vias escusas e putrefatas. Os nomes vão aparecer tão logo o texto do Ministério Público seja
divulgado constando da lista marginal atuais e ex-deputados.
Agora a sociedade e também a imprensa voltam os olhos e
as atenções para aqueles que irão julgar o caso que expõe mais uma vez Alagoas
à mídia negativa nacional.
Lideranças do MCCE (Movimento de Combate a Corrupção)
alertam: “Não iremos tolerar postergação
voluntária, “engavetamento” ou qualquer artificio para prolongar o julgamento.
Seremos os olhos, ouvidos e voz do povo e exigimos uma resposta ágil do Poder
Judiciário”.
Diante disto resta-nos perguntar: O que dirá o Judiciário?
Nota : Quando
publicada esta coluna no Jornal Extra ( sexta feira) o Judiciário havia aceito em parte a ação proposta
pelo Ministério Público afastando os membros da Mesa da Assembleia. É o
primeiro passo para a satisfação da sociedade, mas ainda falta muito e a
resposta do Judiciário tem que mostrar que nem tudo está perdido.
Luciano
Barbosa
O
ex-prefeito de Arapiraca, Luciano Barbosa, foi o grande responsável pelo
deslanchar do desenvolvimento surpreendente da cidade em suas duas
administrações. Um político de olho no futuro é reconhecidamente um nome com
respeito aqui e lá fora pela sua visão administrativa, por sua cultura e também
por sua sagacidade no trato com a política. Foi o resultado de sua marcante
gestão que contribuiu muito para a vitória da prefeita Célia Rocha na última
eleição. Tenho informações de que por questiúnculas políticas locais e pelo
pecado da vaidade de algumas pessoas Luciano tem sido “esquecido” em momentos
oficiais importantes da vida de Arapiraca. O arapiraquense tem
considerado o fato não apenas como ingratidão, mas também como falta de
respeito ao seu líder político. Ele por sua vez permanece calado sem reclamar, mas
sabe-se muito decepcionado.
O PT que Lula não conhece
O
ex-presidente Lula conhece o PT de Alagoas da mesma maneira que tratou seu envolvimento com o Mensalão:
não sabe o que é , o que foi, nem o que será. Certa ocasião uma fonte altamente
confiável ouviu de Lula em um café com a então candidata Dilma Rousseff: “Não
vá a Alagoas na campanha, pois você poderá até perder votos por conta da
chatice daquele povo do PT que lá não tem votos nem pra eles”. Agora surge a
conversa fiada de que havia Lula “incentivado” os petistas locais para que sejam
“mais ousados “ e busquem um nome para a
disputa majoritária. Na verdade o PT de Alagoas nunca teve consistência
política após a saída de Heloisa Helena e vive se “alugando” para salvar algumas candidaturas fadadas ao
fracasso. Possui sim, um único nome capaz de angariar o respeito do eleitorado,
Judson Cabral, mas “excluído” pelos
“companheiros” por sua postura independente e ética.
Pregam o
que não fazem
Uns
poucos militares foram para a porta do edifício onde mora o governador Teotônio
Vilela pasmem: para “reclamar dos altos índices de violência” e naturalmente
fazer reivindicações de interesse da categoria. Os líderes do movimento são os
mesmos de sempre, que não ajudam em nada pois, deveriam estar nas ruas
combatendo o tráfico, prendendo assaltantes e protegendo a sociedade. Não
respeitam hierarquia e muito menos gostam de trabalhar. Todos sabem que há
carência de efetivo na Policia e o governo tem feito o possível para resolver
esse problema. Mentem quando afirmam faltar viaturas e armamentos, pois ao
contrário de governos passados que sucateou, e não investiu o atual equipou e
armou dignamente o setor que vem melhorando. Bem que essas lideranças poderiam
ajudar Alagoas mudando o discurso manjado e indo para as ruas combater
bandidos.
Rumo à
cadeia
Os
ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) devem decidir em plenário ainda
nesta primeira quinzena de novembro se mandam prender réus condenados no
processo do mensalão. Na segunda-feira, o presidente da Corte e relator do
caso, ministro Joaquim Barbosa, vai disponibilizar aos colegas o relatório
sobre os segundos embargos de declaração, os próximos recursos a serem
julgados. A expectativa é de que os recursos sejam incluídos na pauta até o dia
14. Em outros processos, como o do deputado Natan Donadon (sem partido-RR),
concluído em junho, a prisão do réu foi decretada depois do julgamento dos
segundos embargos de declaração. Dos 25 réus condenados, dez entraram com
segundos embargos de declaração. Esse recurso não tem poder para reverter
condenações, mas apenas para esclarecer pontos dúbios de outras fases do
julgamento. O prazo para entrar com esse recurso venceu no último dia 21.
Era só o
que faltava
A
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou na
última quarta feira uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que deverá
levantar muita polêmica. A emenda, de autoria de dois deputados petistas e
defendida pelo partido, cria cotas para parlamentares negros na Câmara dos
Deputados, Assembleias Legislativas e na Câmara Legislativa (DF). Segundo a
emenda, serão reservadas vagas para deputados federais, estaduais e distritais
oriundos da população negra nas cinco legislaturas posteriores à promulgação da
proposta. Para preencher as vagas serão realizadas eleições específicas, simultaneamente
com as eleições gerais.
Se
aprovada, tornará a disputa mais difícil para os demais deputados, que terão
que obter mais votos para se eleger. Era só o que faltava na promiscuidade
legislativa nacional.
O exemplo
pra fazer errado
O
Tribunal de Contas da União (TCU), responsável por fiscalizar os excessos nos
gastos públicos federais, comprou 41 televisores de 60 polegadas e tela de LED
para equipar os gabinetes das principais autoridades na sede do órgão em
Brasília. O edital da compra previu um gasto de R$ 237,7 mil com as TVs - o
custo previsto para cada aparelho foi de R$ 5,8 mil. O ministro, procurador,
secretário ou coordenador que for utilizar a TV de 60 polegadas poderá
interagir com o monitor por meio de uma caneta de toque. Entre os recursos
disponíveis estão edição de fotos, captura de conteúdos da internet, seleção de
menus da TV e possibilidade de desenho..
Se
o exemplo parte de quem deveria fiscalizar, o negócio é mesmo se locupletar.
Este
é o país que temos, mas não é o que merecemos.
A COISA QUE O POLÍTICO BRASILEIRO MAIS GOSTA. TRABALHAR PRA QUE ?SE OS MESMOS IDIOTAS OS ELEGERÃO NAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES

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