Para
refletir:
Passando por Brasília senti um nauseabundo e
repulsivo cheiro de cadáver insepulto. Lembrei que estava bem próximo ao
Palácio da Alvorada.
Escola sem partido. Onde e por quê?
(BRASÍLIA) - O Senado lançou
nesta semana uma enquete em que toda a sociedade pode opinar contra ou a favor
do projeto de lei 193/2016, de autoria do senador Magno Malta (PR-ES), que
inclui entre as diretrizes e bases da educação nacional o programa Escola sem
Partido.
O programa, que tem ganhado
defensores e críticos nos últimos tempos, existe desde 2004 e foi criado por
membros da sociedade civil. Segundo Miguel Nagib, advogado e coordenador da
organização, a ideia surgiu como uma reação contra práticas no ensino
brasileiro que eles consideram ilegais. "De um lado, a doutrinação
política e ideológica em sala de aula, e de outro, a usurpação do direito dos
pais dos alunos sobre a educação moral e religiosa dos seus filhos",
explica . A proposta do
movimento é de que seja afixado na parede das salas de aula de todas as escolas
do país um cartaz, onde estarão escritos os deveres do professor.
A presença do cartaz em sala de aula
tem o objetivo de informar os estudantes sobre o direito que eles têm de
"não serem doutrinados". Na contramão dessa ideia, estudiosos
especialistas em educação criticam o programa afirmando que nada na sociedade é
isento de ideologia, e que o Escola Sem Partido, na verdade, é uma proposta
carregada de conservadorismo, autoritarismo e fundamentalismo cristão.
"Além de não assumir sua mensagem conservadora, camuflada em suposto
pluralismo, o Escola Sem Partido quer evitar um pensamento crítico. Quer uma
escola medíocre. Afirma uma ideologia pautada em um fundamentalismo cristão
evitado até pelo Papa Francisco, diante das possibilidades de um papado que
sucedeu o ultraconservador Bento XVI", afirma Daniel Cara, coordenador-geral
da Campanha Nacional pelo Direito à Educação.
A doutora em educação e pesquisadora
da Fundação Carlos Chagas Sandra Unbehaum afirma que apesar do discurso de
neutralidade, o Escola Sem Partido defende uma escola sem espaço para discussão
da cidadania, garantia estabelecida na Lei de Diretrizes de Bases da Educação.
(9.394/96). "Como é que se desenvolve um pensamento crítico se não
discutindo política, filosofia, sociologia, história? Você não vai discutir
política partidária, mas vai discutir num sentido amplo, de organização e
composição da sociedade", argumenta.
Bem avaliado
Dos integrantes do ministério de
Michel Temer o deputado alagoano Maurício Quintella é um dos mais positivamente
avaliados em Brasília. Com forte espírito empreendedor, trânsito fácil entre
todos os segmentos políticos e muito prestigiado nas duas Casas do Congresso,
sua gestão tem sido festejada e enaltecida inclusive por técnicos da importante
pasta que comanda. Ouvia de um interlocutor credenciado: “O ministro Maurício Quintella prova que é bom na terra, no mar e
também no ar”. Em alusão ao seu ministério dos Transportes, Portos e
Aviação Civil. Alagoas agradece.
Meu inocente marido
Não adiantaram todas as
encenações e ameaças da senadora Gleisi Helena Hoffmann
contra as denúncias que pairam sob a cabeça comprometida de seu marido.
A Polícia Federal indiciou
criminalmente o ex-ministro Paulo Bernardo na Operação Custo Brasil -
investigação sobre suposto desvio de R$ 100 milhões de empréstimos consignados
no âmbito do Planejamento, entre 2010 e 2015. A PF enquadrou Paulo Bernardo por
integrar organização criminosa e corrupção passiva.
O inquérito da Custo Brasil foi
relatado pela PF na sexta-feira (22) e enviado à Justiça Federal. Agora, o
Ministério Público Federal vai analisar o inquérito para denunciar ou não o
ex-ministro e outros envolvidos na Custo Brasil, entre eles o ex-tesoureiro do
PT, Paulo Ferreira.
Juntos até no crime
Para que a senadora fique juntinho do marido a Procuradoria Geral da
República pediu urgência ao Supremo Tribunal Federal no julgamento da denúncia
contra Gleisi Hoffmann. A denúncia contra o casal de
petistas foi apresentada no início de maio pelo procurador-geral da República,
Rodrigo Janot. A acusação, no entanto, ainda não foi apreciada pela 2ª Turma do
Supremo Tribunal Federal – o que motivou a PGR a enviar um pedido ao tribunal
para que julgue a denúncia com urgência. A informação foi publicada no jornal
“O Estado de São Paulo”.
Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo foram acusados, no âmbito da operação
Lava Jato, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Segundo as
investigações, a petista teria recebido R$ 1 milhão em propina, desviada da
Petrobras, para utilizar na campanha ao senado em 2010.
Combatendo a corrupção
Endossadas por cerca de 2,5
milhões de assinaturas, a Força Tarefa da Operação Lava Jato vai levar ao
Congresso as dez medidas anticorrupção que deverão ser apreciadas no segundo
semestre. Se não houver pressão da sociedade dificilmente a pauta será votada,
até porque são os sujos que irão se
submeter a elas. Caso consiga, o país livre vai iniciar um novo tempo.
1. Prevenção à corrupção, transparência e
proteção à fonte de informação;
2. Criminalização do enriquecimento ilícito de
agentes públicos;
3. Pena maior e crime hediondo para corrupção de
altos valores;
4. Aumento da eficiência dos recursos no
processo penal;
5. Celeridade nas ações de improbidade
administrativa;
6. Reforma no sistema de prescrição penal;
7. Ajustes nas nulidades penais;
8. Responsabilização dos partidos políticos
e criminalização do caixa 2,
9. Prisão preventiva para assegurar a devolução
do dinheiro desviado;
10. Recuperação do lucro derivado do crime.
De frente com os suspeitos
Sérgio Moro será o expositor
inaugural do ciclo de audiências públicas da comissão especial da Câmara sobre
as dez medidas de combate à corrupção. O juiz da Lava Jato apresentará suas
sugestões aos deputados na próxima
quinta-feira (4) , às 9h30. Convidado pelos deputados Onix Lorenzoni
(DEM-RS) e Joaquim Passarinho (PSD-PA), respectivamente relator e presidente da
comissão, o juiz da Lava Jato não hesitou em aceitar.
Na semana seguinte, em 9 de
agosto, a comissão ouvirá integrantes da força-tarefa que esquadrinha o maior
caso de corrupção já detectado no Brasil. Entre eles o procurador da República
Deltan Dellagnol, coordenador do grupo e entusiasta das medidas anticorrupção.
Moro e Dellagnol receberam esta semana, em Curitiba, a visita dos dirigentes da
comissão.
O Brasil precisa apoiar a
pressionar para a aprovação das medidas.
Alagoas desenvolve
A Agência de Fomento
de Alagoas (DESENVOLVE) tem se mostrado uma realidade presente no cenário
alagoano. Suas ações estão voltadas para a promoção do desenvolvimento do
Estado de Alagoas, com forte ênfase nas camadas mais pobres da sociedade, a
chamada base da pirâmide. O órgão tem uma característica que o diferencia dos
demais congêneres do país, pois não está
apenas voltado para o crédito, mas visa montar estratégias de desenvolvimento,
principalmente para projetos que tenham a função de formalizar e organizar os
pequenos e médios empreendedores, objetivando a geração de emprego e renda e
promovendo a sustentabilidade no tempo dos negócios gerados. À frente da
DESENVOLVE encontramos uma administração dinâmica e empreendedora sob o comando
do jovem, Rafael Brito, seu presidente e uma aguerrida equipe.
Coluna publicada também no Jornal Extra, Jornal Tribuna do Sertão.
Sites: Tribuna do Sertão/Primeiro Momento/Tribuna do Agreste.
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