UM ALIADO REBELDE
Senador Tião Viana critica PMDB e diz que Lula deixa grande frustração

"Ele (Lula) deixa uma grande frustração no que se pensava ser uma de suas maiores habilidades: a política partidária. Lula nada fez para evitar a desconstrução e a perda da autoridade moral do Congresso. Os partidos estão mais fracos e deteriorados do que antes da sua posse. E é papel do chefe de Estado fazer com que as instituições como o Parlamento sejam vigorosas", disse Viana.
Para o senador, é uma tragédia o PMDB comandar a Câmara e o Senado:
"Ele (Lula) levou em conta que o PMDB é essencial para 2010. Decidiu respeitar as forças que impuseram a candidatura Sarney, porque privilegiou a candidatura Dilma Rousseff e a necessidade de coalizão. Não guardo mágoas, mas é uma tragédia um partido dirigir as duas casas do Congresso (...) O PMDB é a essência do fisiologismo. Tem bons quadros, mas vive de troca de favores".
O senador petista, um dos 10 da bancada de 12 que terão que disputar a reeleição em 2010, disse ainda que a solidariedade de Lula a Sarney é uma retribuição a atos do aliado, que o defendeu na eleição de 2002 e durante o processo do mensalão.
Efraim Morais é próximo alvo de aliados de Sarney

O senador é de família tradicional na política da Paraíba e retribui favores. Tem muitos amigos, a julgar pelo número de funcionários em seu gabinete: 59 (o mais alto da Casa). Com o fim do nepotismo, sete parentes perderam o emprego. O prefeito de São Mamede (PB), Francisco das Chagas Lopes de Souza, é um dos amigos. Sua filha, Marcília, apesar de estudar medicina em Campina Grande (PB), é assistente parlamentar desde 2005. No gabinete de Efraim, ninguém a conhece. Segundo sua assessoria, ela "trabalha por produção": presta serviços nos fins de semana e recebe salário integral, cerca de R$ 3 mil.
Efraim pode ter problemas com investigações na Polícia Federal. Na 1ª secretaria, no recesso de julho de 2008, prorrogou contrato de mais de R$ 2 milhões com a Ipanema Empresa de Serviços Gerais, acusada pelo Ministério Público de fraudar licitações. A PF quer saber o grau de amizade de Efraim com o lobista Eduardo Bonifácio Ferreira. Ele estendeu três contratos de interesse de Ferreira considerados suspeitos pela PF, no total de R$ 35 milhões. Filiado ao DEM, Ferreira foi nomeado em 2003 para cargo na liderança da Minoria do Senado. Ficou até 2005.
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