sábado, 25 de julho de 2009

Zelaya entra em território hondurenho, mas logo depois recua



O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, fez um retorno simbólico a Honduras, ontempor volta das 14h26m horário local (17h26m de Brasília), voltando ao território nicaraguense logo em seguida para evitar ser preso, como ameaça o governo interino comandado por Roberto Micheletti. Acompanhado da chanceler Patricia Rodas e de um grupo de simpatizantes, Zelaya entrou em seu país pela cidade de Las Manos, na Nicarágua, a 250 quilômetros de Manágua, de onde partiu na quinta-feira.
Pouco antes, o líder deposto havia conversado por telefone, durante cerca de 10 minutos, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que desejou "boa sorte" ao líder na segunda tentativa de retorno. Já a secretária de Estado dos Estados Unidos,
Hillary Clinton,considerou imprudente a tentativa de retorno
de Zelaya e pediu que ambos os lados do conflito busquem a uma solução negociada pacificamente.
O presidente deposto e seus simpatizantes levantaram a corrente que separa Nicarágua e Honduras e caminharam alguns metros até uma placa de "Bem-vindos a Honduras", onde Zelaya parou para esperar sua família.
Próximo dali, militares formavam uma frente com escudos antimotim e capacetes para impedir o avanço da marcha.
- Pedi comunicação com o Estado Maior para ver se podemos solucionar isso. Nem eu posso governar com uma oposição tão grande como a que fez a oligarquia, nem eles podem governar sem o povo, sem o presidente eleito pelo povo - disse Zelaya a jornalistas.
Mais cedo, Zelaya havia dito não ter medo de ser detido, como haviam prometido a Justiça e o presidente de facto do país, Roberto Micheletti.
- Tenho o direito de buscar minha casa e minha família, e de cumprir meu mandato. Esta justiça dos golpistas é nula, ninguém a aceita - ressaltou.

Militares impedem família de Zelaya de chegar à fronteira

Militares hondurenhos bloquearam a passagem da comitiva que levava a família de Manuel Zelaya à fronteira entre Honduras e Nicarágua, onde se encontra o presidente deposto, informou o canal de TV venezuelano Telesur.
A esposa de Zelaya, Xiomara, pediu aos militares que a deixassem "acompanhar o presidente de todos os hondurenhos", segundo a Telesur.
- Estou triste pelo que está acontecendo em nosso país, triste de ver hondurenhos em conflito com outros hondurenhos - lamentou Xiomara Castro, acompanhada de seus filhos, José Manuel e Xiomara Hortencia, além de sua mãe e sua sogra.
A família Zelaya quer se encontrar com o presidente deposto na localidade nicaraguense de Las Manos, na fronteira de Honduras, para voltar em seguida com ele a seu país.
O governo de fato em Honduras avisou que Zelaya será detido se tentar voltar.

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