CONFESSANDO O CRIME
Senadora deu passagens para parentes e amigos
Brasília - A senadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN), suplente do Conselho de Ética do Senado, teria pago com o dinheiro da cota aérea parlamentar viagens de turismo para ela, marido, filhos e outros parentes. De acordo com o jornal Folha de S.Paulo desta sexta-feira, a verba pública, criada para permitir o deslocamento de congressistas no exercício da atividade parlamentar, foi utilizada também para custear a estada em hotéis. O ato que regulamentava o uso da cota de passagens foi modificado em abril, após a divulgação de gastos considerados abusivos no Congresso.Mesmo antes da modificação, não havia a possibilidade para gastos com hospedagem nem custeio de viagens de turismo.Segundo o jornal, entre as despesas descontadas da cota da senadora de maio de 2007 a fevereiro de 2008, num total de R$ 160 mil, mais da metade dos bilhetes (124, de um total de 240) foi emitida em nome de membros das famílias Ciarlini e Rosado (sobrenome de seu marido, Carlos Augusto). A verba teria sido usada também para financiar a vinda de sua filha Karla e do genro alemão Jan Nabendahl de Frankfurt para Natal, em novembro de 2007, ao custo de R$ 5.813.O outro ladoRosalba Ciarlini disse que não se recorda de todos os voos e gastos, mas confirmou que usou sua cota para pagar passagens e estada para parentes, amigos e o advogado. Segundo ela, a cota "era vista mais como uma complementação que era de uso do parlamentar, que ele podia usar para o deslocamento seu, do cônjugue, de dependentes ou de pessoas que achasse que era conveniente".Em nota ao jornal, a senadora afirmou que os bilhetes para parentes e amigos foram emitidos com as sobras de cota aérea, dentro do que as regras permitiam. Ela afirmou ainda que, após a imposição de novas regras para o uso da cota, parou de emitir bilhetes para familiares e amigos.Segundo o jornal, a Diretoria Geral do Senado informou que o contrato com a empresa encarregada de gerir as despesas aéreas dos senadores, a Sphaera Turismo, prevê a prestação de outros serviços. No entanto, confirmou que o novo ato não prevê o uso da cota aérea para o pagamento de hospedagem.
Fonte: abcpolitiko
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