quinta-feira, 6 de agosto de 2009

DESTAQUE
Marina da Silva

Candidatura a presidência da República como estratégia pela economia verde

A senadora Marina Silva (PT-AC) desembarca nesta sexta-feita em Rio Branco, onde nasceu, tendo de cor uma lista de amigos e companheiros que serão ouvidos para tomar a decisão que considera a mais difícil da vida dela: abandonar 30 anos de militância petista, se filiar ao PV, participar da “refundação programática do partido” e se tornar candidata a presidente da República.
Após entrevistá-la o Blog da Amazônia consultou Fábio Vaz de Lima, marido da senadora e um dos secretários mais influentes na gestão do governador do Acre Binho Marques (PT), para saber dele se Marina Silva está mesmo disposta ao desafio ou apenas vai surfar na onda de um convite que já mobiliza os verdes do mundo inteiro.
- Sou contra a saída dela do PT e já expus todas as minhas razões. Mas a maneira como tem se conduzido até aqui me dá a certeza de que a Marina já tomou uma decisão. É possível até que ofereçam para ela a presidência do PV. Sendo assim, vou acompanhá-la, pois sou capaz disso em quaisquer circunstâncias - afirmou Fábio Vaz de Lima.

Antes da entrevista, Marina Silva fez questão de ponderar que tem procurado “ser o máximo econômica possível” por conta do momento de uma decisão vital em sua trajetória, mas não economizou palavras para defender a necessidade de compromissos com a utopia na política:
- Eu me mobilizo pelo avivamento da utopia para a economia do século XXI. É esse trânsito que precisa ser feito e que não existe em lugar nenhum, precisa ser criado para algo diferente.
- Não estou fazendo cálculos. Se eu ficasse fazendo cálculo de tempo em programa eleitoral, jamais teria sido candidata. Você sabe que já fui candidata com um tempo de um minuto, que tinha que ser dividido com o Chico Mendes. Trinta segundos para ele e trinta segundos para mim. Tínhamos que nos apresentar ao vivo. Isso não tem nada pragmático. Prefiro continuar acreditando que o sonho remove montanhas. Foi isso que fizemos em 30 anos. Removemos algumas montanhas, mas não removemos outras porque não nos expusemos com a radicalidade necessária.
- Não vou me iludir achando que alguém que lida com temas considerados secundários ou de minorias, possa colocar em risco uma candidatura que tem todo o peso e respaldo que tem a candidatura da ministra Dilma. Eu estaria sendo pretensiosa se eu embarcasse nessa avaliação.

Fonte:Blog da Amazônia

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