sexta-feira, 7 de agosto de 2009

MP denuncia governadora Yeda e mais oito pessoas


Brasília - A Procuradoria da República no Rio Grande do Sul ingressou com uma ação civil pública contra a governadora do Estado, Yeda Crusius (PSDB), e outras oito pessoas acusadas de improbidade administrativa. Na ação, os procuradores pedem o afastamento da governadora e de outros agentes públicos. A Procuradoria pede também que a Justiça determine a indisponibilidade dos bens de todos os envolvidos para garantir a devolução integral aos cofres públicos dos valores supostamente desviados. De acordo com os procuradores, a estimativa é de que o valor ultrapasse R$ 44 milhões. Os recursos teriam sido desviados do Detran gaúcho, da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria) e fundações de apoio como a Fatec (Fundação de Apoio à Tecnologia e Ciência vinculada a UFSM) e Fundae (Fundação Educacional e Cultural para o Desenvolvimento e Aperfeiçoamento da Educação e da Cultura), além de outras empresas ligadas ao governo. Além de Yeda, foram denunciados à Justiça o marido dela, Carlos Crusius; o deputado federal e secretário de Segurança do Estado entre 2003 e 2006, José Otávio Germano (PP-RS); o presidente do TCE (Tribunal de Contas do Estado), João Luiz Vargas; o deputado estadual e chefe da Casa Civil na época da denúncia Luiz Fernando Záchia (PMDB); o deputado estadual Frederico Antunes (PP); o ex-secretário-geral de governo, Delson Martini; a assessora da governadora, Walna Meneses; e o tesoureiro da campanha de Yeda, Rubens Bordini. Os procuradores não deram mais detalhes sobre as provas que reuniram relacionadas à participação da governadora no suposto desvio, porque o processo corre em sigilo. Eles especificaram apenas que o embasamento para a ação foi obtido em documentos, depoimentos e interceptações telefônicas, inclusive da Operação Solidária, da Polícia Federal, que investiga supostas fraudes em licitações estaduais. Ainda de acordo com os procuradores, a governadora e os outros denunciados terão espaço para sua defesa durante o processo e podem pedir a retirada do sigilo caso desejem que as provas sejam levadas a público. Segundo os procuradores, outro inquérito policial investigaria também outras pessoas possivelmente envolvidas com o esquema, mas que não possuem foro privilegiado. Novas diligências foram necessárias porque as provas colhidas até o momento não teriam sido conclusivas nestes casos.

FONTE: www.abcpolitiko.com.br

Nenhum comentário:

Em defesa do Sistema S O Brasil inteiro, (principalmente aqueles setores que produzem, formam e criam milhões de oportunidades de ...