domingo, 28 de julho de 2013


Para refletir: “Os trombadões da vida pública têm grandes advogados, caríssimos, quase sempre pagos com o dinheiro que foi desviado do erário”. (Sérgio Jucá – Procurador Geral de Justiça).

Visita à “Casa dos Horrores”

Realmente não sei o que passa pela cabeça desses nossos desvairados  políticos. Em destaque no site do Senado Federal a informação de que Nas férias de julho, os interessados em conhecer a história do Senado e da Câmara terão mais opções de horários para participar das visitas guiadas gratuitas ao Congresso. Além disso, turistas estrangeiros têm horários fixos para visitas guiadas em outros idiomas.

Brasileiros e estrangeiros terão a oportunidade de “conhecer a história do Congresso Nacional”. Uma mentira deslavada, hipócrita e vergonhosa. Mostrarão simplesmente a “casca”, pois o conteúdo é impróprio para o cidadão de qualquer idade ou nacionalidade.

Em um desabafo honesto como é seu estilo o ex-deputado Fernando Gabeira diz do Congresso Nacional: “Conheço os passos dessa estrada porque transitei nela 16 anos. O mensalão significou o ato inaugural, a escolha do tipo e da natureza de alianças políticas governo petista. Significou a compra de votos dos partidos, uma forma de reduzir o Congresso a um balcão de negócios. Em seguida vieram as medidas provisórias (MPs). Governar com elas é roubar do Congresso tempo e energia para seus projetos. A liberação das emendas parlamentares era a principal compensação pelo espaço perdido. Os negócios, como sempre, são o centro de tudo. Negócios, trambiques, maracutaias e, como diziam Os Paralamas em 2003, “é lobby, é conchavo, é propina e jeton”. Uma década depois, vendo o Congresso idêntico à sua caricatura, pergunto quando é que nos vamos dar conta dessa perda, desse membro amputado de nossa anatomia democrática.”

A longa lista de escândalos do Senado brasileiro chegou às páginas da revista britânica "The Economist", uma das mais conceituadas do mundo. Com o sugestivo título de "Casa de Horrores", a publicação relembra vários casos escabrosos registrados nas duas Casas do Congresso brasileiro e seus principais personagens todos muito conhecidos nossos.

Com o irônico subtítulo "O que os parlamentares britânicos podem aprender com os senadores brasileiros" - por conta de escândalos na Inglaterra em que deputados foram pegos usando dinheiro público para pagar contas particulares

Ao ser criado em 1824, o Senado era uma casa de fidalgos, inspirado na Câmara dos Lordes. Seus membros eram escolhidos com base na experiência de administração pública e nos serviços prestados à Pátria. Passados os anos, um terço da atual composição do Senado responde a inquéritos no Poder Judiciário. Pior: muitos deles são suplentes, que desfrutam das benesses do mandato sem ter recebido um só voto nas urnas.

É este o Congresso que pretendem mostrar aos visitantes brasileiros e estrangeiros? Deveriam ter vergonha.

Respeito é bom

Esta semana em uma reunião entre o prefeito de Maceió e empresários do setor de transporte coletivo um dos participantes do encontro naturalmente se achando no direito de ser desrespeitoso com uma autoridade fez uma provocação graciosa se dirigindo a Rui Palmeira que reagiu de pronto ao ato grosseiro se retirando do local, dando antes a resposta educada e precisa como é o seu estilo.

É bom lembrar ao desavisado empresário e aos demais, que mesmo nascido e criado com educação, ser um homem cordato e um administrador aberto ao diálogo, em momento algum demonstra tolerância com provocações irresponsáveis, muito menos pressões intencionalmente maliciosas. Esse é o Rui que eu conheço e não vai mudar.

Olho por olho

Na sofrida e conturbada história da licença ambiental para a construção do Estaleiro Eisa em Alagoas todos sabemos dos entraves, dificuldades “fabricadas” pela má vontade  de alguns setores, a burocracia intencionalmente travada do IBAMA e até a falta de vontade de política de setores de Brasília. Quase à exaustão finalmente o problema foi resolvido e as perspectivas sociais e econômicas de Alagoas  mudam de figura.

Esta semana lia em um dos principais jornais do país matéria na qual o senador  Renan Calheiros era criticado  por ter interferido na postergação para aprovar matéria de interesse do IBAMA enquanto não saísse a tão almejada licença para implantar o estaleiro. Dos alagoanos o senador merece os parabéns pela “eficiente” medida. Não fosse assim tudo continuaria como dantes. No lugar de Renan eu faria o mesmo, pois é essa a linguagem que eles entendem.

O grosseiro Joaquim Barbosa

A boa educação deve valer prá todos – branco, índio, negro ou japonês. A atitude do Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, ao deixar a Presidente da República com a mão no vácuo, evitando cumprimentá-la na recepção ao Papa Francisco, no Palácio das Laranjeiras, é inaceitável, não porque o gesto foi uma grosseria com a Presidente da República. Seria grosseiro se fosse com o lixeiro, com o flanelinha ou o guarda da esquina. E por uma simples razão: todos os seres humanos devem merecer de todos nós o mesmo respeito. A explicação da assessoria do presidente do STF de que imaginou que não fosse preciso cumprimentá-la, já que o havia feito numa sala reservada à autoridades, torna a emenda pior que o soneto porque subestima a inteligência de quem viu, partindo do pressuposto de que o país, o mundo inteiro, não viu o que viu.

O pior é a tentativa de alguns de justificar o injustificável, argumentando com os séculos de humilhações e sofrimentos que atingem todos os negros neste país em que a sociedade e as instituições respiram e reproduzem racismo. Neste caso, basta inverter as posições para se ter uma ideia de que o gesto deselegante e grosseiro, continuaria sendo deselegante e grosseiro. Suponhamos que no lugar da Presidente estivesse Joaquim Barbosa e que ele fosse deixado com a mão no vácuo, enquanto Dilma fingia ignorar sua presença. Qual seria a reação de alguns que saem agora em defesa de Barbosa? Racismo, claro, não é mesmo? Então, porque ele fazendo tem a compreensão e a indulgência automática – ou seja: pode. (Dojival Vieira – Jornalista). Na verdade esse ministro Joaquim Barbosa é um despreparado  para o poder que exerce.

O desencanto com o poder

Conversava com o então deputado estadual Rui Palmeira quando ele decidiu ser candidato à Câmara Federal.  Eu me preocupava com suas chances de eleição. Na conversa ele me demonstrava suas possiblidades e adiantava : “Eu não suporto mais a Assembleia Legislativa, Pelos seus vícios, pelo comportamento da maioria, por suas ações desfocadas de princípios morais e legais”. Livrou-se da Assembleia foi eleito deputado federal e depois prefeito. Vejo outro desencantado com a Assembleia. Trata-se do deputado petista Judson Cabral. Um nome pra se levar em conta. Na minha opinião o melhor parlamentar na Casa de Tavares Bastos, comprometido com o interesse público, honesto e eficiente em suas ações. Faz a diferença entre pares podres e inúteis. Se ao PT restar um pouco de inteligência e dignidade poderá tê-lo como deputado federal nas próximas eleições. 

Não explica nem justifica

O ministro paulista/alagoano também foi apanhado “de rabo preso” abusando imoralmente do uso de avião da FAB para fazer viagens “a trabalho” , mas levando a bordo seus familiares que nada têm a ver com o objetivo da missão. Foi para Cuba durante o carnaval criando um roteiro para fingir que estaria em “missão oficial”. Como se estivesse em plena folia momesca fez algumas visitas e velhos e ultrapassados colegas comunistas e ofereceu à família a oportunidade de se refastelar na “Ilha dos Castros”. Cinicamente ainda tenta justificar: “Não fui passear em Cuba. Fui trabalhar como mostra a agenda”. Levou a família como “malas”? Bem que poderia.


 Aqui tudo pode, até “clandestinos”

Não me contive ao assistir uma reportagem em uma emissora de televisão que cobria mais um protesto nas ruas com a categoria congestionando o trânsito, manifestantes exaltados e um carro de som bradando palavras de ordem e gritos contra o governo.

Ao ser entrevistado um dos lideres do movimento bradou: “Estamos aqui protestando por causa da perseguição do governo contra os “clandestinos”. Queremos trabalhar e eles não deixam”.

Ora, se o sujeito é “clandestino” está irregular, se está irregular não pode exercer atividade e fica reclamando de que?

Acontece que tudo agora virou um protesto, uma reclamação coletiva e principalmente um inferno na vida das pessoas que nada têm a ver com o problema e são impedidas do direito de ir e vir, pela bagunça instaurada nessas manifestações.

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