Para refletir: “Os
trombadões da vida pública têm grandes advogados, caríssimos, quase sempre
pagos com o dinheiro que foi desviado do erário”. (Sérgio Jucá – Procurador Geral de Justiça).
Visita à “Casa dos Horrores”
Realmente
não sei o que passa pela cabeça
desses nossos desvairados políticos. Em destaque no site do Senado
Federal a informação de que
Nas férias de julho, os interessados em conhecer a história do Senado e da
Câmara terão mais opções de horários para participar das visitas guiadas
gratuitas ao Congresso. Além disso, turistas estrangeiros têm horários fixos
para visitas guiadas em outros idiomas.
Brasileiros e
estrangeiros terão a oportunidade de “conhecer a história do Congresso
Nacional”. Uma mentira deslavada, hipócrita e vergonhosa. Mostrarão
simplesmente a “casca”, pois o conteúdo é impróprio para o cidadão de qualquer
idade ou nacionalidade.
Em um desabafo honesto como é seu
estilo o ex-deputado Fernando Gabeira diz do Congresso Nacional: “Conheço os passos dessa estrada porque
transitei nela 16 anos. O mensalão significou o ato inaugural, a escolha do
tipo e da natureza de alianças políticas governo petista. Significou a compra
de votos dos partidos, uma forma de reduzir o Congresso a um balcão de
negócios. Em seguida vieram as medidas provisórias (MPs). Governar com elas é
roubar do Congresso tempo e energia para seus projetos. A liberação das emendas
parlamentares era a principal compensação pelo espaço perdido. Os negócios,
como sempre, são o centro de tudo. Negócios, trambiques, maracutaias e, como
diziam Os Paralamas em 2003, “é lobby, é conchavo, é propina e jeton”. Uma
década depois, vendo o Congresso idêntico à sua caricatura, pergunto quando é
que nos vamos dar conta dessa perda, desse membro amputado de nossa anatomia
democrática.”
A longa lista de escândalos do Senado
brasileiro chegou às páginas da revista britânica "The Economist",
uma das mais conceituadas do mundo. Com o sugestivo título de "Casa de
Horrores", a publicação relembra vários casos escabrosos registrados nas duas
Casas do Congresso brasileiro e seus principais personagens todos muito
conhecidos nossos.
Com o
irônico subtítulo "O que os parlamentares britânicos podem aprender com os
senadores brasileiros" - por conta de escândalos na Inglaterra em que
deputados foram pegos usando dinheiro público para pagar contas particulares
Ao
ser criado em 1824, o Senado era uma casa de fidalgos, inspirado na Câmara dos
Lordes. Seus membros eram escolhidos com base na experiência de administração
pública e nos serviços prestados à Pátria. Passados os anos, um terço da atual
composição do Senado responde a inquéritos no Poder Judiciário. Pior: muitos
deles são suplentes, que desfrutam das benesses do mandato sem ter recebido um
só voto nas urnas.
É
este o Congresso que pretendem mostrar aos visitantes brasileiros e
estrangeiros? Deveriam ter vergonha.
Respeito
é bom
Esta
semana em uma reunião entre o prefeito de Maceió e empresários do setor de
transporte coletivo um dos participantes do encontro naturalmente se achando no
direito de ser desrespeitoso com uma autoridade fez uma provocação graciosa se
dirigindo a Rui Palmeira que reagiu de pronto ao ato grosseiro se retirando do
local, dando antes a resposta educada e precisa como é o seu estilo.
É
bom lembrar ao desavisado empresário e aos demais, que mesmo nascido e criado
com educação, ser um homem cordato e um administrador aberto ao diálogo, em
momento algum demonstra tolerância com provocações irresponsáveis, muito menos
pressões intencionalmente maliciosas. Esse é o Rui que eu conheço e não vai
mudar.
Olho
por olho
Na
sofrida e conturbada história da licença ambiental para a construção do
Estaleiro Eisa em Alagoas todos sabemos dos entraves, dificuldades “fabricadas”
pela má vontade de alguns setores, a
burocracia intencionalmente travada do IBAMA e até a falta de vontade de
política de setores de Brasília. Quase à exaustão finalmente o problema foi
resolvido e as perspectivas sociais e econômicas de Alagoas mudam de figura.
Esta
semana lia em um dos principais jornais do país matéria na qual o senador Renan Calheiros era criticado por ter interferido na postergação para
aprovar matéria de interesse do IBAMA enquanto não saísse a tão almejada
licença para implantar o estaleiro. Dos alagoanos o senador merece os parabéns
pela “eficiente” medida. Não fosse assim tudo continuaria como dantes. No lugar
de Renan eu faria o mesmo, pois é essa a linguagem que eles entendem.
O
grosseiro Joaquim Barbosa
A boa
educação deve valer prá todos – branco, índio, negro ou japonês. A atitude do
Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, ao deixar a
Presidente da República com a mão no vácuo, evitando cumprimentá-la na recepção
ao Papa Francisco, no Palácio das Laranjeiras, é inaceitável, não porque o
gesto foi uma grosseria com a Presidente da República. Seria grosseiro se fosse
com o lixeiro, com o flanelinha ou o guarda da esquina. E por uma simples
razão: todos os seres humanos devem merecer de todos nós o mesmo respeito. A
explicação da assessoria do presidente do STF de que imaginou que não fosse
preciso cumprimentá-la, já que o havia feito numa sala reservada à autoridades,
torna a emenda pior que o soneto porque subestima a inteligência de quem viu,
partindo do pressuposto de que o país, o mundo inteiro, não viu o que viu.
O pior é
a tentativa de alguns de justificar o injustificável, argumentando com os
séculos de humilhações e sofrimentos que atingem todos os negros neste país em
que a sociedade e as instituições respiram e reproduzem racismo. Neste caso,
basta inverter as posições para se ter uma ideia de que o gesto deselegante e
grosseiro, continuaria sendo deselegante e grosseiro. Suponhamos que no lugar
da Presidente estivesse Joaquim Barbosa e que ele fosse deixado com a mão no
vácuo, enquanto Dilma fingia ignorar sua presença. Qual seria a reação de
alguns que saem agora em defesa de Barbosa? Racismo, claro, não é mesmo? Então,
porque ele fazendo tem a compreensão e a indulgência automática – ou seja: pode.
(Dojival Vieira – Jornalista). Na verdade esse ministro Joaquim Barbosa é um
despreparado para o poder que exerce.
O
desencanto com o poder
Conversava
com o então deputado estadual Rui Palmeira quando ele decidiu ser candidato à
Câmara Federal. Eu me preocupava com
suas chances de eleição. Na conversa ele me demonstrava suas possiblidades e
adiantava : “Eu não suporto mais a Assembleia Legislativa, Pelos seus vícios,
pelo comportamento da maioria, por suas ações desfocadas de princípios morais e
legais”. Livrou-se da Assembleia foi eleito deputado federal e depois prefeito.
Vejo outro desencantado com a Assembleia. Trata-se do deputado petista Judson
Cabral. Um nome pra se levar em conta. Na minha opinião o melhor parlamentar na
Casa de Tavares Bastos, comprometido com o interesse público, honesto e eficiente
em suas ações. Faz a diferença entre pares podres e inúteis. Se ao PT restar um
pouco de inteligência e dignidade poderá tê-lo como deputado federal nas
próximas eleições.
Não
explica nem justifica
O
ministro paulista/alagoano também foi apanhado “de rabo preso” abusando
imoralmente do uso de avião da FAB para fazer viagens “a trabalho” , mas
levando a bordo seus familiares que nada têm a ver com o objetivo da missão.
Foi para Cuba durante o carnaval criando um roteiro para fingir que estaria em “missão
oficial”. Como se estivesse em plena folia momesca fez algumas visitas e velhos
e ultrapassados colegas comunistas e ofereceu à família a oportunidade de se
refastelar na “Ilha dos Castros”. Cinicamente ainda tenta justificar: “Não fui
passear em Cuba. Fui trabalhar como mostra a agenda”. Levou a família como
“malas”? Bem que poderia.
Aqui tudo pode, até “clandestinos”
Não me
contive ao assistir uma reportagem em uma emissora de televisão que cobria mais
um protesto nas ruas com a categoria congestionando o trânsito, manifestantes
exaltados e um carro de som bradando palavras de ordem e gritos contra o
governo.
Ao ser
entrevistado um dos lideres do movimento bradou: “Estamos aqui protestando por
causa da perseguição do governo contra os “clandestinos”. Queremos trabalhar e
eles não deixam”.
Ora, se o
sujeito é “clandestino” está irregular, se está irregular não pode exercer
atividade e fica reclamando de que?
Acontece
que tudo agora virou um protesto, uma reclamação coletiva e principalmente um
inferno na vida das pessoas que nada têm a ver com o problema e são impedidas
do direito de ir e vir, pela bagunça instaurada nessas manifestações.
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