Para meditar: “Esse governo tem que cair. Até janeiro ou fevereiro, Alagoas terá um novo governo. Disso tenho certeza”. (Palavras do devaneio de Ronaldo Lessa).
O candidato derrotado nas eleições para governador, Ronaldo Lessa, como sempre não se conformou com a decisão soberana dos alagoanos em não aceitar o seu nome. Foi assim quando, por sua soberba e arrogância, foi derrotado em 2006 por Fernando Collor, que em apenas 15 dias de campanha o “destronou” de uma eleição tida como “favas contadas” por ele e seus seguidores. Ao perder para o governador Teotônio Vilela usou dos mesmos argumentos, movido pelo devaneio e alimentado por patronos que sabiam da inconsistência de suas ações (tanto que perdeu todas), mas queriam alimentar seu ego inflado e sua ensandecida busca pelo cargo perdido a qualquer custo.
Sofre porque não é um vitorioso nas urnas, pois ganhou sempre circunstancialmente. Assim foi para vereador quando venceu por um minguado voto, ganhou em 1998 pela conturbação político/administrativa do governo que sucedeu. Em 2002 tinha tudo para perder. Os prefeitos e lideranças políticas do interior não o toleravam, dada à maneira hostil e desprezível com que os tratava acompanhado nessa ação por uma incompetente assessoria que seguia seu exemplo no trato com essas lideranças. Foi preciso que o seu candidato a vice-governador, Luis Abílio, hábil, cordato e respeitado, percorresse praticamente todos os municípios desculpando-se e prometendo um jeito diferente de tratar, caso fossem eleitos. Ganharam, mas o tratamento foi o mesmo por parte do governador. O troco foi dado pelas mesmas lideranças quando foi candidato a senador, votando em Fernando Collor e derrubando-o do frágil pedestal. Em 2010 não aconteceu nada de circunstancial. Disputou com Fernando Collor e Teotônio Vilela e perdeu porque votos não os teve. Mesmo com apoios expressivos no segundo turno como o senador Renan Calheiros e do próprio Fernando Collor.
Mas como todo déspota é um inconformado com a derrota, culpa a todos, até os seus mais fiéis amigos. Jamais faria qualquer reflexão para verificar que existe um grande culpado de seu fracasso: ele.
Sua derrota no Tribunal Superior Eleitoral era previsível. Iludiu-se com os que lhe cercam em busca de um “pedaço de poder”. Mais uma vez prevaleceu a arrogância doentia e o desequilíbrio emocional que o dominam. Anunciou aos quatro cantos que “era o governador” e vaticinou a cassação do vencedor.
Antecipou um julgamento que em sonho se viu vencedor. Só que como na conhecida história de Mané Garrincha e o técnico Vicente Feola “esqueceu de combinar com os russos”. O Tribunal não conheceu de seus devaneios e com uma “lavada” de 6 a 1 manteve o governador no cargo para o qual foi eleito pela maioria dos alagoanos. O terceiro turno derrotou a arrogância e tudo continua azul.
Família ausente
Alguém me perguntou por que nenhum irmão de José Aprígio Vilela compareceu à entrega do prêmio que leva o seu nome? Respondi: todos foram convidados.
A explicação pela ausência quem tem que dar são eles. Uma coisa posso afirmar e quem esteve lá confirma: foi a maior festa do gênero realizada em Alagoas nos últimos tempos. Não é sem razão que os prefeitos batizaram o prêmio como o “Oscar” da Gestão Pública de Alagoas.
O brilho de Thomaz Nonô
Presidindo a solenidade de entrega do Prêmio José Aprígio Vilela de Gestão Pública Responsável e Empreendedora, quando foi também homenageado com a outorga da Medalha do Mérito Dom Hélder Câmara, o vice-governador José Thomaz Nonô impressionou a platéia que lotava o auditório com sua eloqüência já conhecida. Prefeitos, vereadores, as autoridades e lideranças empresariais fizeram questão de cumprimentá-lo após seu discurso, agradecendo e homenageando José Aprígio, Dom Hélder e o Instituto Cidadão.
Como dizia um prefeito: “Isto não é um discurso. É uma peça histórica”.
Candidatura tucana
Ou os tucanos se cuidam e começam a “asfaltar” a candidatura do deputado Rui Palmeira para a Prefeitura de Maceió, do contrário “vão dar com os burros n’água”. Se começa com esse jogo de “deixa pra depois” por pura burrice de dirigentes partidários que só olham para seus umbigos quando acordarem a oposição estará léguas à frente e ai ninguém segura mais. Será um jogo difícil enfrentar o poderio eleitoral do prefeito Cícero Almeida, o PSDB não possui ninguém em seus quadros com consistência eleitoral suficiente a não ser o próprio Rui, que também não está disposto a esperar muito tempo por uma definição.
Confesso que tive medo
Uma de minhas confiáveis fontes narrava conversa sua com importante figura do Poder Judiciário que lhe disse: “Confesso que em certo momento tememos com relação ao julgamento no TSE. Não merecíamos tamanha maldição. O governo atual recebeu Alagoas em frangalho, destruída pela irresponsabilidade e falta de respeito à coisa pública. A duras penas conseguiu recuperar as finanças dilapidadas, implantou seriedade e desenvolvimento ao Estado. Diante dessa cruel realidade claro que de alguma maneira procuramos mostrar aos senhores ministros o caráter de um e de outro e o perigo de um julgamento equivocado”. É assim que se constrói.
João Lyra ganhando fôlego
O deputado João Lyra quer um tempo para refletir sobre uma possível candidatura à Prefeitura de Maceió. Sabe que não pode entrar para perder.
Tem “farinha no alforje”, possibilidade de uma ampla aliança e o apoio do dono da popularidade de Maceió o prefeito Cícero Almeida. Com certeza sua candidatura arrastará o apoio do senador Renan Calheiros e também é possível ter o senador Fernando Collor. Almeida já disse que nada decide sobre apoios até a palavra final do parceiro. Se topar poderá fazer a diferença e conquistar a Prefeitura. A chapa pode ser Lyra e Mozart Amaral.
PÉ DE PÁGINA
“Ao final, Lessa pode ter sido o promotor – o acusador – de si próprio. O poder fez muito mal a ele e a muita gente do seu entorno, embora poucos tenham ficado após a derrocada”. (Blog do Ricardo Mota).
O discurso raivoso, e por vezes, desrespeitoso de Ronaldo Lessa, até atrai a simpatia de uma parcela do eleitorado, que o estimula a continuar dizendo o que vem lhe “vem na telha”.Mesmo que depois tenha de passar por um oceânico vexame, como no caso do desembargador James Magalhães.
Lembrando: Lessa fez publicar na imprensa local um texto assinado por ele dizendo que havia inventado tudo o que dissera sobre o magistrado – tendo como consequência um processo em que foi derrotado em todas as instâncias.
O texto é de fazer qualquer pessoa que se respeite corar até não mais poder. (Ricardo Mota).

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