Para meditar: Dizem que o título eleitoral é uma arma contra a corrupção.
Eu acho o contrário, pois é através dele que nascem muitos corruptos.
(Buenos Aires) Nem bem cheguei à capital portenha e já estou aqui falando do tema que mais me pautou durante o ano passado: Corrupção. Será que essa gente não me deixa em paz nem nas “férias”? O fato que me fez insistir no assunto foram os jornais argentinos que trazem denúncias de corrupção no Executivo, no Legislativo e também no Judiciário (pensou o caro leitor que era somente o nosso?).
Para a imprensa argentina a corrupção na era Kirchner tem práticas mais sofisticadas e agressivas do que as implementadas na época de do ex-presidente Menem. É o que pensa, por exemplo, o jornalista Luis Majul, autor dos livros "O Dono. A história secreta de Néstor Kirchner" e "Ele e Ela", nos quais explica com riqueza de informações casos de corrupção vinculados à família presidencial. – “Com Kirchner passamos a ter uma corrupção estrutural, uma ocupação do Estado para favorecer empresários amigos e prejudicar inimigos”.
O problema aqui na Argentina quanto a impunidade dos corruptos também tem grande semelhança com o nosso. É que a Justiça federal não fará nada enquanto os Kirchner estiverem no poder. Já no Brasil não acontece nada antes, durante ou depois.
Suspeitas sobre o relacionamento entre Kirchner e Hugo Chávez chegaram aos tribunais de Miami, que, em 2008, condenaram venezuelanos por terem atuado como agentes secretos nos EUA. O objetivo dos enviados de Chávez era encobrir a participação do governo da Venezuela no chamado escândalo da mala do empresário Guido Alejandro Antonini Wilson, residente em Miami, que, em 2007, desembarcou em Buenos Aires com US$ 790 mil. No julgamento, promotores americanos disseram que o dinheiro era uma contribuição de Chávez à campanha de Cristina à presidência da República.
Um dos últimos escândalos que, como todos os demais casos, não abalou a fortaleza da presidente, foi protagonizado pela fundação das Mães da Praça de Maio. O ex-administrador da fundação Sérgio Schoklender foi acusado de desviar cerca de US$ 191 milhões concedidos pelo Estado à fundação para a construção de casas populares.Além da presidente, outros funcionários também aumentaram de forma expressiva seu patrimônio.
A exemplo do Brasil a corrupção na Argentina se estende em toda sua história política, especialmente quando referring to the past six presidents that have occupied office since the economicse refere aos últimos presidentes. meltdown in 2001.Corruption has become a norm in Argentine culture.A corrupção tornou-se uma norma na cultura do país. It can be seen in Ela pode ser vista em every facet of everyday life, whether it be a corrupt judiciary, police force, and vote-cada registro da vida cotidiana, quer seja um Judiciário corrupto, força policial, compra de votos nas eleições e até em altos registros de “corrupção privada” onde mais de 50% da população portenha (pessoas que vivem em Buenos Aires ) tem televisão à cabo ilegal (o nosso famoso “gato”).
Conflituosa relação com a imprensa
Como o ex-presidente Lula e sua sucessora o governo argentino não suporta a liberdade de imprensa e o fato de denúncia de corrupção estar na pauta dos maiores veículos de comunicação. A imprensa acusa a gestão de Cristina Kirchner de tentar intimidar opositores e direcionar a publicidade oficial do governo para veículos de comunicação aliados, em detrimento dos demais. Cristina reage às críticas acusando a mídia de "golpista" e evita entrevistas coletivas a jornalistas. A presidente é acusada de utilizar o sindicalista Hugo Moyano e a Confederação Geral do Trabalho da Argentina (CGT), como "tropa de choque" visando intimidar a imprensa. O governo Cristina Kirchner minimiza as ações dos sindicatos contra a imprensa, afirmando tratar-se de um conflito trabalhista e não atentados contra a liberdade de imprensa. Tem ainda muito o que falar sobre a corrupção argentina, “irmã siamesa” da corrupção brasileira. Voltarei ao assunto. ( Com informações de El Clarin e La Nacion ).
Respirando cultura
Buenos Aires tem mais livrarias do que todo o Brasil. É a cidade mais literária da América Latina. Recentemente foi divulgado que as vendas de livros na Argentina cresceram 12,6%, enquanto estão despencando em todo o mundo. E falar em literatura portenha é falar no grande Jorge Luis Borges, que foi freqüentador assíduo do Café Tortoni, na avenida Del Mayo, onde até hoje alguns objetos pessoais do escritor estão expostos. Tomar um café no Tortoni e respirar o mesmo ar que um dia Borges respirou é uma experiência especial qualquer mortal. Este é um programa sagrado sempre que venho à terra portenha.
A presidente Cristina Elisabet Fernández de Kirchner que recebeu alta sábado passado após médicos descartarem a existência de um câncer na glândula tireóide, modificando o diagnóstico inicial que apontava um tumor maligno, passa bem e descansa na residência oficial em Olivos, aqui nos arredores da capital Argentina.
Durante sua internação partidários do governo fizeram uma vigília em frente ao hospital Austral, segurando pôsteres e cartazes que diziam “Força, Cristina”. Em frente a Casa Rosada, onde funciona o Palácio Presidencial, ainda se pode ver faixas em solidariedade à saúde de Cristina.
Sensível ao caos
A secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki, ficou espantada com a situação de miséria dos aparelhos de Medicina Legal e Criminalística em Alagoas em sua recente visita. Por uma grande coincidência sua chegada a Maceió aconteceu no momento em que se providenciava a exumação de um jovem assassinado e que foi enterrado com balas em seu corpo por falta de condições de trabalho no Instituo Médico Legal. Por um lado foi oportuno até porque a situação de miserabilidade tocou a secretária que prometeu ajudar.
Palavras sensatas
No imbróglio da “trama” para assassinar dois deputados as únicas palavras sensatas e com responsabilidade que consegui vislumbrar foi do Ministério Público Estadual. O diligente procurador geral de Justiça, Eduardo Tavares, foi categórico: “Estamos acompanhando toda a situação através dos meios de comunicação. Não vamos perder tempo neste caso”.
E foi além: “O MP recebe diversas denúncias anônimas quase todos os dias. Mas seria irresponsabilidade dar publicidade a todas.
A “opereta bufa” que mobilizou aparatos de Segurança Federal e Estadual, Assembléia Legislativa e até o Conselho de Segurança, serviu para mostrar a fragilidade dessas instituições e a procura incessante de “holofotes” por parte de alguns desses “bufões”. Coisas de Alagoas.
PÉ DE PÁGINA
"Os kirchneristas não pedem um percentual dos negócios feitos com a ajuda do Estado, eles entram nas empresas e terminam obrigando seus donos a vendê-las a empresários amigos. Caso contrário, passam a ser perseguidos por organismos como a AFIP (a Receita Federal argentina)". Opinião do jornalista argentino Luis Majul, autor do livro “Ele e Ela”. – O “modus operandi” é diferente dos corruptos brasileiros, mas o objetivo é o mesmo.

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