sábado, 17 de agosto de 2013


 

Para refletir: “A agenda positiva do Congresso não tem sido suficiente para atender às reivindicações do povo. É preciso a construção de uma proposta "diferente" de modo a incorporar as "idéias e sonhos" dos brasileiros. ( Senador Cristovam Buarque).

Os gritos das ruas já não os incomodam

O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) foi duro na Tribuna do Senado se referindo a matérias na imprensa, mostrando que senadores usam a verba indenizatória oficial para abastecer jatinhos e pagar hotéis de luxo. “Isto  mostra um descompasso da instituição com a sociedade”. Para Ranfolfe, as informações revelam que a aprovação de projetos em consonância com os pedidos das ruas, nos últimos dois meses, foi pontual: - Parece que as ruas estão falando um monte de coisas, mas que o Senado não está ouvindo. É um perigo para a democracia quando as instituições se autodesmoralizam.

Pretensamente se tenta fazer uma reforma, mas o que tem que mudar são os comportamentos e a estrutura do funcionamento do Senado. Não adianta tentar responsabilizar os salários dos servidores, como se fosse a grande mazela, se não se corta no principal, que são os privilégios dos parlamentares. O maior problema é comportamental.

O senador disse ainda que o chamado grupo independente do Senado - formado por ele e pelos senadores Pedro Taques, Jarbas Vasconcelos e Ana Amélia Lemos – vai se reunir  para debater esta pauta negativa do Senado e a falta de sintonia com “o grito das ruas”. Denunciou  também  a ameaça que ele teria sofrido de um parlamentar líder de partido quando defendia a aprovação imediata do projeto que prevê a exigência de ficha limpa para a contratação de assessores para o Congresso. – O projeto foi aprovado nesta terça feira pelo Senado. Não me curvarei, não vou ser intimidado, não vou ser coagido e ameaçado. Os únicos inimigos que cultivei na minha vida são ligados ao crime organizado. Não concordo com a utilização de senador como instrumento de revanche, com ameaça e constrangimento para vendeta privada.

O senador que recebeu solidariedade de vários colegas traduziu em seu discurso a inquietação de alguns congressistas com om jogo de cena praticado no Senado Federal onde os comportamentos nos bastidores não correspondem ao que é dito no plenário e muito menos do que a sociedade cobrou e espera soluções.

Na verdade “o grito das ruas” que parece acomodou-se e precisa reaparecer, causou um temor temporário a deputados e senadores que não são lá de boa convivência com o moral e o legal, mas por falta da continuidade dessa reação  da sociedade nada acontece de novo nas entranhas putrefatas do Congresso Nacional. Continuam podres como antes e afrontando a sociedade.

A Assembleia pode mudar?

Esta semana um fato me chamou a atenção em especial. A “nota técnica” emitida da lavra do procurador geral da Assembleia Legislativa, Fábio Ferrário, com aprovação da Mesa Diretora. No meio de um turbilhão de denúncias atingindo de frente os integrantes da Casa aparece algo coerente e se colocado em prática muda radicalmente a cara e corpo do carcomido daquele  poder. É bom aguardar para ver a reação dos demais deputados pois nem todos gostariam de ver nada mudando por ali porque vai atingir-lhes diretamente os bolsos e as costumeiras práticas nocivas de acharem que tudo podem. A nota estabelece mecanismos de controle interno, moralização e vai além: recomenda uma postura renovada da Assembleia no trato com a coisa pública. a valorização do servidor que de fato trabalha e o investimento na capacitação e aperfeiçoamento desses funcionários. A Assembleia tem uma biblioteca “invisível” para a qual são locados recursos todos os anos e não se acha um livro para ler ou pesquisar e também uma “Escola Legislativa” que tem até “diretor”  e nunca ensinou nem um “bê-á-bá”, sequer para seus servidores ou parlamentares, que teriam muito que aprender. Se as mudanças acontecerem vão causar surpresa, com certeza.

Milho no galinheiro

A Comissão Mista de Orçamento do Senado aprovou esta semana matéria que abre crédito extraordinário de R$ 1,5 bilhão para auxílio financeiro aos municípios.

Os recursos deverão chegar a todos os municípios com distribuição proporcional, de acordo com as regras do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).Na opinião do deputado Claudio Cajado (DEM-BA), a inclusão de verbas para os municípios é uma “excepcionalidade”, que não deve voltar a ocorrer.

- Fizemos para atender aos prefeitos do Brasil afora, que fizeram pedidos com pires na mão na marcha. O governo precisa ter capacidade de gestão para agir - declarou.

Resta agora saber o que tantos prefeitos irresponsáveis e desonestos farão com o dinheiro que chegará as prefeituras? Como é boa uma farra com o dinheiro da gente.

Uma Câmara  de “negócios”

Não é nada bom o ambiente no plenário da Câmara de Vereadores de Maceió. Aliás, nunca foi, pois as tratativas ali e em seus gabinetes não são as mais recomendáveis para “menores de idade”. A hipocrisia leva alguns edis declarar cinicamente que “ aqui  é uma casa de plurais”. Eles brigam entre si apenas em busca de espaços políticos e mais dinheiro para suas “necessidades” sem ligar a mínima para os interesses da comunidade. Praticam politicagem de quinta categoria e mostram-se constrangidos, pois toparam com um prefeito que não se dobra à costumeira chantagem e barganha de intenções canalhas. Sobre a luta intestina na qual cabem traições, ameaças e acordos espúrios na Câmara de Maceió fala o vereador pastor João Luiz “não é a primeira vez que há uma luta em surdina para se barrar um projeto de lei. Longe dos holofotes, da honesta discussão em plenário, mas simplesmente medindo forças nos bastidores”. Dessa podridão os que sobram não dão os dedos de uma mão.

A burrice do PT

No quesito desonestidade está provado que os petistas são competentes, como o são também na arte de “negociar” cargos e espaços no poder que  lutam pra não largar tão cedo. Mas como são incompetentes no trato com a política e as composições eleitorais partido sai sempre a reboque de outras siglas e quando inventa diferente é um desastre. Refém de caciques  de outros partidos aliados os petistas alagoanos têm sempre se dobrado aos encantos da expectativa de poder ou por alguns trocados. Um dos poucos valores éticos que possui, aliás, o seu melhor valor, é descartado pela maioria burra talvez por não aceitar sua excessiva postura  moral. O nome do deputado Judson Cabral, a representatividade mais valiosa do petismo alagoano, sempre é desdenhado por aqueles que preferem a via da marginalidade e da improbidade, coisas que ele abomina.

Criatura e criador em choque


O ex-prefeito Cicero Almeida, alvo de uma enxurrada de denúncias de improbidades em suas duas desastrosas gestões não teve dúvidas em culpar secretários e auxiliares pelos erros e desvios de conduta administrativa apontados pelo Ministério Público,  na busca ensandecida de fugir de algumas condenações que se encaminham em sua direção. Está agora a receber o troco  que justamente parte de uma de suas “criações” o  engenheiro Mosart Amaral, que era inclusive o seu preferido candidato a prefeito em sua sucessão. Sobre novas acusações de supostas irregularidades ele diz:” Quem tem que falar é o  ex-prefeito .  Eu não tenho que dizer nada”. Já se comenta que outros ex-auxiliares de Almeida estariam em grau de insatisfação no limite o que poderá trazer mais transtornos e novas revelações.

Dispolitizando a corrupção

Em sua estreia no julgamento do mensalão, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso afirmou que a corrupção não pode ser politizada, descolando, desta forma, o esquema ocorrido em 2005 do PT. "Não existe corrupção do PT, do PSDB ou do PMDB. Existe corrupção. Não há corrupção melhor ou pior, dos ‘nossos’ ou dos ‘deles’. Não há corrupção do bem. A corrupção é um mal em si e não deve ser politizada", disse o ministro Barroso em seu voto, tornando-se o destaque da sessão que retomou o julgamento ao analisar recursos dos condenados.Ao embasar seu voto, Barroso comparou o mensalão - inclusive os valores envolvidos - a outros escândalos de desvios de recursos públicos. E afirmou que a lista de casos recentes de envolvimento de políticos em esquemas de corrupção é uma consequência do modelo político eleitoral brasileiro. O ministro será o relator do chamado "mensalão mineiro", que atinge políticos do PSDB, no STF

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