domingo, 6 de outubro de 2013


 Para refletir: "A cara do futuro de um país é a cara de sua escola pública." (Senador Cristovam Buarque). Então estamos ferrados!

Assembleia Legislativa
Um caso em que pode acontecer  tudo, inclusive nada.

“Se avexe não

Toda caminhada começa

No primeiro passo

A natureza não tem pressa

Segue seu compasso

Inexoravelmente chega lá.

Amanhã pode acontecer tudo, inclusive nada”

 

Os versos são da música “A natureza das Coisas” de autoria de Flávio José, mas nos transportam para o dantesco episódio que envolve a Assembleia Legislativa e que mais uma vez, por conta de nossos políticos, mostra a sujeira de Alagoas em escândalo nacional ocupando manchetes de jornais e os principais noticiários do país.

Esta semana um colega me telefonava de São Paulo em busca de informações para uma matéria sobre nossa corrupção e me fez a pergunta: “Por que em Alagoas a coisa é sempre assim”?  E lhe dei a resposta: Aqui é assim porque nossos políticos são assim.

Alguns mais exaltados chegam a dizer que “é castigo de Deus”. Mas o que fizemos de tão tenebroso para merecer tamanha punição? Deus não tem nada a ver com isso, pois os culpados somos nós os alagoanos que seguidamente fazemos escolhas equivocadas. Elegemos e reelegemos uma corja de facínoras da coisa pública em todos os níveis da política e da administração. Vendemos nossos votos por 50,00, por um punhado de tijolos ou por um carguinho merda e ainda pra dividir o salário com o político que nomeou.

Alguém haverá de dizer: “faltam-nos opções”. Não concordo com a opinião e cito para desfaze-la dois casos emblemáticos recentes de nossa política: Em 2006 o hoje vice-governador José Thomaz Nonô era disparado o melhor e mais preparado candidato ao Senado entre os três principais concorrentes. Comprovadamente um homem público integro, respeitado nacionalmente com destino e vocação política e os alagoanos lhe deram apenas a terceira colocação com 120.656 votos. Agora em 2010 a brava e destemida vereadora Heloisa Helena ofereceu a opção de seu nome aos alagoanos para o Senado. Sem a menor sombra de dúvidas se distanciava dos dois principais concorrentes e muito nos quesitos moralidade, interesse público e representatividade positiva. Seu nome é bandeira nacional  de luta pelos mais necessitados e por uma política limpa e cidadã. Apenas 16,60 por cento (417.636 votos) dos alagoanos optaram por sua candidatura. Perdeu para o poder, o dinheiro e  a burrice do eleitor.

E é assim que temos votado em todas as eleições e vamos continuar votando, pois faz parte da nossa cultura arcaica, dependente e comprometida com tudo o que está ai e também com o que está por vir.

Quanto ao caso do desvio de milhões da Assembleia aguardemos, pois como sempre aqui em Alagoas, a exemplo da “Operação Taturana” e tantos outros casos semelhantes pode acontecer tudo. Inclusive nada.

O desencanto com o futuro

Toda a imprensa publicou a indignação do procurador chefe do Ministério Público, Sérgio Jucá, com o tamanho das irregularidades encontradas nas investigações em curso sobre o caso da Assembleia Legislativa. Não apenas Jucá, mas todos os procuradores e promotores que tiveram acesso aos documentos formam a convicção que não é surpresa para ninguém: houve sim ,sim probidade administrativa e flagrante atentado aos princípios da moralidade e da legalidade por parte da Mesa Diretora da Assembleia.

Conversando com um desses integrantes do MP e diante da cobrança para que seja efetuado o pedido imediato de afastamento dos integrantes da Mesa da Assembleia ele me dizia: “Já há elementos suficientes e convencedores desta medida, mas não podemos corre riscos. O pedido terá que ser efetuado de uma maneira que jamais possa ser negado ou mesmo postergado”.

A sociedade confia na ação do Ministério Público, mas não tem a mesma crença no Poder Judiciário que dará a última palavra. Ou não!

Ganha em Arapiraca

O governador Teotônio Vilela continua com seu prestigio inabalado na cidade de Arapiraca e região. Pode e tem fortes lideranças políticas do lado aposto, mas é visível o reconhecimento do povo aos inúmeros investimentos feitos em seu governo e o retorno em votos é uma consequência natural.

Um sábio no xadrez político sabe o caminho das pedras e vai “adubar” ainda mais essa relação daqui pra frente.

No próximo ano quem apostar em sua grande vitória nas urnas de Arapiraca vai acertar em cheio. Já por conta importantes lideranças aguardam só o momento para formar no bloco do futuro senador..

OAB na contramão

Um bando de marginais se veste de preto, se esconde atrás de máscaras, sai pela cidade quebrando tudo, causando prejuízos públicos e privados, desacata, provoca, agride e enfrenta a polícia, inferniza e aterroriza a população, que só quer trabalhar e voltar em paz para suas casas. A PM, como em qualquer cidade do mundo, reage com a energia necessária, respondendo à violência desses marginais, e a OAB (RJ), através do presidente Wadih Damous, faz uma moção contra a PM? Realmente, estou ficando muito velho, pois nunca vi tamanha inversão de valores. Senhores da OAB, quem vai defender os direitos humanos dos homens de bem? Quem vai defender o povo  desse vandalismo?

Menos “Mais Médicos”

Entidades médicas de todo o país iniciam ontem ( quinta feira) nova ofensiva para barrar o trabalho de médicos formados no exterior no programa Mais Médicos. Presidentes dos conselhos regionais de Medicina (CRMs) e do Conselho Federal de Medicina (CFM) estão em Brasília, para preparar o contra-ataque, depois que o governo conseguiu aprovar em comissão do Congresso proposta que transfere ao Ministério da Saúde a incumbência de conceder os registros de trabalho a médicos formados no exterior que atuam no programa Mais Médicos. Ainda há 372 médicos, entre estrangeiros e brasileiros formados no exterior, que já passaram por treinamento, mas estão impedidos de trabalhar por falta de registro provisório. Oito conselhos regionais não emitiram sequer um registro de trabalho. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, defendeu a medida, que ainda precisa de aprovação nos plenários da Câmara e do Senado.

O troco a Lula

Um dia depois de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defender mandato para ministro do Supremo Tribunal Federal, o presidente da Corte, Joaquim Barbosa, disse que até já concordou com essa tese, mas que a regra atual - aposentadoria aos 70 anos - não deve ser alterada de maneira "ligeira e irrefletida". Barbosa ressaltou ainda que o importante hoje é reduzir a interferência política no Judiciário. - Nós precisamos, sim, reduzir, na medida do possível, as interferências políticas. Não só no Supremo Tribunal Federal, como em todas as outras cortes. Quanto menor a possibilidade de interferência na composição dos tribunais pela via política, melhor. Quanto mais previsibilidade na carreira dos magistrados, melhor.

Negociação muito suspeita

Quem leu o comentário no blog do competente jornalista Odilon Rios (Site Cada Minuto) sobre a questão da discussão do aumento do duodécimo da Câmara de Vereadores de Maceió entendeu claramente que a coisa vai de “negociação” a “negociata”. E o pior: envolvendo o Tribunal de Contas, órgão que teria o dever institucional de zelar pelo dinheiro público.

É um absurdo dar mais dinheiro para que seja incrementada a farra legislativa que pouco produz e realiza do interesse público.

É criminoso atender a uma reclamação imoral e ilegal com o propósito apenas de engordar as verbas destinadas a projetos políticos de cada um dos que compõem a Câmara, com raríssimas exceções.

A Câmara através de sua Mesa Diretora precisa sim, mostrar com clareza a população como e onde está gastando a farta verba que todos os meses  aporta em seus cofres. Na verdade é como eu digo sempre: ali nada mudou e se mudou foi pra pior.

Mesa farta de Renan


A “mesa farta” da residência do senador Renan Calheiros, paga com o dinheiro do brasileiro, foi exposta esta semana na imprensa.  O cardápio é de rei e os preços de barão. Mas por enquanto a compra foi suspensa.
Diz a nota: “Procurado, Renan Calheiros orientou a reportagem a entrar em contato com sua assessoria. Um assessor do senador afirmou que o pregão foi suspenso porque que havia “muito erro na quantidade” dos produtos, “itens em excesso” e “preços superfaturados”.
Este mesmo assessor disse que a presidência da Casa  “não tem ideia” de quem redigiu o pregão e confirmou que toda a lista iria abastecer a casa do presidente do Senado”.
Eu não acredito em “Papai Noel”. E você?

Nenhum comentário:

Em defesa do Sistema S O Brasil inteiro, (principalmente aqueles setores que produzem, formam e criam milhões de oportunidades de ...