Para refletir: "A
política é a arte de procurar problemas, encontrá-los em todos os lados,
diagnosticá-los incorretamente e aplicar as piores soluções."
(Groucho Marx)
Gestão Pública competente
Alagoas da exemplo ao Brasil
Quando se trata do tema gestão pública competente e empreendedora
o estado de Alagoas tem se destacado diante das demais unidades da federação.
Este fato foi comprovado durante recente encontro nacional de secretários de
Administração que teve como foco principal “a modernização da gestão pública
brasileira”. Sob o comando do secretário Alexandre Lages o setor teve nos
últimos uma evolução de qualidade com resultados altamente positivos o que deve
ser motivo de orgulho para os alagoanos.
Os participantes da reunião nacional não apenas aplaudiram, mas
também solicitaram para implantar em suas administrações alguns modelos de
eficientes práticas adotadas em Alagoas, a exemplo do “Sistema de Gestão
Digital da Vida Funcional” como exemplo de boas práticas do governo. O Sistema
tem como principal objetivo, aperfeiçoar o fluxo processual de solicitação das
aposentadorias dos servidores públicos, a fim de que os processos em questão
atinjam um padrão de celeridade e de excelência.
Para chegar a este padrão de celeridade, vários desafios foram superados
e reunidos numa palestra ministrada por intermédio da Mestre em Modelagem
Computacional do Conhecimento, Fabiana Toledo, que participou do processo de
criação do sistema desde a ideia até a implantação.
O secretário de Estado da Gestão Pública, Alexandre Lages,
destacou que um dos principais impasses para a solicitação da aposentadoria do
servidor era a coleta de dados, que nem sempre estavam disponíveis em um mesmo
local. “Com a centralização dos dados na esfera virtual, o tempo para o
procedimento de solicitação da aposentadoria está sendo reduzido. A Gestão
Pública está se modernizando para dá suporte a administração e integrar
soluções na esfera governamental”, disse o secretário.
A gestão do secretário Alexandra Lages ficará marcada como uma das
mais profícuas da administração pública de Alagoas destacando vários aspectos
positivos a exemplo da valorização da capacitação do servidor público da
capital e do interior. O secretário vai encerrar sua gestão tendo realizado o
maior programa de capacitação de servidores da história de Alagoas, atingindo
milhares de funcionários públicos . Ponto para Alagoas do bem.
Nenhuma
outra atividade, como a política, no sentido da luta pelo poder, implica tanta
disposição a trair aqueles que antes eram tidos como companheiros e amigos.
Maquiavel colocou a traição dentro da "virtú" política, que pouco tem
a ver com a moral e com o ódio. A traição pode plasmar a dialética hegeliana
(só que sem a ideia de progresso) na qual se nega o anterior: não se trai para
ser igual ao traído. Isso explica que alguém que estava aliado e sendo
beneficiado por seu aliado de ontem acabe sendo muito diferente ao chegar à
cúspide. Para ser traidor deve se ter resistência. As traições ocorrem dentro de
uma mesma família (política).
Não
se trata de se passar ao inimigo, mas de trair o amigo, o companheiro, e o
sistema que lhe deu guarida durante anos, sustentando sua fome de poder e sua
ganancia por cargos.
Quem é capaz de trair
É capaz de roubar
Há muito
ouço a frase “quem mente rouba” e se assim levarmos ao pé da letra a maioria
dos políticos está inserida neste contexto. Mas também acho que a traição não
fica nada a dever ao “mentir” ou “roubar”. Fico pasmo e o eleitor comum deve
ficar sem entender o jogo sujo e deprimente armado na política, principalmente
nesta fase de composições e alianças de partidos para disputar a eleição.
Chega a
ser asqueroso o comportamento de certos políticos cujo objetivo está apenas em
“sobreviver” a qualquer custo, mesmo que tenha que vender a alma ao diabo e a
própria mãe para alcançar seus objetivos..
São esses
oportunistas que mandam o interesse público às favas e usam os votos dos
incautos ou dos “burros” apenas como instrumentos para alcançar seus
inconfessáveis objetivos.
Há quem confunda traição
com “habilidade”
Assistindo
a um determinado clássico do cinema “A Rainha Margot”, há uma cena na qual
Catarina de Médici diz ao futuro rei da França, Henrique de Navarra: “Que é
traição? A habilidade de se adaptar aos acontecimentos” O ardil tinha por
intenção transformar o erro em virtude para justificar a falta de princípios no
ambiente sórdido da corte francesa no ano de 1572, quando as disputas sem
limites pelo poder e a desmesurada ambição da nobreza fizeram dessa trama,
baseada em fatos reais, símbolo perfeito do vale tudo para se dar bem.
Assim
também é na realidade política brasileira. Muitos dos traidores ainda se
arvoram de “astutos” e donos da “habilidade” de saber montar com competência o
xadrez eleitoral , mas com um único objetivo: se dar bem.
Por que Eduardo Campos
e o PSB traíram Lula e Dilma?
O
ex-governador de Pernambuco e pré-candidato a presidente da República, Eduardo
Campos durante seu governo foi um dos aliados mais prestigiados pela dupla
Lula/Dilma. Ninguém pode deixar de reconhecer que sua administração deve muito
ao apoio e as verbas generosas do governo petista que ele e o seu PSB
resolveram trair. Chegou ao absurdo de no final de seu mandato inaugurar obras
totalmente bancadas pela União, sem ao menos convidar alguém do governo para o
ato. Fez pior: ao entregar um conjunto de casas do Programa Minha Casa Minha
Vida fez críticas ao governo federal que construiu a obra. Chamo a isto falta
de caráter no duro. Campos e o seu partido oportunista sugaram nas tetas do
Planalto durante longo e farto tempo, até que a “mosca azul” pousou em sua
careca trazendo o devaneio de ganhar
mais poderes caso pudesse ganhar a eleição. Se perder não tem problema, pois há
a possibilidade de se juntar intencionalmente ao provável vencedor de um
segundo turno e continuar “mamando” até a próxima traição.
Nós
também temos os
nossos
traidores
Na
política local a coisa não poderia ser diferente, muito pelo contrário, pelo
perfil de nossos políticos tende a ser até pior no quesito traição. Não dá para
citar todos, pois a lista é grande, mas vamos ficar com mais “notáveis”.
Benedito de Lira, Alexandre Toledo, Givaldo Carimbão e Regis Cavalcante, cada
um em sua devida proporção se aproveitou o quanto pode do governo de Teotônio
Vilela. Foram úteis ao projeto do governador? Só quem pode responder é ele
mesmo e ao seu estilo ele não o fará. Uma coisa porém é certa: todos se
aproveitaram das benesses e dos encantos que a embriaguez do poder lhes
proporcionou. Fim de governo? É cada um cuidar de sua sobrevivência e garantir
a permanência no poder por mais alguns anos, não importando ai esse negócio de
ética, compromisso e até gratidão. Seguem, com precisão e astúcia, as palavras
de Catarina de Médici “Traição é a
habilidade de se adaptar aos acontecimentos”.
É assim o
político brasileiro e os nossos não poderiam fugir à regra. Trabalham com
eficiência para cuidar dos próprios interesses e não estão dando a mínima para
o interesse público e para um monte de idiotas que lhes dão votos e os mantêm
no poder. É uma pena que seja assim.
Publicado também no Jornal Extra, Jornal Tribuna do Sertão, Jornal Tribuna Alagoana, Site Tribuna do Agreste, Site Tribuna do Sertão, e resumopolitico.blogspot.com.br


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