Para
refletir: “Ou restaure-se a moralidade ou locupletemo-nos todos”. (Stanislaw Ponte Preta)
Brasil:
aqui o crime compensa

Hoje
creio que não há um só brasileiro ou brasileira que não tenha a convicção de
que pelo menos a maior parte dos governantes, nos três poderes, é constituída
de privilegiados e descarados larápios, no sentido mais lato que o termo possa
ter. Já nos acostumamos, faz parte do nosso dia a dia, ninguém se espanta mais
com nada, qualquer mirabolância delinquente pode ser verdade. E também já nos
acostumamos a que não aconteça nada aos gatunos. Não só permanecem soltos, como
devem continuar ricos com o dinheiro furtado, porque não há muita notícia de
devoluções .Ou seja,, a verdade é que no Brasil o crime compensa. Presumo que
até os assaltantes pés de chinelo tenham pelo menos a vaga percepção de que
todos os poderosos roubam e, portanto, fica mais uma vez comprovado que quem
não rouba é otário.
Estamos a
assistir no país um “circo de horrores” com o descrédito da população nas
instituições que deveriam defendê-la. Frustra-se o Brasil que vibrou com a
condenação de criminosos que participaram do “Mensalão” roubando milhões e hoje quase todos
desfrutando de confortáveis “prisões domiciliares” , rindo da cara do brasileiro, e fazendo as contas da
dinheirama guardada em paraísos fiscais ou empregada em nome de “laranjas”.
Enquanto
o povo é enganado com humilhantes migalhas, a exemplo do famigerado “Bolsa
Família” que irresponsável e criminosamente deu a reeleição à presidente, políticos graduados, ministros,
magistrados e outras tantas categorias de privilegiados vão continuar roubando,
na certeza do manto da impunidade que os absolve de todos os males.
Como
podemos crer no futuro de um país no qual o próprio presidente da Corte Suprema
de justiça afirma que “o Poder Judiciário
é um dos principais responsáveis pela corrupção”.
Por tudo
isto é lamentável se constatar, mas no Brasil o crime compensa.
A confissão das empresas
Pressionadas
pelo volume de provas e pelo alto risco de condenação, pelo menos duas grandes
empreiteiras que têm contratos com o governo estão negociando com o Ministério
Público Federal um acordo de leniência para confessar participação em desvios
de dinheiro da Petrobras e, a partir daí, obter redução de penas em processos
criminais numa espécie de delação premiada. A informação foi revelada pelo
jornal O Globo. Se concretizado, o acordo pode ajudar o MPF e a Polícia Federal
a desvendarem toda a estrutura da corrupção em torno de contratos e obras da
Petrobras que já vem sendo denunciada por Paulo Roberto Costa, ex-diretor da
estatal, e por ex-auxiliares do doleiro Alberto Youssef.
Um país sem grandes obras
A iniciativa de propor o acordo de leniência partiu
das próprias empreiteiras. Representantes de pelo menos duas delas fizeram
contatos com integrantes da força-tarefa encarregada das investigações da
Operação Lava Jato, oferecendo-se para uma possível delação. Os procuradores
gostaram da ideia, mas advertiram que as empresas precisarão de fato colaborar
com as investigações se quiserem se livrar de parte de futuras punições.
As duas empreiteiras interessadas no acordo de
leniência estariam entre as sete maiores do país. Representantes dessas construtoras
procuraram o Ministério Público porque sabem que têm poucas chances de escapar
de pesadas condenações.
Um detalhe: caso todas as empresas envolvidas sejam
condenadas, ficarão por vários anos impedidas de contratar com o poder público
em qualquer esfera (federal, estadual e municipal) o que significa que o Brasil
ficará impossibilitado de construir grandes obras. E ai vai parar o país?
Quando mentimos nos igualamos
As redes
sociais ultimamente, desde o período eleitoral, têm se prestado mais a
instrumento de fofocas e boatos do que a qualquer outra utilidade de caráter
positivo e que venha a colaborar com o enriquecimento de informações de troca de ideias. É deplorável a quantidade
de mentiras fabricadas por todos os lados com postagens falsas, montagens
fotográficas e noticias sem o menor fundamento que se transformam em verdades
para milhões de usuários desses instrumentos virtuais.
Esta semana
me deparei com uma noticia inconcebível para quem tem o mínimo de senso
crítico, mas aceitável para um bando de idiotas analfabetos políticos que não
só creem como difundem e “compartilham” tamanha aberração. Dizia a noticia que “Fidel Castro estaria recebendo uma pensão
de 50 mil reais da Previdência Social brasileira’”.
Após
desmentir e provar a farsa ainda encontrei algumas pessoas que disseram “guerra é guerra, se eles mentem a gente
também pode mentir”. Para mim isto é muito pior. A democracia e a
responsabilidade social exigem muito mais e principalmente a verdade. Se
começarmos também a mentir como os petistas certamente nos igualaremos a eles e isto é abominável.
Equipe
quase pronta

A caminho da cassação
A CCJ (Comissão de Constituição e
Justiça) da Câmara negou esta semana o
recurso do deputado André Vargas (sem partido-PR) para evitar a cassação de seu
mandato por quebra de decoro parlamentar. A cassação agora será enviada para
votação dos parlamentares em plenário, mas isso ainda não tem data para
ocorrer.
O Conselho de Ética da Câmara
recomendou em agosto a cassação do mandato de Vargas por quebra de decoro
parlamentar por unanimidade entre os membros. O ex-petista é suspeito de
envolvimento como doleiro Alberto Youssef. O doleiro está preso desde março com
a deflagração da operação Lava Jato da Polícia Federal que investigou um
esquema milionário de lavagem de dinheiro.
Respondendo com a Lei
O
presidente do Senado, Renan Calheiros, divulgou carta que enviou ao
jornal O Estado de S. Paulo em que reitera a legalidade de
fatos relatados em matéria publicada sob o título "Empresa suspeita doou
para PMDB de Renan". Renan esclarece na carta que a empresa mencionada
venceu processo licitatório legalmente constituído e uma auditoria do TCU não
detectou nenhuma irregularidade e ainda que a empresa também fez várias doações
eleitorais. Tudo como manda a Lei. Respondeu o que tinha que responder e muitos
podem nem gostar, mas é assim que diz a Lei.
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