Para refletir: “Os vices são como
ciprestes só crescem à beira do túmulo”- Sebastião Nery
Contra os
trabalhadores

Ao todo, 230 deputados votaram favoráveis à emenda
e 203 contra. A proposta foi apresentada pelo relator do projeto, o deputado
federal Arthur Maia (SD-BA). O PT apresentou uma proposta que impedia
terceirização nas atividades-fim, mas ela não foi sequer apreciada.
Além da terceirização em atividade-fim, a Câmara
também aprovou a emenda que reduz de 24 para 12 meses, a quarentena que o
ex-funcionário de uma empresa deve cumprir para que possa prestar serviços por
meio de uma terceirizada.
Apesar dos deputados terem piorado o Projeto de Lei
4330, com muito mais prejuízos para a classe trabalhadora, o presidente da CUT
continua confiante na capacidade de mobilização e luta dos/as trabalhadores/as,
até mesmo porque a aprovação na Câmara não encerra a tramitação do projeto.
“A luta não acaba com a votação na Câmara, o
projeto ainda passará no Senado. Nós estaremos na rua e teremos um 1º de maio
de muita luta e mobilização em todo o País. Vamos ampliar as mobilizações,
fazer novos dias de paralisações e, se necessário, uma greve geral para barrar
esse ataque nefasto e criminoso aos direitos da classe trabalhadora
brasileira”, declarou.
Coisas da província
Esta semana lia o blog de um colega que criticava o
uso do helicóptero do estado ou de aeronaves fretadas para os deslocamentos do
governador Renan Filho. Fiquei a analisar e a me perguntar quando nós da
imprensa vamos sair desse provincialismo caboclo e deixar de se prender a
coisas miúdas e sem o menor sentido, quando temos uma pauta altamente positiva
para explorar? Parece-me até que há a imposição do “dever da crítica”. “Se hay
gobierno soy contra”, coisas de um ultrapassado e arcaico Che Guevara.
As mesmas críticas eram feitas ao governador
Teotônio Vilela, que nunca se deu ao trabalho de responder. É preciso que os
arautos da moralidade “tupiniquim” entendam que a agenda de um governador não é
a de um jornalista. Os deslocamentos, muitos são inesperados ou urgentes, e
também deve se levar em conta a privacidade que faz parte da liturgia do cargo.
Logo vão querer que o governador faça
seus deslocamentos de ônibus. Coisas de Alagoas.
Renan bate forte

Segundo Renan, que não anda nada amigável com o
palácio do Planalto, “Aconteceu o que de
pior poderia acontecer. A presidenta sanciona o fundo partidário com aumento
muito grande e desde logo anuncia que vai contingenciar. Ela, sem dúvida
nenhuma, escolheu a pior solução, ela deveria ter vetado como muitos pediram,
porque aquilo foi uma coisa que foi aprovada no meio do orçamento sem que
houvesse debate suficiente, de modo que aconteceu o pior”.
Governo imprensado
O Senado decidiu adiar a votação do projeto
que obriga a União a colocar em prática o novo indexador das dívidas dos
estados e municípios. Não há acordo sobre a mudança sugerida pelo governo, de
adiar a aplicação até janeiro de 2016 e depois devolver aos estados e
municípios o que tiver sido pago a mais. Outras mudanças também serão
analisadas na próxima semana.
Mesmo
que o governo use todo o tempo para promover a negociação, ao final deste
prazo, 31 de janeiro de 2016, terá que fazer encontro de contas. Aquilo que foi
a maior, terá que ressarcir aos estados e aos municípios — explicou o senador
Walter Pinheiro (PT-BA), relator da matéria na Comissão de Constituição,
Justiça e Cidadania (CCJ).
A
troca do indexador é reivindicação antiga de estados e municípios, cuja dívida
chega a crescer até 20% ao ano. O texto que altera a indexação virou lei em
2014, mas o governo adiou a regulamentação em nome do ajuste fiscal.
Contra a corrupção

Os
Delegados Federais elaboraram uma série de medidas para valorizar e fortalecer
a Polícia Federal. Para a ADPF, o combate à corrupção só será possível com o
fortalecimento das estruturas destinadas a apurar o desvio de recursos
públicos.
O governo petista é contra
qualquer ampliação de autonomia e independência para a Polícia Federal. As
razões não precisam ser explicadas.
As escolhas de Rui

Rui começou a errar na escolha do seu vice, um nome
despreparado, sem votos, sem destino nem vocação política. Ainda bem que por
não confiar quase não lhe dá chances de assumir. Escolheu mal o seu entorno
político e jurídico o que poderá lhe trazer muitos problemas futuros. Não vejo
tempo para mudanças, não vejo tempo para reparos, não vejo também chance de
reeleição. É uma pena, mas apenas honestidade e boas intenções não elegem
ninguém.
Uma vergonha
É uma vergonha para Alagoas constar mais uma vez da
“lista negra” dos maus pagadores perante a União. E o pior: por “apropriação
indébita”. Os vilões: Assembleia Legislativa e Tribunal de Contas (os de
sempre) que apesar de recolherem de seus servidores não repassam verbas
previdenciárias e débitos com a Receita Federal. O secretário estadual da
Fazenda mostra-se indignado, talvez por não conhecer direito as manias e os
vícios das duas instituições. Tanto na Assembleia como no Tribunal de Contas ao
que parece é sempre assim: mudam as
caras, mas a alma é sempre a mesma. Onde está o Ministério Público de Contas?
A “faixa azul” acabou
Não precisou nenhuma determinação judicial, nem
tampouco vontade política da prefeitura para que acontecesse o fim da faixa
exclusiva de ônibus na Avenida Fernandes Lima, fato comemorado por muitos e
também lamentado por outros. A péssima qualidade dos serviços públicos
realizados, a falta de fiscalização e acompanhamento dos problemas que só a
prefeitura não vê, fizeram com que em pouco tempo a faixa pintada na cor azul
delimitando o corredor de ônibus fosse quase que completamente apagada.
Resultado: se ninguém vê ninguém obedece à sinalização que deve ter custado uma
fortuna dos bolsos do contribuinte.
O negócio é “mamar”
O cidadão não era ninguém até assumir um importante
cargo no governo passado. Com uma gestão carregada de críticas e suspeitas
“largou o osso” no último momento e ainda tentou emplacar uma candidatura
ridícula, sem consistência ou votos. Encantou-se com o poder, para o qual nunca
esteve preparado, e agora bateu saudade. Por um cargo qualquer se oferece para
mudar de partido e muda até a “cor dos olhos” se for preciso, contanto que lhe
seja dado algo em troca. Como dizia Noaldo Dantas (o pai): “É uma questão de
caráter”.
Mesa de bar
Jornalista gosta de conversar em dois lugares: na
redação e em mesa de bar (preferencialmente). Reuni-me com quatro colegas esta
semana no “Bar do Lula” para um papo e entrou o diabo da política no meio.
Fizemos uma enquete para 2016 e vejam o resultado: todos votaram em Rui
Palmeira na última eleição. Na próxima dois votariam em Ronaldo Lessa, dois em
Cicero Almeida e o meu voto ainda falta um tempo para decidir, mas muito
dificilmente repetirei o meu candidato. A mesa vizinha também quis se
pronunciar e o resultado foi muito parecido. A pauta: o preço das promessas não
cumpridas.
Coluna também publicada no Jornal Extra, Jornal Tribuna do Sertão, Jornal Tribuna Alagoana. Sites: Tribuna do Sertão, Tribuna do Agreste, Primeiro Momento.
Contato: pedrojornalista@uol.com.br
facebook.com/pedro.oliveira
Twitter PedroOliveiraAL
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