Para
refletir: A corrupção não é uma invenção brasileira, mas a impunidade é
uma coisa muito nossa. (Jô Soares)
Pena
que seja assim
Diante de minhas críticas nas últimas edições sobre os
descaminhos da administração do prefeito Rui Palmeira tenho sido abordado com
muita frequência por leitores que também se dizem indignados e decepcionados
com a esperança de mudanças sepultadas nestes dois anos e meses de gestão.
Alguns não votaram, mas pela trajetória política do candidato acreditaram em
mudanças efetivas e prometidas durante campanha. Os que votaram demonstram uma
decepção ainda maior e se sentem traídos em suas crenças de estarem escolhendo
o melhor. Não é exagero de jornalista: não ouvi uma voz sequer que discordasse
de minhas críticas.
Esta semana encontrei casualmente um grande amigo do
prefeito e pessoa de influência na sociedade que me abordou sobre o assunto: “Sou leitor de sua coluna há mais de dez
anos. Todas as sextas feiras compro o Jornal Extra logo cedo e vou direto à sua
página. Confesso que ultimamente faço isto constrangido por suas críticas a
administração de Rui Palmeira. Você pega pesado amigo. Mas o meu
constrangimento maior é porque você pontualmente tem toda razão. Não ví você
fugir uma vez sequer da verdade. Você está dizendo o que toda a população de
Maceió gostaria de dizer”.
Deixo claro que também não tenho nenhum prazer em
criticar o prefeito. Fui seu eleitor e trabalhei o que pude por sua eleição.
Tenho com sua família, principalmente com seu pai, o homem público que mais
tenho admiração ( Ministro Guilherme Palmeira) a mais respeitosa relação. Mas
disse pessoalmente a ele após sua posse. Estarei ao seu lado, mas não tenho
nenhum compromisso com seus erros. Meu lado jornalista é assim: o cidadão pode
ser meu amigo, o homem público tem o tratamento igual.
Gostaria de poder estar elogiando o trabalho do prefeito
Rui Palmeira, mas os desacertos de sua administração me impedem. Escolheu uma
equipe despreparada formada por amigos, colegas e agregados de campanha. Devia
ter ouvido um conselho que serve para todo gestor público: “Nunca nomeie alguém para um cargo que você amanhã não possa demitir”.
Tem sido arrogante e ausente no trato com as pessoas e me parece desmotivado
para administrar. É uma pena que seja assim e isto não vai acabar bem.
Indicação polêmica

Questionamentos apresentados nesta quarta-feira
anteciparam o clima de polêmica que deverá marcar a sabatina de Fachin.
Assim que Alvaro concluiu a leitura de seu relatório, o senador Ricardo
Ferraço (PMDB-ES) questionou o fato de o indicado ter exercido advocacia
privada após ter tomado posse como procurador do estado do Paraná, o que
contrariaria lei estadual.
O sabatinado vai passar aperto na próxima semana.
Sabe-se nos bastidores e corredores do Sedado que o presidente Renan Calheiros
olha atravessado para a indicação da presidente Dilma.
Heloísa continua lutando

Heloisa tem nos dito com
frequência que não deve concorrer mais uma vez ao cargo de vereadora, sei
também de sua frustração com a atividade parlamentar tão suja de lama da
corrupção, da política dos “acertos”, dos acordos espúrios e isto não é
novidade diante de suas convicções.
Mesmo que não seja candidata
a nenhum cargo nas próximas eleições continuará em sua militância politica e
pode muito bem esperar o tempo passar, fazendo cidadania mesmo sem mandato e
mais tarde quem sabe topa uma candidatura. A verdade é que a bandidagem
política torce para que ela não dispute uma eleição, mas é muito maior o número
daqueles que pedem e precisam de sua presença na política. Hoje (quarta feira)
conversei bastante com ela. Continua a mesma guerreira de sempre, inconformada
com a canalhice, mas disposta a enfrenta-la em sua guerra santa.
Antônio Moura

Trouxe para a administração pública a
agilidade da iniciativa privada, a vontade de fazer certo e o compromisso com o
interesse público. É um defensor intransigente do esporte como instrumento de
incentivo à promoção de qualidade de vida, principalmente nas comunidades mais
carentes. Tem mostrado que se pode fazer muito com poucos recursos, mas com
criatividade.
Tenho acompanhado seu trabalho e ouvido as
melhores referencias sobre sua gestão de resultados à frente da Secretaria
Municipal de Turismo e Lazer. O jovem Antônio Moura tem feito a diferença.
Muito bom se seu exemplo fosse adotado.
Você acredita nessa
história?
Um adolescente suspeito de
assalto morreu após uma “troca de tiros” com policias do Batalhão de Operações
Policiais Especiais (Bope), no bairro da Santa Lúcia. Segundo informações dos
militares, outro adolescente foi detido e encaminhado para a Central de
Flagrantes I, no bairro do Farol.
Ao avistar a viatura do
Bope, os adolescentes, que tinham roubado uma moto, de cor cinza e de placa
ORD-6156, tentaram fugir. Durante a fuga, o carona da motocicleta atirou contra
a viatura dos militares. No confronto, o adolescente foi atingido nas costas, o
condutor perdeu o controle e os dois caíram da moto em que estavam.
Uma equipe do Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência de Alagoas (Samu) socorreu, mas o suspeito não
resistiu aos ferimentos e morreu ao chegar no Hospital Geral do Estado (HGE). ( Com informações da Gazeta Web).
E o povo que se ferre
Para que serve o Fundo Partidário? O fundo partidário é dinheiro público
(o nosso dinheiro) usado para custear gastos dos partidos. Cada sigla
define como utilizará a grana alta. Muitas aplicam em campanhas, manutenção de
sedes estaduais e os chamados gastos partidários. A maioria entanto entende que
o dinheiro deve ser gasto com mordomias de seus dirigentes, viagens nacionais e
internacionais, farras e até a
distribuição “social” com correligionários, amigos e afilhados e também pagando
gordos salários a dirigentes sem mandato. Tenho a convicção de que um dos
negócios mais lucrativos hoje é a criação de um partido político. Não é sem
razão essa briga constante de políticos em busca de um partido “para chamar de
seu”. Se já era um bom negócio imagine agora com a irresponsável sanção da
presidente Dilma que vem triplicar os valores de repasses do Fundo Partidário.
Pequenos milionários
Para se ter uma ideia o repasse para o nanico PEN (Partido Ecológico
Nacional), com só dois deputados federais, aumenta (670%): de quase R$ 908 mil
para R$ 6,98 milhões. E isto vai acontecer com as demais siglas pequenas,
algumas criadas apenas para servir de “aluguel” e “montaria” para os maiores.
No projeto original, o governo
destinava R$ 289,5 milhões para o fundo, mas o valor foi elevado para R$ 867,5
milhões pelo relator do Orçamento no Congresso, o desprezível senador Romero
Jucá (PMDB-RR), serviçal do Palácio do Planalto e sancionado sem cortes pela
presidente Dilma Rousseff, que naturalmente ordenou que fosse feito com o
objetivo de comprar votos para sua rebelde base aliada.
Outros exemplos da roubalheira explícita:
O PRTB (Partido Renovador Trabalhista Brasileiro) de Levy Fidelix, que tem um
deputado federal, ( Cicero Almeida) poderá receber R$ 5,176 milhões em 2015,
bem mais do que levou em 2014 (R$ 1,321 milhão).
O PSDC (Partido Social Democrata
Cristão), que no ano passado lançou Eymael como candidato à Presidência e que
conseguiu eleger dois deputados, receberá R$ 5,605 milhões.
Coluna também publicada no Jornal Extra, Jornal Tribuna do Sertão, Jornal Tribuna Alagoana. Sites: Tribuna do Sertão, Tribuna do Agreste, Primeiro Momento.
Contato: pedrojornalista@uol.com.br
facebook.com/pedro.oliveira
Twitter PedroOliveiraAL
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