O PAÍS QUE TEMOS É O QUE
MERECEMOS?
O Brasil anti-impeachment
está acordado e nas ruas. Disposto a tudo.
Ontem os manifestantes deram
uma demonstração de que não aceitam "golpe" na visão deles. É
democrático.
O Brasil que pede o
impeachment está "tirando uma soneca" - esperando para ver o que vai
acontecer. É natural. Talvez a opção de uma troca de "seis por meia dúzia"
deixe o povo apático, descrente.
O Palácio do Planalto
contabiliza, negocia, compra, vende, busca alianças até com o diabo para barrar
o impeachment. Estão no direito deles, Faz parte do jogo sujo da política.
Deputados e senadores são "mercadorias" de venda e troca, todos sabem.
A oposição grita
acanhadamente até porque lhe falta moral para fazê-lo. Os seus também estão
envolvidos e denunciados nos mesmos crimes na mesma vala da corrupção. O
Congresso Nacional fede.
O Ex-ministro Delfim Neto,
do alto de sua sabedoria e vivência dizia esta semana: “Hoje, quem me disser o que vai acontecer nos próximos 30 dias ou está
mentindo ou está mal informado”.
O juiz Sérgio Moro, elevado à
condição equivocada de "herói tupiniquim" continua sua luta e é um
exemplo de magistrado de coragem, mas porque é humano cometeu erros primários
no afã de corresponder ao titulo honorífico que lhe deram. Pediu desculpas, mas
enfraqueceu diante da Suprema Corte.
Ensina-nos a escritora
inglesa Jane Austen que “A vaidade e o
orgulho são coisas diferentes, embora as palavras sejam frequentemente usadas
como sinônimos. Uma pessoa pode ser orgulhosa sem ser vaidosa. O orgulho
relaciona-se mais com a opinião que temos de nós mesmos, e a vaidade, com o que
desejaríamos que os outros pensassem de nós”.
Sei que não sou mal informado,
até por força de minha atividade profissional e também não sou dado a mentiras (não
sou político). Mas arrisco um palpite
mesmo contrariando o mestre Delfim Neto: O IMPEACHMENT não acontecerá, os
corruptos continuam soltos e no poder e o Brasil vai para o
"beleléu". Estamos ferrados!
Como diz um verso da música
de Petrucio Amorim, neste cenário de lama da vida institucional brasileira “pode acontecer tudo, inclusive nada".
Este é o país que temos.
Será que o merecemos?
Pedro Oliveira. Jornalista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário