sexta-feira, 1 de abril de 2016


O PAÍS QUE TEMOS É O QUE MERECEMOS?


O Brasil anti-impeachment está acordado e nas ruas. Disposto a tudo.
Ontem os manifestantes deram uma demonstração de que não aceitam "golpe" na visão deles. É democrático.
O Brasil que pede o impeachment está "tirando uma soneca" - esperando para ver o que vai acontecer. É natural. Talvez a opção de uma troca de "seis por meia dúzia" deixe o povo apático, descrente.
O Palácio do Planalto contabiliza, negocia, compra, vende, busca alianças até com o diabo para barrar o impeachment. Estão no direito deles, Faz parte do jogo sujo da política. Deputados e senadores são "mercadorias" de venda e troca, todos sabem.
A oposição grita acanhadamente até porque lhe falta moral para fazê-lo. Os seus também estão envolvidos e denunciados nos mesmos crimes na mesma vala da corrupção. O Congresso Nacional fede.
O Ex-ministro Delfim Neto, do alto de sua sabedoria e vivência dizia esta semana: “Hoje, quem me disser o que vai acontecer nos próximos 30 dias ou está mentindo ou está mal informado”.
O juiz Sérgio Moro, elevado à condição equivocada de "herói tupiniquim" continua sua luta e é um exemplo de magistrado de coragem, mas porque é humano cometeu erros primários no afã de corresponder ao titulo honorífico que lhe deram. Pediu desculpas, mas enfraqueceu diante da Suprema Corte.
Ensina-nos a escritora inglesa Jane Austen que “A vaidade e o orgulho são coisas diferentes, embora as palavras sejam frequentemente usadas como sinônimos. Uma pessoa pode ser orgulhosa sem ser vaidosa. O orgulho relaciona-se mais com a opinião que temos de nós mesmos, e a vaidade, com o que desejaríamos que os outros pensassem de nós”.
Sei que não sou mal informado, até por força de minha atividade profissional e também não sou dado a mentiras (não sou político).  Mas arrisco um palpite mesmo contrariando o mestre Delfim Neto: O IMPEACHMENT não acontecerá, os corruptos continuam soltos e no poder e o Brasil vai para o "beleléu". Estamos ferrados!
Como diz um verso da música de Petrucio Amorim, neste cenário de lama da vida institucional brasileira “pode acontecer tudo, inclusive nada".
Este é o país que temos. Será que o merecemos?

Pedro Oliveira. Jornalista.

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