sábado, 13 de agosto de 2016

Para refletir:
Ficou cabalmente demonstrada a existência de ilícitos que ferem a Constituição, configurando a prática de crimes que justificariam o afastamento definitivo de Dilma Rousseff”, (Senador Antônio Anastasia, relator do processo de impeachment )


Ai então...é preciso ter cuidado
Renan Filho e Cicero Almeida
O governador Renan Filho tem todos os motivos para marcar sua história política com a realização de um governo aprovado positivamente pelos alagoanos. Tem se mostrado um administrador competente, adotando e cobrando de seus auxiliares uma política não apenas de resultados, mas também de compromisso com o interesse público. Caminhando para o terceiro ano de governo não se tem noticia de nenhum escândalo ou pelo menos rumores de má gestão ou de desvios de conduta em qualquer setor de sua equipe. É um gestor presente que cobra eficiência, mas ele próprio tem dado exemplo de como fazer o certo, o legal e o moral.
Não é fácil se desligar dos cordões que o prendem aos rumores, fatos e denúncias de Brasília, porém até isto ele tem conseguido. Mostra ter identidade própria e em voo solo tem alcançado resultados políticos que o credenciam a trilhar o caminho que escolher.
Uso o poema de Carlos Drummond para fazer um alerta ao jovem governador.
No meio do caminho tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
Tinha uma pedra
No meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
Na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
Tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra
E a “pedra em seu caminho” pode ser a candidatura do ex-prefeito Cicero Almeida.
Não imagine o governador que está imune a qualquer tipo de vírus, pois em tempos de Lava Jato, com o povo descrente de suas instituições e seus líderes, com a mídia e os formadores de opinião com os holofotes voltados para o sistemático combate à corrupção e pugnando por mudanças, pode sim o estigma de um cadáver insepulto e putrefato contaminar o seu entorno e trazer-lhe consequências catastróficas.
Tenho a convicção e possuo “tempo de serviço” suficiente para apostar que o governador não fez um bom negócio e dele poderá se arrepender tardiamente.
Mesmo diante de uma improvável absolvição (quem teve acesso ao volumoso e bem elaborado processo de denúncia jamais apostaria nessa hipótese) a mácula da improbidade vai permanecer sob a cabeça do ex-prefeito Cicero Almeida e atingirá fatalmente os circunstantes.
Até então o governador tem acertado sempre. A partir de agora, no entanto é preciso ter cuidado. Surge uma pedra no meio do seu caminho.
Em tempo: A mídia nacional está acompanhando atenta e com expectativa o processo contra Cicero Almeida.

Heloisa Helena
A vereadora Heloisa Helena se despede da disputa eleitoral com um recado bem ao seu estilo focando os políticos marginais e apresentando a chapa de seus candidatos da REDE. “Tomara a maioria dos eleitores não se predisponham – como em outros momentos o fizeram – a escolher ladrões dos cofres públicos e oportunistas para as instâncias de decisão política! Tomara os eleitores conscientes compreendam a importância do processo eleitoral e não desanimem diante de tanta impunidade e banditismo político! Reconhecemos que é dificílimo atingir o coeficiente sem ceder às alianças eleitoreiras, sem manipulação e compra de votos, pois já vivenciamos a tristeza de identificar a vitória de bandidos e a derrota de pessoas honradas, mas seguimos firmes com a persistência dos que não se vendem nem se rendem!”.
As novas eleições
A eleição de 2016 será um "experimento", afirmam especialistas em legislação eleitoral. Mudanças na lei que rege a disputa, mais restritiva em diversos aspectos, trazem incerteza sobre efeitos colaterais e efetividade no combate à corrupção.
A principal delas é a proibição de doação de pessoas jurídicas – até 2014, as grandes financiadoras das campanhas. Os então candidatos Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB), por exemplo, receberam juntos, quase R$ 100 milhões de empreiteiras hoje investigadas na Lava Jato.
Essa é a principal mudança, e está sendo encarada como experimento para 2018. Será que nós vamos conseguir mudar um sistema que dependia basicamente do financiamento empresarial?
A opinião é partilhada pelo presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Gilmar Mendes, que já havia afirmado que a corrida eleitoral seria "experimento institucional".
Eleição
De olho nos bandidos
O delegado da Polícia Federal em Alagoas, Políbio Brandão Rocha, declarou que a PF tem recebido diversas denúncias de crimes eleitorais na capital e em cidades do interior de Alagoas. "Infelizmente, Alagoas ainda figura entre os estados com grande número de crimes eleitorais. Estamos atentos e vamos investigar todas as denúncias que recebermos",
Há informações que em Maceió o cerco está sendo fechado com relação aos malditos “cadastros eleitorais” que nada mais são que a compra de votos descarada e disfarçada por parte de grande número de candidatos a vereador.
Nestas eleições a coisa vai ser diferente. Que a população fique atenta e denuncie. A Polícia Federal vai lá.
A caminho da “forca”
Dilma Rousseff
A presidente afastada Dilma Rousseff irá a julgamento por crimes de responsabilidade e deverá perder definitivamente o mandato. Essa foi a decisão tomada pelo Plenário do Senado na madrugada de quarta-feira (10), por 59 votos a 21, na conclusão da fase de pronúncia do processo de impeachment contra Dilma. O julgamento final terá início no fim deste mês, em data ainda não definida oficialmente.
A votação concluiu uma sessão iniciada na manhã do dia anterior e que durou cerca de 17 horas. Ela foi presidida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski. Foram 47 discursos de senadores e manifestações dos advogados da acusação, Miguel Reale Júnior, e da defesa, José Eduardo Cardozo.
Aqui tudo contra: A bancada alagoana decidiu desta vez ficar a favor do impeachment de Dilma. Fernando Collor e Benedito de Lira expuseram seus votos no painel eletrônico do Senado e Renan Calheiros não votou por ser presidente do Congresso, mas tem demonstrado agora ser totalmente favorável ao afastamento definitivo da presidente. Coisas da podre política brasileira.
Indigna de governar o Brasil
O jurista Miguel Reale Júnior, um dos autores do pedido que originou o processo de impeachment de Dilma Rousseff, disse na sessão do Senado Federal que a presidente não está sendo afastada “por fatos isolados de cunho fiscal, mas pela forma irresponsável que a torna indigna de exercer a Presidência da República”.

“Esta Casa foi desrespeitada seguidamente pela presidente da República. Não é ato isolado. É forma de conduta seguidamente praticada ao longo dos anos. Desconheceu-se absolutamente qualquer prudência, qualquer cuidado com as finanças públicas. Desconheceu-se essa Casa como uma Casa de controle”.  

Coluna publicada também no Jornal Extra, Jornal Tribuna do Sertão. Sites Tribuna do Sertão, Primeiro Momento e Tribuna do Agreste.

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