Por que não prende os “filhos” que roubam descaradamente?
O delegado regional de Palmeira dos Índios, senhor Valdeks Pereira, apareceu hoje na mídia como “herói” pela incrível façanha de ter fechado um bar que funcionava como “casa de prostituição, prendido o dono da “pensão” e afugentado as “meninas” que ganhavam ali seu dinheirinho exercendo uma das mais antigas profissões do mundo. Não estavam perturbando ninguém, não estavam provocando nenhum escândalo, mas apenas ferindo os “pruridos” do agente da lei.
Na antiguidade, em muitas civilizações já desenvolvidas, a prostituição era praticada por meninas como uma espécie de ritual de iniciação quando atingiam a puberdade.No Egito antigo, na região da Mesopotâmia e na Grécia, via-se que a prática tinha uma ritualização. As prostitutas, consideradas grandes sacerdotisas (portanto sagradas), recebiam honras de verdadeiras divindades e presentes em troca de favores sexuais
Mais adiante, na época em que a Grécia e Roma polarizaram o domínio cultural, as prostitutas eram admiradas, porém tinham que pagar pesados impostos ao Estado para praticarem sua profissão; deveriam também utilizar vestimentas que as identificassem, pois caso contrário eram severamente punidas.
Na Grécia, existia um grupo de cortesãs, chamadas de hetairas, ou heteras, que frequentavam as reuniões dos grandes intelectuais da época. Eram muito ricas, belas, cultas e consideradas de extrema refinação; exerciam grande poder político e eram extremamente respeitadas.
A atividade de prostituição no Brasil em si não é considerada ilegal, não incorrendo em penas nem aos clientes, nem às pessoas que se prostituem.
Nas altas rodas, no “Ray Society´ das grandes cidades a prostituição é explícita e nenhum delegado, juiz ou o padre da paróquia aparece, a não ser para participar da brincadeira. Por que então no humilde “Bar do Cafetão” a lei é diferente ? A prática do sexo hoje ocupa os gabinetes, as alcovas do poder e até o interior sagrado das Igrejas. Mas os poderosos podem. Políticos contratarem garotas e garotos de programa e promover orgias também pode.
Ao invés de perseguir as pobres putas que ganham honestamente seu dinheirinho o ilustre policial deveria estar mais atento aos traficantes graúdos, aos assaltantes que aterrorizam o interior do nosso Estado e principalmente aos políticos corruptos que praticam improbidade administrativa, fraudam licitações e se apropriam do dinheiro da merenda escolar e dos medicamentos para os miseráveis.
Mais digno do que prender o pobre do cafetão e perseguir putas seria prender os "filhos" destas que estão no exercício da política e do poder.
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