Para refletir: Eu continuo sendo apenas um palhaço, o que já me coloca em nível bem
mais alto do que o de qualquer político. (Charles
Chaplin).
A
montanha pariu um rato
Horácio, pensador latino,
cunhou a expressão parturient montes, nascetur mus, que numa tradução livre
significa a montanha pariu um rato. Aplica-se a todas as coisas pomposamente
anunciadas e que na realização produzem uma grande decepção, ou seja, resultado
pífio diante da expectativa gerada.
No
caso em questão eu preferia mais adequar uma outra “Panem et circenses“ expressão latina que significa “pão
e circo”. Esta foi uma política criada pelo imperador Otávio Augusto,
que previa o provimento de comida e diversão ao povo, com o objetivo de atenuar
a insatisfação popular contra os governantes.
A frase teria sua origem nas Sátiras de Juvenal, mais precisamente na décima (Sátira X, 77–81) Tudo pelo motivo de
conter as revoltas,principalmente plebeias,pois se divertindo e sendo bem
alimentados não teriam o porquê reclamar.
Desde que a Assembléia legislativa publicou o edital para
convocação de candidatos ao cargo de conselheiro do Tribunal de Contas e as
entidades se mobilizaram para que seus “notórios” se inscrevessem para participar do processo numa forma de
confrontar a prática nefesta de sempre ser indicado alguém da Assembléia deu
para se perceber que tudo não passava de uma
grotesca encenação por parte dos deputados.
Com todo respeito aos que estiveram lá submetidos à
“sabatina” confesso que assisti a deplorável enceneção com vergonha. Destacados
especialistas do Direito, com conhecimento de Administração, vida integra e
reputação ilibada, sendo avaliados por
um grupo de deputados, a maioria sem preparo primário, quase analfabetos
funcionais, encenando uma peça com final
anunciado: a escolha doi nome do presidente da Casa mesmo diante de
desproporção de conhecimentos e demais predicados com relação aos demais.
Na tarde de terça feira no palco do legislativo o ultimo
ato da ridícula peça foi apresentado:
Com 20 votos de seus iguais foi confirmado o nome do deputado Fernando
Toledo como o “ungido dos céus” para ocupar o cargo de conselheiro. A segunda
mais votada foi a brilhante e ética promotora Karla Padilha, com 3 votos.
Um resultado que todos já esperavam,mas que joga mais
lama no putrefato plenário na Assembléia Legislativa.
"Estou imensamente
agradecido e devedor dessa deferência que tenho da Casa de Tavares Bastos, que
escolheu meu nome em um processo que jamais foi visto no Estado. Nunca a
votação foi tão fiscalizada, acompanhada, discutida e concorrida quanto esta”.
(Palavras do deputado Fernando Toledo, que também acredita em Papai Noel)
O kartodromo da morte
A jovem Carol, com apenas 12 anos de
idade teve sua vida ceifada brutalmente por conta da irresponsabilidade de
alguns e da negligência do poder público. Um acidente fatal ocorrido na pista
de um Club de Kart funcionando ilegalmente em um estádio de futebol provocou um
grave ferimento no crânio da menina que após vários dias em como veio a falecer. Me causou espanto as
declarações levianas do diretor da
Superintendência Municipal de Convívio Urbano, senhor Galvacy de Assis ao
dizer: “ O lugar é um estádio de futebol e não tinha autorização para funcionar
como kartodromo”. O empreendimento ilegal vem funcionando ali há meses,
sem que nenhuma providência
coibitiva fosse tomada pela Prefeitura
de Maceió, que também é culpada pela morte de Carol. E agora quem será
responsabilizado? Que fale o Ministério Público.
Os
tucanos querem Rui?
Se
o deputado federal Rui Palmeira (PSDB) for realmente candidato a prefeito de
Maceió, será vencedor ou derrotado com o meu voto seja quem estiver do outro
lado. Porém se me escutasse e entendesse meus argumentos desistiria dessa
candidatura. O político mais promissor de Alagoas, inteligência privilegiada,
preparo intelectual e da melhor origem genealógica do ramo. Respeitado e com
ampla visibilidade na Câmara Federal, domina Brasília e honra Alagoas. Primeiro
argumento: voltar para a podridão da política local, cercado de marginais,
picaretas e assaltantes do erário. Fazer alianças com essa corja e governar idem? Segundo argumento: Não vejo nenhuma empolgação da “tucanada” com a sua candidatura, mesmo sendo o único
nome capaz de ganhar a eleição. Sua candidatura magoa porque feriu egos
inflados de companheiros sem destino ou vocação política, mas sonhavam com uma
inviável candidatura. No governo tirando
o secretário Álvaro Machado, este um intransigente defensor de sua candidatura
e do próprio governador, não enxergo ninguém “entusiasmado” e com compromisso batido e assinado. Irá
enfrentar enormes dificuldades pelos empecilhos dentro de seu próprio partido e
em algum momento poderá se ver sozinho...
ai será tarde demais. É o melhor nome, mas para ele não sei se é o
melhor momento.
Dilma
gosta da gente
Eu
posso até não gostar dela, mas tenho que reconhecer que a presidente Dilma
gosta de Alagoas e do governador Teotônio Vilela. Tem dado demonstrações dessa
“benquerença” desde sua posse (ou desde a eleição?). Agora mesmo surpreende com
a viabilização da construção de um corredor de VLT (Veículo Leve sobre Trilhos)
ligando o centro da cidade ao Aeroporto Zumbi dos Palmares, já anunciando a
liberação de R$ 133 milhões para uma
primeira etapa. Soube que andou prometendo outros “mimos” ao governador.
Ninguém se engane Teotônio Vilela deixará o estado viável até o fim de sua
gestão.
JHC:
Falando demais
O
deputado João Henrique Caldas foi muito infeliz quando em pronunciamento na
Assembléia fez menção e condenou o fato do secretário Luiz Otávio Gomes estar
processando dois blogueiros por “escreveram textos questionando a postura do
secretário”. O deputado está muito mal informado ou não leu nada sobre o
assunto. Quem escreve ( e acho que os dois nem jornalistas são) tem que arcar
com a responsabilidade do que escreveu. Os textos em questão caluniam, difamam
e agridem a vida pública e privada de Luiz Otávio. A única arma de defesa do
acusado é a Justiça e isto ele foi buscar usando o mais cristalino principio da
democracia a da liberdade de imprensa. Cobra apenas a verdade e esta
prevalecerá. Ao que parece o deputado é muito apressado.
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