Para
refletir: “O
Fórum Permanente de Combate às Drogas fará campanha educativa para combater o
uso de álcool e drogas durante o carnaval alagoano”. (Pronto:
institucionalizou-se o carnaval dos abstêmios)
Quando
100 dias não bastam
Não
sei de onde saiu essa ideia de que a primeira avaliação de qualquer governo é
feita ao completar 100 dias, mas sempre é assim que acontece. Acho muito pouco
para esse tipo de avaliação e no caso concreto da prefeitura de Maceió
considero pouquíssimo. O estado de desorganização, irresponsabilidade e
sucateamento da máquina pública é o retrato deixado pela Administração Cícero
Almeida. Quem procura tomar conhecimento da situação chega à nítida conclusão
de que nada está em seu devido lugar. Tenho conversado com integrantes da equipe
de Rui Palmeira e tive acesso a alguns números e documentos. É de estarrecer!
Confesso que nunca tinha tido conhecimento de tanta desorganização e ações
contrárias aos princípios que devem nortear a administração, principalmente nos
quesitos moralidade e legalidade.
Na
minha visão ao deixar o cargo de prefeito e diante da hecatombe que destruiu
não só o patrimônio, mas também qualquer indicio de gestão organizada e em
condições de funcionar, ele e a maioria de seus auxiliares deveriam ter sido
transferidos imediatamente para um presídio de segurança máxima diante do risco
iminente de fuga para não cumprir as penas que certamente lhes poderão ser
impostas, pelo menos se o Ministério Público e o Judiciário acordarem para os
papéis que lhes cabe de defesa dos interesses da comunidade. Mas ai pode
acontecer de tudo. Inclusive nada.
Os
casos de irregularidades na administração anterior são alarmantes, as fraudes,
as contratações dirigidas, os desvios do dinheiro público são flagrantes que
saltam aos olhos de qualquer leigo com o
mínimo conhecimento do processo legal.
Os
novos gestores têm trabalhado diuturnamente a procura de pelo menos por ordem
na casa para que possam fazer a máquina administrativa funcionar. Não tem sido
fácil, pois a cada auditoria uma descoberta de um rombo, o surgimento de atos
processuais em desacordo com e lei e com a moral, a cada levantamento a
constatação de que durante oito anos transformaram a administração pública de
Maceió em um bordel de quinta categoria.
Ao
completar os 100 dias de gestão Rui Palmeira e sua equipe não precisam ainda
mostrar números de grandes avanços nas áreas vitais e que estão sendo cuidadas
agora com seriedade e responsabilidade, mas têm a obrigação de perante a
sociedade escancarar as letras e os números de uma administração que destruiu a cidadania
e implantou na capital alagoana o exercício da tolerância com o sujo e a
putrefata maneira de governar apenas para alguns.
Nota: Ao fechar a
coluna tomei conhecimento que o prefeito Rui Palmeira faz o primeiro anúncio do
caos administrativo na próxima terça feira em entrevista coletiva. Vamos
aguardar.
A
imoral mordomia dos coturnos
Uma resolução
do Superior Tribunal Militar (STM) determina que os ministros que forem transferidos para a inatividade
remunerada, quando completam 70 anos, terão direito a receber, a título de
ajuda de custo, quatro vezes o valor do subsídio de ministro em vigor na data
da inativação, que, até dezembro do ano passado, era de R$ 25.386,97 mensais. A
portaria é retroativa a 10 de agosto de 2011 e beneficiou diretamente o general
de Exército Renaldo Quintas Magioli, que se aposentou em 27 de agosto daquele
ano, e o também general de Exército Francisco José da Silva Fernandes, que se
retirou em 4 de outubro do ano passado, ou seja, um mês após a portaria. Cada
um deles recebeu, como ajuda de custo, R$ 101.547,88, segundo informou a
assessoria de imprensa do próprio Superior Tribunal Militar. O benefício é pago
somente aos militares e independe do local onde o aposentado vai viver - se ele
continuar morando em Brasília, sede do STM, mesmo assim receberá a verba. Será
que esta turma de malandros não percebeu que a perversa ditadura dos
coturnos foi banida de nossa democracia?
Buscando
holofotes
Ao que
parece o juiz Geraldo Amorim e o promotor José Antonio Malta Marques, ambos da
Vara Criminal da Capital estão mesmo dispostos a disputar espaço na mídia.
Insistem em ouvir o depoimento do médico Paulo Medeiros que no julgamento dos
supostos matadores do seu filho fez um desabafo emotivo e perfeitamente
racional. Quem deveria responder a indagações da sociedade e prestar
informações ao pai do jovem assassinado covardemente eram exatamente os que
estão pretendendo ouvi-lo. A família de Fábio Acioli, esta sim, nunca teve uma
resposta convincente do aparato estatal sobre a morte do jovem. Se o juiz e o
promotor começarem a ouvir as pessoas que pensam da mesma maneira que o médico
Paulo Medeiros se aposentarão na compulsória e não concluirão as oitivas.
Tem que paparicar
Alguns
tucanos despreparados para a relação republicana institucional ficam de cara
amarrada diante do tratamento cordial dispensado pelo governador Teotônio
Vilela com a presidente Dilma Rousseff no que é retribuído gentilmente. Lula e
Dilma sempre dispensaram uma atenção especial e há quem me garanta que torceram
pela vitória do governador na última eleição (quem me disse não é alagoano e
priva da intimidade do casal ex-presidente). Teotônio fazendo um governo
respeitado e acreditado em Brasília tem trazido dividendos muito positivos para
Alagoas. Somos um estado pobre e dependente da boa vontade da União. Por que
não paparicar?
Tudo
por um cargo
No Brasil é
assim: o cara não tem nenhum preparo técnico ou intelectual, não sabe nada de noções
de economia, administração ou finanças, mal sabe fazer uma conta de somar e por
conta de negociata política é indicado para ocupar um cargo no conselho do
BNDES. O pior é para nós alagoanos que sofreremos o constrangimento de uma
patética e ridícula presença em um plenário qualificado no qual certamente será
ridicularizado. Só que o cara é tão ávido por um cargo, um emprego, depois de
rejeitado três vezes nas urnas, que aceita se submeter e também a todos nós a
um papel vergonhoso. Espera-se o bom senso de que não seja nomeado.
Fazendo
a coisa certa
Em
decisão acertada sobre a qual cobrei na semana passada o Tribunal de Contas
enfim resolveu alertar para a epidemia de “situação de emergência” adotada por
várias prefeituras do interior sob a alegação de “caos administrativo”
provocados por gestores que deixaram os cargos em 1 de janeiro. A medida exige
cópias dos decretos, pareceres jurídicos e de todos os contratos firmados após
a decretação do estado de emergência, além dos processos de dispensa de
licitação. Apenas isto não basta.
Por
outro lado o Ministério Público através do coordenador do Núcleo de Defesa do
Patrimônio Público, José Carlos Castro, garantiu que os promotores dos
municípios irão investigar as causas dessas “emergências”. É bom, porém ainda é pouco, pois os promotores não têm
conhecimento técnico para detectar alguns “ pulos de gatos” próprios dos prefeitos sabidinhos e seus “
escritórios de aconselhamento “.
Não
seria o caso de uma “força tarefa” do TCE e MP
verificando “in loco” cada
município para demonstrar aos novos administradores o caminho legal e moral da Gestão Pública?
No pé do ouvido
Se os novos gestores da
Saúde de Maceió se dispuserem a “calçar as sandálias da humildade” e escutarem
um pouco do muito que sabe a vereadora Heloisa Helena ( uma especialista estudiosa) sobre o assunto, tenho certeza que
a população sairia ganhando.
Nenhum comentário:
Postar um comentário