sábado, 22 de junho de 2013


Para refletir: O grito das ruas começou a ecoar. A sociedade dá sinais que esgotou a  sua paciência e o governo petista, em frangalhos, começa a descer ladeira abaixo de volta ao seu lugar.

O perigo não é só nas ruas

Pode e vai se juntar ao grito  de insatisfação das ruas mais um grave problema a ser enfrentado pelo governo petista que vive a buscar inconsequências.

Muito oportuna abordagem de Daniel Carvalho, na Folha, quando exibe uma realidade que a maioria dos brasileiros insiste em desconhecer. O país já tem 476 reservas indígenas, que perfazem um espantoso território de 105,1 milhões de hectares, o equivalente a um oitavo do território brasileiro.

É como se os 896 mil índios que vivem no Brasil tivessem, incluindo as reservas indígenas, quatro Estados de São Paulo para viver. Na média, são 117 hectares para cada índio. O que daria cerca de 600 hectares para cada família indígena.

E esse território vai aumentar muito, porque ainda há ao menos 196 terras indígenas a serem demarcadas pelo governo federal no país. Segundo a Funai (Fundação Nacional do Índio), 81 dessas áreas, que precisam apenas ser homologadas pela presidente Dilma Rousseff, juntas equivalem a área de dois Estados de Sergipe. E ainda há outras 115 áreas em estudo, e a Funai ainda nem sabe a dimensão final que terão. Não seria terra demais para tão poucos índios e muitas vezes “não índios”? Esse negócio ainda vai feder e muito. Só esse governo desmiolado não vê.

Outro problema, que está se alastrando, é o reconhecimento de falsos índios. Expressiva parte do crescimento da população indígena se deve a esse fato. Como não há um critério rígido para definir quem pode ser considerado indígena, muitos descendentes têm se apresentado como tal, embora já sejam miscigenados e aculturados há gerações.

O mais grave, porém, é a almejada transformação das reservas indígenas em nações independentes política, econômica, cultural e socialmente, nos termos da Declaração Universal dos Direitos do Povos Indígenas, que o Brasil assinou na ONU, em 2007. Mas isso é um sonho/pesadelo, porque as Forças Armadas jamais permitirão. O recado já foi transmitido ao governo por comandantes militares.

O que a Globo quis esconder

O Brasil de hoje é incomparavelmente diferente daquele dos anos 90 quando a rede Globo tinha o poder de manipular massas, conduzir a maioria da opinião dos brasileiros e até eleger e depor presidentes. Hoje no Brasil das redes sociais, da internet e da comunicação instantânea  a coisa é outra. Por razões que todos conhecem o noticiário da TV Globo bem que tentou levar ao país a impressão que todo o tumulto nas ruas das principais cidades brasileiras tinha como único foco o aumento das tarifas de ônibus. Houve uma reação imediata e a emissora teve que se justificar, seus repórteres impedidos de cobrir os protestos e expulsos pelos manifestantes e até a cogitação da invasão de sua sede em São Paulo.

Enquanto o Brasil inteiro entendia e aprovava a moçada nas ruas protestava contra a corrupção, os imorais gastos com a Copa do Mundo, o custo de vida a cada dia mais alto para o brasileiro e os desmandos do governo petista.

Está ai o grito sufocado das ruas quando a população começou a chegar ao seu limite de tolerância.

Mesmo que a Globo tente esconder vem muito mais por ai e são imprevisíveis as consequências desse furacão com o poder devastador  nas mãos: o povo

A inquietação nos quartéis é real

O governo já foi alertado e não apenas uma vez que  há descontentamento das tropas com relação ao modo petista de governar. Um comandante militar de Brasília chegou a afirmar: “No Brasil de hoje não há cenário para golpes ou tomada de poder, somos uma democracia consolidada e isto é coisa de republiqueta chavista. Mas as Forças Armadas são formadas por brasileiros  que também estão em seus limites  com relação a corrupção dos políticos de um modo geral, a maneira equivocada dos que estão governando o pais e ao esmagamento da situação salarial por uma inflação que está ai e o governo faz que não vê. Com essa realidade os militares se unem à indignação da maioria dos brasileiros e certamente não se prestarão ao desserviço de combater manifestantes nas ruas. Acredito que muitos de nós tirarão as suas fardas e irão para as ruas também protestar”. E fez uma ressalva: “ Se precisarmos agir agiremos, mas dentro dos princípios democráticos e institucionais”.

Pra bom entendedor poucas palavras bastam.

Para que a Justiça reflita

De Anás a Herodes o julgamento de Cristo é o espelho de todas as deserções da justiça, corrompida pelas facções, pelos demagogos e pelos governos. A sua fraqueza, a sua inconsciência, a sua perversão moral crucificaram o Salvador, e continuam a crucificá-lo, ainda hoje, nos impérios e nas repúblicas, de cada vez que um tribunal sofisma, tergiversa, recua, abdica. Foi como agitador do povo e subversor das instituições que se imolou Jesus. E, de cada vez que há precisão de sacrificar um amigo do direito, um advogado da verdade, um protetor dos indefesos, um apóstolo de idéias generosas, um confessor da lei, um educador do povo, é esse, a ordem pública, o pretexto, que renasce, para exculpar as transações dos juízes tíbios com os interesses do poder. Todos esses acreditam, como Pôncio, salvar-se, lavando as mãos do sangue, que vão derramar, do atentado, que vão cometer. Medo, venalidade, paixão partidária, respeito pessoal, subserviência, espírito conservador, interpretação restritiva, razão de estado, interesse supremo, como quer te chames, prevaricação judiciária, não escaparás ao ferrete de Pilatos! O bom ladrão salvou-se. Mas não há salvação para o juiz covarde” – Rui Barbosa, em “A Imprensa, 31 de março de 1899.

Não é bem assim

Nada justificaria o ato irresponsável do autor dos disparos na manifestação quando um destes atingiu o estudante M.A.S.M de 16 anos. O autor terá que responder por sua ação. Porém o fato não serve para inocentar o jovem que segundo informações tentava danificar o veículo oficial juntamente com outros colegas quando este tentava “furar” o bloqueio da manifestação. Quanto ao atendimento prestado no HGE tem merecido toda atenção dos abnegados profissionais da medicina e auxiliares. Seu estado de saúde nunca foi grave, com o hospital superlotado, está sendo atendido dentro dos padrões que o caso requer. Não há necessidade de privilégios ou atendimento diferenciado e ter “preferência de herói”.

Por outro lado a ação do prefeito Rui Palmeira foi dura e imediata mandando apurar os fatos e afastando o funcionário infrator. A Polícia rapidamente identificou o autor e cumpriu todos os ritos  processuais que a ação exige.

A fome insaciável dos vereadores

A Câmara Municipal de Maceió, com raríssimas exceções, continua a mesma de sempre com os mesmos vícios e mazelas do passado. A gestão da atual Mesa Diretora segue os mesmos métodos que no inicio criticou. Não há nenhum interesse em tornar ações transparentes, há um afastamento deplorável dos interesses da sociedade, não sabem nem querem saber de ações de interesse coletivo.  Pensam em seus próprios benefícios e de seus familiares.

Alguns começam a se mostrar insatisfeitos com a maneira austera do prefeito Rui Palmeira, pois se confrontam com seus interesses nada convencionais ou morais. Contrariados fazem ameaças veladas usando a barganha do processo legislativo como “ arma de combate”. A atitude é desonesta e traz séria ameaça para os próprios vereadores que poderão ter suas ações contestadas pela  população que vai tomando conhecimento dos fatos e se indignando. Tenho o nome de alguns desses picaretas da política, mas aguardarei o momento oportuno para divulga-los. Essa é a Câmara de Vereadores que Maceió tem, mas certamente não é a que merece.

Eles vão, mas voltam

O governo petista ontem já comemorava o fim  das manifestações nas ruas das principais cidades com a decisão do “congelamento” ou redução das tarifas de ônibus. Acham esses “ aloprados”, talvez informados pela Globo,  que tudo das manifestações se  resume na questão das tarifas. Acontece que a garotada, os “caras pintadas” e alguns movimentos livres gostaram da experiência e prometem voltar em breve, mais organizados e em número bem maior, com pauta definida cujo foco principal será a corrupção no governo e no Congresso Nacional. A indignação vai ganhar as ruas muito breve e os corruptos que se preparem, pois a coisa vai pegar. O Brasil torce e espera por  este momento.

Os dois juntos de novo

O governador Teotônio Vilela, permanece calado e nada diz sobre o próximo ano. Só vai falar na hora certa como sempre foi o seu estilo. O senador Renan Calheiros não avança o sinal, não discute candidaturas e também ao seu estilo vai administrando suas bases (as maiores) e se dividindo entre Brasília e Alagoas cumprindo com competência de mestre suas missões políticas.

Uma coisa a certa: os dois estão cada vez mais próximos  o que para mim não é novidade alguma. Ambos caminhando a passos medidos e contados para uma convergência que só será anunciada no próximo ano. Outra coisa certa: esses dois juntos não sobra pra ninguém.


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