segunda-feira, 1 de julho de 2013

Para refletir:


Para dizer absolutamente nada aos brasileiros em seu desastroso discurso o governo gastou em maquiagem e cabelo para a presidente Dilma, R$ 3.125,00. Este é o pais dos petralhas.
Uma vitória do grito das ruas

Para quem assistiu a votação da PEC 37 ficou a nítida certeza de que a decisão da Câmara dos Deputados foi pautada pelo grito das ruas, muito mais do que por qualquer tipo de convicção política, ideológica ou de interesse corporativo. Vou além: o plenário por uma maioria esmagadora dobrou-se ao medo da força do povo que parece ter acordado de um  sono acomodado, pelo desconforto que chegou ao limite da tolerância com relação à deplorável e ignóbil classe política brasileira.

A cada pronunciamento, a cada ridícula manifestação dos líderes de partidos tanto do governo como da oposição  tudo era o eco das  manifestações de rua que obrigou a Câmara a rejeitar  a proposta de emenda constitucional que restringia o poder de investigação do Ministério Público. Numa reviravolta do cenário político, em que partidos até então favoráveis à medida mudaram de posição, 430 deputados votaram contra a PEC 37. Apenas nove foram a favor, e dois se abstiveram.

Antes de os protestos começarem, nem a comissão especial criada para discutir o tema conseguira chegar a um acordo entre promotores e policiais. A votação foi antecipada depois de o presidente da Câmara negociar com os líderes dos partidos. Em meio a gritos da galeria, cheia de promotores e procuradores, o deputado Henrique Alves deu o tom de como a Câmara deveria votar.

“Quero dizer que todo o país está acompanhando esta votação. E seria muito importante, neste momento, um ato de unanimidade para derrotar essa PEC”. Anunciou o patético condutor do “circo” armado combinado a acertado previamente.

Para acelerar a apreciação do tema, o presidente da Câmara inverteu a ordem de votação. Às 20h, abriu sessão extraordinária apenas para votar a PEC. Um a um, os líderes dos partidos iam ao microfone dizer que estavam contra a PEC. A bancada do PSD, dividida, havia decidido liberar seus parlamentares para votar como desejassem. Na hora, o partido anunciou que tinha fechado questão contra a PEC. O PTB fez o mesmo e assim o fizeram todos os partidos. Governo e oposição na mesma vala submissos ao que vinha das manifestações de brasileiros esgotados da falta de ética, da corrupção e da bandalheira praticada pela maioria desses parlamentares.

Houve quem ironizasse os próprios colegas como fez o deputado  Ivan Valente (PSOL-SP) na tribuna: “ Quando a Comissão de Constituição e Justiça votou isso, a maioria era a favor. Agora, com a pressão das ruas, mudaram de opinião”.

Confira os deputados que votaram a favor da PEC:

Abelardo Lupion (DEM-PR), Mendonça Prado (DEM-SE) , Bernardo Santana (PR-MG), Valdemar Costa Neto (PR-SP), Eliene Lima (PSD-MT), João Lyra (PSD-AL) João Campos (PSDB-GO), Sérgio Guerra (PSDB-PE)  e Lourival Mendes (PTdoB-MA).

A mídia essa vilã

Deixaram péssima impressão as declarações do representante da Associação dos Delegados da Polícia Federal (regional de Alagoas) Felipe Coreia. Ao estilo petista culpou a mídia pela derrota da classe no embate da PEC 37, numa atitude grosseira e provocativa. “Era peixe e foi vendido como tubarão. Houve muita coisa dita pela mídia e não era bem assim. A mídia é um trator e nesse caso, foi isso o que aconteceu. Houve uma campanha pesada tanto da mídia quanto do Ministério Público”, disse o equivocado líder dos policiais federais.

É bom que o delegado saiba duas coisas pelo menos: tubarão é peixe até prova em contrário e a mídia não pode ser responsabilizada por derrotas fruto de incompetência no agir.

Anomalia da natureza

Setores que defendem a criação do Conselho Estadual de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Travestis, Transexuais e “afins” não gostaram nada das declarações do deputado Antônio Albuquerque na Assembleia Legislativa que considerou a homossexualidade  como uma “anomalia da natureza” . Disse Albuquerque que “O natural é ser homem e mulher, e eu quero continuar fazendo jus a minha consciência”, acrescentando que “a criação de um órgão com estes objetivos para determinado grupo de pessoas acaba discriminando as pessoas normais”.

No calor do debate sobrou para o deputado Judson Cabral (PT) acusado por Albuquerque de “em off ressaltar que sua religião ( Cabral pertence a movimentos sociais católicos) o impedia de votar com a matéria e que também era contra a união de homossexuais  e faz exatamente ao contrário quando está na tribuna”. O petista tentou responder, mas não convenceu.

Nem tudo é ruim

Há evidente muita coisa de ruim na Câmara Municipal de Maceió, aliás, naquele “serpentário” como bem denomina a vereadora Heloisa Helena há muito mais coisa imprestável do que se imagina.

Porém de vez em quando se pode detectar exceções para o lado bom, além da própria HH. O vereador Marcelo Gouveia é uma dessas exceções que espero não se “contamine”. Preocupado com o combate às drogas, a defesa da criança e do adolescente sabe com inteligência trabalhar e propagar o resgate desses jovens do mundo do crime. Tem cobrado com veemência políticas públicas e uma maior atenção para práticas saudáveis de esportes e lazer com o objetivo de afastar jovens do vício. Crítico de setores de Direitos Humanos que na maioria das vazes se preocupam mais com pessoas que estão presas por terem praticado crimes do que com suas vítimas e familiares. Está em sintonia com o interesse público e faz a sua parte. Pena que a maioria não faça assim.

O despreparo de dona Dilma

Jovens saíram frustrados com o despreparo da presidente durante a reunião e prometem ganhar as ruas com protestos por uma pauta positiva para o país.

Após mais de duas horas de reunião com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto, representantes do Movimento Passe Livre (MPL) tiveram frustrada a intenção de discutir mudanças no transporte público e outras pautas para o país. Para Marcelo Hotimsky, que esteve na reunião, Dilma é despreparada para discutir o tema e o governo “demonstrou uma incapacidade muito grande” de entender o momento atual do país.

“Não foi mostrada nenhuma pauta concreta, de fato, para modificar o transporte no país, que é muito precário”, criticou Hotimsky, após o encontro com a presidente. Na conversa, conta o representante, Dilma ressaltou que essa foi a primeira vez que um presidente do país se reúne com movimentos sociais que discutem a melhoria do transporte. “O despreparo ficou evidente quando nos falaram que precisam estudar o assunto e, por isso, abriram esse canal de diálogo”, afirmou. O povo está na rua e esse canal de diálogo não anula a continuidade dos protestos. A gente está se somando aos protestos da agenda da esquerda essa semana e nas próximas, avisou a jovem  Mayara Vivian.

“Se tem dinheiro para construir estádio para a Copa do Mundo, tem sim dinheiro para a tarifa zero e outras políticas públicas. Mayara ressaltou ainda que Dilma apresentou proposições de desonerar e aumentar o subsídio para a tarifa do transporte público, e que em breve ela deve fazer algum anúncio sobre o assunto. “Mas a presidente estava totalmente despreparada”.

Na próxima semana os jovens prometem ganhar de novo as ruas nas principais cidades. Ao que parece a coisa vai esquentar.

O grito das ruas II

Ao que parece não é apenas a Câmara dos deputados que “acorda” para o grito das ruas. O Senado aprovou na quarta-feira (26), em votação simbólica, um projeto de lei que transforma a corrupção ativa e passiva em crime hediondo. Com isso, esse delito passa a ser considerado tão grave quanto homicídio qualificado e estupro, por exemplo. Na prática, as penas serão mais severas: de 2 a 12 anos passarão a ser de 4 a 12 anos de prisão. O projeto também enquadra a prática de concussão (recebimento de dinheiro indevido e obtenção de vantagens por servidor público) como crime hediondo. A pena de 2 a 8 anos de prisão para este delito passará a ser de 4 a 8 anos. A matéria “dormia” há mais de dois anos nas gavetas do Senado Federal e de repente é aprovada em caráter de urgência. Muito pouco para o que a sociedade indignada ainda tem a cobrar dos senhores senadores e deputados.

Nenhum comentário:

Em defesa do Sistema S O Brasil inteiro, (principalmente aqueles setores que produzem, formam e criam milhões de oportunidades de ...