Para refletir. “A maior demonstração de coragem de José Dirceu foi ter-se sacrificado para salvar o Lula”. (Flávio Tavares companheiro de exílio de Dirceu comentando sua condenação no STF)

João Lyra: faltou solidariedade

O deputado João José Pereira de Lyra passa por extremas dificuldades com relação a situação de suas empresas à beira da decretação de falência. O caso foi suspenso após uma decisão odiosa e equivocada de um juiz que não estava preparado para a ética da imparcialidade mas o julgamento vai acontecer em vias normais. Não desejo discutir as razões ou contra-razões do processo, mas algo que percebi e me chamou a atenção. Há décadas João Lyra é o maior empreendedor individual de Alagoas. Emprega, alimenta,dá moradia, saúde e assistência social a milhares de famílias em suas empresas, É um dos maiores contribuintes na arrecadação de impostos para o estado. Graças a sua situação financeira privilegiada contribuiu com praticamente todos os grandes políticos de Alagoas financiando campanhas milionárias, ajudando pessoalmente candidatos e elegendo muitos que sem esse apoio nada seriam. Sou testemunha de sua benevolência com a classe política, independente de ideologia que o cortejava e buscava suas “bênçãos” para ganhar eleição. A realidade é que com a sua anunciada falência uma banda da economia alagoana vai junto, milhares de empregos estão agregados, vai embora também um patrimônio construído com muito trabalho, abnegação e capacidade de um visionário que colaborou muito com o desenvolvimento de Alagoas. O que me surpreendeu foi a falta de solidariedade hipotecada a João Lyra. Nada vi além de uma nota dos produtores de cana mais interessados em “salvar suas almas”. Onde se esconderam os poderosos políticos de hoje e de ontem que tanto se fartaram de suas benesses?

Para gordinhos. Por que não?

O governo insistiu o Judiciário chancelou e eu continuo achando uma aberração essa história de cotas raciais nas Universidades beneficiando pessoas de cor, independente de sua situação financeira (ai é que mora o absurdo). Esse tipo de privilégio esdrúxulo jamais deveria ser voltado para uma chamada “minoria”, mas sim para uma escandalosa maioria de miseráveis que não têm escola digna , vive na linha da marginalidade e jamais terão direito a fazer um curso superior. Do jeito que a coisa vai logo teremos cotas especiais para pessoas obesas e outras categorias. Este não é o Brasil que desejamos.

Os vitalícios do sistema S

Os órgãos do chamado “sistema S” a exemplo do SEBRAE, SESI, SESC e outros que funcionam nababescamente com o dinheiro do contribuinte navegando em mordomias e luxos que afrontam os simples mortais há muito estão na mira da imprensa e segmentos da sociedade descontentes com os desmandos e abusos nessas instituições. Agora a pauta está nos gabinetes e corredores do Congresso Nacional que também despertou para a “farra” e existe a real possibilidade de um final feliz para os princípios morais e legais com o dinheiro dos outros. Entre absurdos apontados por deputados e senadores são os “mandatos quase vitalícios” de dirigentes desses órgãos que praticamente se perpetuam nos cargos aos quais chegam normalmente por vias nada convencionais. Mandato de dois anos com apenas uma reeleição (ou escolha) é uma das propostas. Já era tempo

Noticias idiotas

Definitivamente fora de qualquer cogitação essa história idiota de uma possível candidatura do prefeito eleito Rui Palmeira em 2014. Isto é conversa pra jornalista desocupado ou blogueiro querendo emprego. O eleito cumprirá integralmente seu mandato fará as mudanças que Maceió clama, vai moralizar o serviço público, cumprir suas promessas de campanha e com certeza retoma o mandato em 2016 para uma segunda gestão. A partir daí sim poderá pensar em outro projeto eleitoral. Alguns ainda não quiseram perceber que o jovem prefeito é um político diferente dessa corja que ai está. Mas o tempo saberá das as devidas lições.

Alagoas sem pressa

O jornalista Antonio Noya me comunicava oficialmente esta semana o fim do “Troféu Lagoa Mar” depois de 20 anos de exitosas edições divulgando Alagoas junto à grande imprensa nacional. O “senhor turismo” como o costumo chamar, conseguiu com seu evento maior número de páginas em jornais e revistas do país promovendo o turismo alagoano do que muitos governos juntos. Com um detalhe: divulgação ampla, de qualidade e sem qualquer custo. O evento foi extinto por falta de apoio.

O “Prêmio José Aprígio Vilela”, que todos os anos homenageia cinco prefeitos que mais se destaquem em gestão pública moral legal e empreendedora tornou-se a honraria mais disputada entre as prefeituras sendo considerado o “Oscar da gestão pública alagoana”.O troféu( criado antes do atual governo) leva o nome do irmão do governador do Estado. Deverá não ter realizada sua edição deste ano por falta de apoio.

E ainda tem gente que diz que “Alagoas tem pressa”.

Piorou muito

Com as eleições dos deputados Rui Palmeira, Joaquim Beltrão e Célia Rocha para prefeitos de Maceió, Coruripe e Arapiraca respectivamente a situação da bancada alagoana na Câmara Federal sofreu uma intensa queda de qualidade. Entre os três a presença incômoda do deputado Francisco Tenório, envolvido em processos criminais e o também suplente Paulo Fernando dos Santos (mais conhecido como Paulão) que possui um currículo nada abonador: petista, indiciado pela Polícia Federal e sem nenhum preparo para o exercício do mandato em Brasília. Pobre bancada alagoana.

Um gambá no lugar certo

Um gambá invadiu na tarde de quarta feira o prédio do anexo I do Senado, onde ficam os gabinetes mais disputados pelos senadores, por serem maiores e com acesso mais reservado. O animal foi capturado pelos brigadistas da Casa e tratado a pão e água, em uma gaiola, enquanto chegava a guarda florestal.

- Isso é indício de cheiro podre - afirmou o senador Pedro Taques (PDT-MT), ao passar pelo local.

Entre os gabinetes que ficam no anexo I estão o de apoio ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e o do senador Fernando Collor (PTB-AL).

Petralhas: mais condenação

A corja de donos do Partido dos Trabalhadores sofreu mais um abalo e condenação em mais um julgamento de suas falcatruas esta semana. A Justiça Federal em Minas Gerais condenou vários réus que figuram na Ação Penal 470, do Supremo Tribunal Federal (STF), em um caso derivado das apurações que deram origem ao processo do mensalão. Entre os condenados, estão o ex-presidente do PT José Genoino, o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares e o publicitário Marcos Valério. Eles foram condenados por falsidade ideológica. A decisão é de primeira instância e ainda cabe recurso.O processo trata de empréstimos feitos pelo Banco BMG ao PT, por intermédio do grupo de Marcos Valério.

Da coluna do Nery

Barra de São Miguel, a 36 quilômetros de Maceió, é um dos pedaços de terra e mar mais belos do país. Um mar todo azul cercado de terra toda verde. Disputaram as eleições para prefeito: Zezeco, do PP, e Taciane, do PTB. Zezeco teve 3.354 votos (72,01%) e Taciane 1304 (27,99%).

Lendo assim, uma noticia banal, como em milhares de outros pequenos municípios do Brasil a fora. Acontece que Zezeco é um fenômeno social, econômico e político. Jovem paulista de 27 anos, bonitão e simpático, rico, muito rico, riquíssimo, chegou a Barra de São Miguel há quatro anos, encantou-se com o que viu, instalou-se em uma mansão sobre o mar, fundou uma ONG e começou a fazer política com obras sociais.

Candidatou-se a prefeito e teve a votação consagradora. Seu projeto é fazer uma “administração revolucionaria”, mudar a cara do município, depois ser deputado federal e governador. Vai conseguir? Com o dinheiro que tem e a cidade pequena e já bela, conseguirá, dizem seus amigos.

Ah, sim, como diria a luminosa Camila Pitanga no final da propaganda da Caixa Econômica: Zezeco é neto do famoso juiz Lalau, do escândalo da construção do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo. ( A coluna de Sebastião Nery é publicada em 23 jornais ).