Para refletir: Festança,
curtir o verão, shows para a população, muita farra e animação. Resta a
pergunta: o trabalho quando começa?
A opção
por um nome técnico
Uma
recente e muito bem elaborada pesquisa à qual tive acesso, feita por uma
instituição nacional (encomendada para consumo interno) mostrou, claramente, o
desencanto do eleitorado alagoano com os políticos locais. Se dependesse da
vontade do povo todos, os novos e os velhos, não seriam votados na próxima
eleição. Tudo não passa no entanto de uma ilusão, pois ao alagoano não será
dado o direito de optar por escolhas melhores. O “cardápio” que será servido
será o mesmo de sempre, com os mesmos vícios e as mesmas caras. E continuará
sendo assim: a cada eleição uma decepção.
A
pesquisa exibe o descrédito na classe política ao tempo em que também dá sinais
de que se houvesse algo de novo como opção a coisa seria diferente.
A
constatação do resultado me fez lembrar um episódio de repercussão nacional
ocorrido nas eleições de 1986 quando o jovem empresário Tasso Jereissati (foto 1), então
com 39 anos de idade, aceitou o desafio de liderar um projeto de mudanças no
Ceará, enfrentando o clientelismo e assistencialismo dos “coronéis” da
política. Eleito governador pelo PMDB sepultou um ciclo oligárquico que
dominava o estado há décadas. Implantou um projeto de moralização, austeridade
e transparência na gestão pública. Na época o Ceará foi reconhecido pela ONU
como o Estado brasileiro que mais cresceu no Índice de Desenvolvimento Humano
(IDH). Operou-se significativas mudanças no cenário político , com o resgate da
credibilidade e da autoestima do cearense.O Ceará
beneficiou-se da credibilidade e do prestígio no país e no exterior, passando a
ser referência pelo modelo administrativo e político adotado a partir do
“Governo das Mudanças”.
Outro fato mais recente me chamou a atenção aqui
pertinho da gente. Fui passar uns dias em Recife e após caminhar, andar de taxi
e conversar com moradores da cidade cheguei a uma conclusão: queria um prefeito
igual ao deles. Procurei conhecer quem era esse “milagreiro” que em menos de um
ano de administração transforma a cidade, melhora o trânsito e joga a
autoestima do recifense lá pra cima.
Geraldo
Júlio Campos de Mello Filho(foto 2) nasceu em Recife, atuou no
terceiro mandato de Miguel Arraes e, em 2000, foi diretor de planejamento na
Secretaria de Administração da Prefeitura do Recife.Entre 2003 e 2006 atuou
junto a Eduardo Campos no Ministério da Ciência e Tecnologia
durante o primeiro governo de Lula.No governo de Eduardo
Campos, assumiu a Secretaria de Planejamento de Pernambuco
em 2007 e, quatro anos depois, foi secretário estadual de Desenvolvimento
Econômico e também atuou como
presidente do Porto de Suape.Nas eleições de 2012, foi candidato à
prefeitura do Recife, pelo PSB, sendo eleito no 1º turno, com
51,15% dos votos válidos. É a maior revelação da safra de prefeitos das
capitais, que por sinal não é uma safra a ser levada em consideração.
Com os
dados da pesquisa que falei o inicio, com os indicios de frustração
generalizada do eleitorado, não seria a hora de se tentar colocar um técnico no
governo de Alagoas em busca de coisa melhor? Fica lançada a idéia.
Uma esquerda
sepultada
A
“esquerda” alagoana há muito tempo não existe de fato e muito menos
politicamente. Morreu nas mesas de bares, nos acordos espúrios com as forças
econômicas e foi comprada pelos grandes partidos. Como em toda eleição os
interesse afloram e aparecem alguns
“esquerdistas” com bandeiras e
programas manjados e ultrapassados discursos que a ninguém convence. Se metem a
fazer “análise política” e se arvoram de “cientistas “ da política quando nada
sabem.
Falam sem
autorização pelos movimentos sociais, as classes trabalhadoras e a opinião
pública, quando na verdade não falam nem por eles mesmos.
O lado
bom e ético de uma oposição coerente e com propostas prontas para que sejam
ouvidas a aceitas pelo eleitor só vejo em dois nomes: Heloisa Helena(PSOL) e
Judson Cabral ( PT). Ambos estão em seus lugares, nem na esquerda e também na
direita, pois não se vendem, não se trocam nem aceitam barganhas. O resto é
“esquerda de mesa de botequim”.
Um gesto
de grandeza
O
governador Teotônio Vilela surpreendeu a maioria dos jornalistas, políticos e
até parte do seu secretariado ao anunciar na segunda feira a decisão de
permanecer no cargo até o fim. Eu já tinha conhecimento do anuncio, mas prometi
não divulgar. Teotônio Vilela teve um ato de coragem e agiu diferente da norma
usual (se afastar para concorrer a uma cobiçada vaga de senador). Ninguém tem
dúvidas de que teria amplas chances de ganhar a eleição e principalmente os
adversários sabem disso e até comemoraram. Teotônio decidiu que quer concluir
seu programa de governo, deixar sua marca e entregar ao seu sucessor um estado
saneado, arrumado e pronto para o rumo do desenvolvimento. Mais tarde e aqui
lanço um desafio, a história contará as vitórias de sua administração que a sua
comunicação não soube contar.
Mostrou
aos demais que não é um carreirista e que está bem acima das tratativas
fisiológicas, de grupos e pessoais. É um
produto com certificado de origem e uma trajetória digna para contar.
De
repente se transforma por vontade própria de pretenso candidato ao mais
qualificado eleitor para o próximo pleito. Muitos agora o estão cercando em
busca do seu beneplácito, mas como sempre ele saberá a hora, a vez e a quem
“abençoar”.
Encerrando
o seu mandato tem alguns planos. De imediato curtir muito a família que o
espera e cuidar da saúde. Redescobrir o Brasil em seu esporte preferido:
motocicleta. E depois ai só ele e Deus devem saber. Parabéns Teotônio, você fez
por merecer e a história dirá no futuro.
As praias
podres de Maceió
Esta
semana criou-se uma vasta discussão nas redes sociais e até na mídia local por
conta de uma foto e comentário irônico do ator Bruno Gissoni, da TV Globo,
sobre a imundice das praias de Maceió. Entre bobagens e absurdos, como é comum
nesse meio a raiva de alguns e aplauso de muitos à justa crítica do ator global
que depois pediu desculpas aos alagoanos. Em minha opinião o cara está correto
e não tem nada que pedir desculpas. Temos praias imundas, trechos literalmente
invadidos por esgotos que os milionários da Ponta Verde e Pajuçara despejam e
que a Prefeitura finge que não vê, pois não vai punir “a sua turma”.
O inferno
vem ai
O caro
leitor anda estressado com o trânsito de Maceió que é dirigido por amadores e
nada sabem do setor? Acha que a Avenida Fernandes Lima é um transtorno e pensa
duas vezes antes de e aventurar por esta via? Se prepare, pois a coisa vai
piorar e muito.
Já estão
“pintando” as faixas exclusivas para ônibus anunciadas irresponsavelmente para
a Fernandes Lima. Um respeitado especialista em trânsito me dizia: “Está tudo
errado e a coisa vai virar um inferno”.
Queria muito “morder minha língua” e ter que desmentir aqui, mas acho
improvável. Pagaremos pelo preço da burrice e da incompetência de administrar.
Campanha
com “rédeas curtas”
O presidente do Tribunal Superior
Eleitoral, o ministro Marco Aurélio Mello declarou esta semana que, sob seu
comando, a Justiça Eleitoral deverá atuar sob "rédeas curtas" para
conter abusos. "Sem dúvida, eu vou atuar como sempre atuei, buscando
manter as rédeas curtas, para não termos abusos".
Ele disse que as regras existem para manter
o equilíbrio da disputa, de forma a evitar que quem esteja em cargos públicos
leve vantagem. "A norma visa a um pleito equilibrado, eleições
equilibradas, com possibilidade de disputa por todos os cidadãos que se
apresentarem como candidatos".
"Como as paixões estão exacerbadas,
podem colocar em segundo plano a regência legal. É preciso, no entanto, que
todos os candidatos estejam atentos à lei. Mais importante que isso é o eleito
compreender o valor do voto. É único, mas se soma a outros para eleger os
representantes” .
Mais rigor na fiscalização
Para evitar a interrupção de obras
públicas e o desperdício dos recursos aplicados, a Comissão de Meio Ambiente,
Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle do Senado poderá aprovar projeto
que obriga o Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea) a
apresentar relatório anual sobre a situação de obras realizadas com recursos
públicos que estejam atrasadas ou paralisadas. O relatório anual, com a
discriminação das obras interrompidas, ajudará no trabalho já realizado por
órgãos de controle externo e interno da União. O projeto do senador Fernando
Collor (PTB-AL), prevê que o Confea envie o relatório até o dia 31 de dezembro
de cada ano às comissões de Fiscalização e Controle da Câmara e do Senado, ao
Tribunal de Contas da União (TCU), à Controladoria-Geral da União (CGU) e ao
Ministério Público.
Sempre opinei que os Conselhos de
Engenharia deveriam acompanhar fiscalizar e avaliar Licitações e execução de
obras. Faço isto simplesmente há mais de vinte anos só que os administradores
desonestos detestam a ideia.
Publicado também no Jornal Extra, Jornal Tribuna do Sertão, Jornal Tribuna Alagoana, Site Tribuna do Sertão, Site Tribuna do Agreste.
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