Para refletir: A política tem a sua
fonte na perversidade e não na grandeza do espírito humano. (Voltaire)
Um anúncio, uma decisão e um rebuliço
Os atos e
fatos produzidos nos últimos dias pelo governador Teotônio Vilela deu uma
mexida radical no tabuleiro do xadrez político alagoano. Ao anunciar que
permaneceria à frente do governo até o final do mandato (fato inusitado nas
últimas décadas) deixou de ser um respeitado concorrente e se transformou no
eleitor mais cobiçado das próximas eleições. Deu um “nó de marinheiro” nos
principais anunciados pretendentes ao cargo que literalmente “dançaram tango de
Gardel” , principalmente ao anunciar a
possibilidade de apoiar outros nomes que nem constavam da lista de notáveis.
Verdade mesmo ninguém sabe o que transita pela cabeça de Vilela, enigmático
como sempre quando se trata de eleição, mas uma coisa é muito clara: possui uma
ou algumas cartas na manga e é disparado um de nossos mais competentes
estrategistas quando se trata do quesito política. Se pretendeu “azucrinar” o
juízo dos postulantes com suas declarações conseguiu. Daqui pra frente só ele
sabe o caminho das pedras e como de costume
não tem pressa, o que deixa uma metade em estado de “catatonia” e a
outra em profunda “depressão”. Todos buscam a “unção vileliana” que hoje vale por pelo menos meia eleição, mas sabem e sofrem
com o estilo Téo de ser: ninguém jamais arrancará de sua cabeça uma definição
antes do tempo e da hora que ele determinou. Sempre foi assim e continuará
assim. Resta ao séquito pretendente a estressante tarefa de corteja-lo,
flerta-lo e quem sabe na caminhada ao escolhido ele mostrará “Le pietre miliari” e até o conduzirá pela mão. Isto é possível?
Pergunta a ele.
A
consciência do dever cumprido
Ao
anunciar a mudança em seu secretariado o governador incluiu o nome de Luiz
Otávio Gomes, do Planejamento e Desenvolvimento surpreendendo vários setores da
economia e da política. Como sair agora o melhor secretário de sua equipe? Como
ficam as competentes relações institucionais de resultados nunca alcançados?
Luiz Otávio já havia dito ao governador que deixaria o cargo em março ele
permanecendo ou saindo. Sou testemunha de que há muito ele não queria mais
ficar. Mas agora havia chegado ao seu limite pragmático e ele é um homem de
cumprir metas. Fez planos e construiu programa de etapas para sua empresa e
para a nova empresa que vai cuidar, uma LOG voltada para a “estratégia de
negócios de investimentos” em Alagoas e no Brasil, um assunto no qual é Phd.
Sei que recebeu convites tentadores
partidos de altíssimas contas nacionais e até internacionais para quando
deixasse o governo. Recusou todos. “Não quer ter patrão”. Perdeu tempo no governo? Não, e até ampliou
espaços. Deu em dose cavalar sua cota de colaboração ao desenvolvimento do
estado e ao rumo do governo. Mas determinou que era hora de parar. Um fato,
porém causou burburinho no anúncio e ganhou os gabinetes políticos e as redações da imprensa: “se ia sair em março,
por que sai em janeiro”? Pimba! É candidato! E é o candidato do governador!
Em busca
de um nome
O
governador anunciou que o PSDB teria três possíveis nomes para disputar o
Governo entre estes o de Luiz Otávio Gomes, que diferente de alguns do próprio
governo nunca demonstrou o menor interesse em ser candidato. Conheço de perto
seus planos para o futuro e sua pressa em deixar a atividade pública para
cuidar de seus negócios e dedicar a sua família que cobra sua presença há
muito. Na sua ótica fez o que tinha que fazer. Eu acho que fez muito mais. Foi,
junto com o governador, o condutor do processo de desenvolvimento e de
credibilidade do estado nos últimos sete anos. Alagoas ainda precisaria muito
de sua presença, mas ninguém tem o direito de impedir sua trajetória de sucesso
de volta as atividades privadas. Conversava esta semana com dois lideres
empresariais da maior importância e ouvia deles insistentes opiniões de que
“Luiz Otávio seria o grande nome para governar Alagoas”. Conversei longamente também com om próprio
Luiz Otávio e perguntei: você é candidato a governador ou senador? Não! Foi a resposta que já sabia e ouvi de novo. E
insisti: Se jogarem a bomba em seu colo
você descarta? Ele sorriu e não me respondeu.
Nos
últimos dias tem sido procurado por influentes políticos, lideranças
empresariais e figuras de expressão local e nacional. A todos a mesma
colocação: “Tenho planos e quero cuidar urgente de minha vida particular e de
minhas empresas”. No fundo revelo minhas conclusões que gostaria fossem a
realidade: Luiz Otávio é um apaixonado por Alagoas e “se o cavalo passar selado
ele monta e disputa a corrida corrida”.
Palavras de um
promotor
Sem comentários transcrevo as palavras do ético promotor Marcus Rômulo, nas
redes sociais, sobre o absurdo patrocínio de um orgão público para uma
iniciativa privada e lucrativa:
“Bom dia! Para aqueles que irão para o
“Lopana Phoenix”, na praia do Gunga, é bom lembrar o infame patrocínio de R$
300.000,00 dado para o evento pela Prefeitura de Roteiro. Com uma das
populações mais miseráveis do país, aquela prefeitura elegeu como prioridade
patrocinar um evento de bacanas e suas lanchas. Deveriam estar presos quem deu
e quem recebeu o patrocínio vergonhoso. Um pouco de consciência social por
parte de quem tem dinheiro seria bom, nesse nosso estado paupérrimo”.
Preso não é bicho
Cometeu crime? Tem que
ir para a cadeia. A Justiça não pode ser branda, muito menos complacente com
quem roubou, traficou ou matou, inclusive com os bandidos de colarinho branco
que com o dinheiro do roubo pagam ricas bancas de advocacia e ficam livres das
grades. Mas a prisão não pode ser degradante e o preso não pode ser tratado
como animal perverso, mesmo tendo cometido um crime bárbaro. A privação da
liberdade é a pena máxima imposta pela lei brasileira. Como pode um local com
capacidade para 74 detentos abrigar 714? É o que ocorre no Presídio Rorenildo
da Rocha Leão, no município de Palmares, Pernambuco, transformado no maior
símbolo da superlotação do sistema prisional. Não existem médicos, nem local
para atendimento à saúde. O Ministério Público reclamou e poderão ser removidos
apenas 68 presos para outros locais. Como em Pernambuco em outras unidades nos
estados a situação é bem parecida, inclusive aqui em Alagoas. Esses presídios
são verdadeiras bombas prestes a explodir a qualquer momento. O governo federal
é omisso e os governos estaduais negligentes. Até quando? Tudo mudaria se
deputados e senadores fossem presos também nesses locais.
Segurança
em boas mãos
Não dá para se fazer previsões do que
acontecerá com o setor de Segurança Pública e Alagoas com as mudanças
efetuadas, mas uma coisa se pode assegurar: está em boas mãos.
Conheço de perto duas das principais
figuras do processo de mudanças e não vacilo em assegurar que estão entre os
melhores. O procurador Eduardo Tavares nomeado secretário de Defesa Social é um
home admirado e respeitado por toda sociedade alagoana. Tem uma carreira
caldada no cumprimento dos princípios da moralidade e da legalidade junto à coragem de agir quando se trata da
defesa dos direitos do cidadão e do interesse público. Ponderado, mas nunca
omisso, tem o apoio de sua instituição para mudar a face da violência urbana e
fará o que estiver ao seu alcance, mesmo com tempo curto para o seu trabalho.
O outro nome é o delegado Carlos Reis.
Computo como o melhor quadro da nossa Polícia Civil. Profissional competente e
dedicado tem usado sua vocação e inteligência na realização de um trabalho
marcante e de pleno sucesso. Se não fez mais é porque não deixaram, mas é quem
melhor entende e pratica policia na instituição.
O tempo é pouco, mas alguma coisa
poderá ser feita pela segurança dos
alagoanos que estão descrentes e desesperados.
Eu queria votar nessa
dupla
Não sei o que vai acontecer daqui pra
frente, mas sei perfeitamente que pode acontecer tudo, inclusive nada. Mas
diante das circunstâncias que se evidenciam, das reais necessidades de Alagoas
se desenvolver, do quadro até agora posto aos alagoanos confesso que gostaria
muito de votar nessa dupla: Thomaz Nonô e Luiz Otávio Gomes. Com uma chapa de
cabeça pra cima ou de cabeça pra baixo, mas que sejam os dois. Nós alagoanos
merecemos e somente nós poderemos fazer acontecer. De minha parte já decidi e
você o que pensa?

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