Para refletir:“Em 2010:
estava em 3º lugar nas pesquisas e enfrentava as principais lideranças
políticas do Estado. Fui reeleito”. (Governador Teotônio Vilela)
O
pesadelo do marginal José Dirceu
Lia por esses dias um texto publicado na
Tribuna de Imprensa, de autoria do jornalista Carlos Newton e o seu conteúdo me
chamou a atenção. É o relato de uma história que mudou seu rumo e transformou o
seu protagonista de herói em vilão, sujou uma biografia e sepultou
definitivamente a vida política de um “quase cidadão”.
A
fisionomia de José Dirceu ao sair da cadeia para trabalhar não era esperada
pelos repórteres, fotógrafos e cinegrafistas. Não havia nada daquela alegria
demonstrada por Delúbio Soares, que está sempre com o sorriso estampado no
rosto, o que até indica um determinado grau de alienação.
Dirceu mandava e desmandava no governo. O
presidente Lula o obedecia cegamente, até que foi aprendendo as manhas e passou
a dividir o poder, digamos assim. Veio então o escândalo do mensalão, e Lula
deu a sorte de ter sido poupado por Roberto Jefferson e pela própria oposição,
que ingenuamente achava que o presidente iria cair de podre. “Vamos deixá-los
sangrar”, diziam os oposicionistas, festejando antes da hora.
Dirceu demonstrou uma invulgar
capacidade de operar o chamado tráfico de influência e ficou rico numa
velocidade impressionante. Sua desenvoltura era tamanha que montou um
escritório num hotel de Brasília, onde foi flagrado “despachando” com o então
presidente da Petrobras, Sergio Gabrielli, e outras autoridades federais,
inclusive ministros. Nessa incessante e proveitosa atividade, o ex-chefe da
Casa Civil fez escola no governo, porque outros influentes petistas também
abriram “consultorias” e passaram a faturar no estilo Dirceu. Entre outros,
Antônio Palocci, Fernando Pimentel, Erenice Guerra e até Delúbio Soares se
tornaram “consultores” bem sucedidos. Mas o final da história é triste. Dirceu
ganhou muito dinheiro, mas perdeu todo o resto: a dignidade, a honradez, o
futuro político e própria biografia. Até a mulher que ele amava foi embora. Sua
fisionomia abatida e desanimada mostra uma transformação brutal. Como ensinava
Miguel de Cervantes e o poeta Ascenso Ferreira repetia, pode-se dizer que
Dirceu também levou a vida em grande disparada. Para quê? Para nada. Se tivesse
feito a coisa certa, estaria hoje no eixo Planalto-Alvorada tentando a
reeleição. Seria o presidente José Dirceu e nem saberia onde fica a
Penitenciária da Papuda.
O jogo sujo da política
Na
política podre e sem princípios é assim: tenta se ganhar no voto e também no
“tapetão”. São muitos os que fazem da política um verdadeiro “balcão de
negócios”, vendendo legendas, alugando partidos e negociando a própria honra.
Percebi esta semana que essa turma de trapaceiros eleitorais começou cedo a
agir, sempre em busca de se beneficiar direta ou indiretamente. A ação marginal
visando impugnar a candidatura do jovem Pedro Vilela (PSDB) à Câmara Federal dá
uma mostra de como deve ser o tom da disputa que apenas está começando.
Conversei com um integrante do plenário do TRE que me assegurava: “vamos estar
atentos também contra os que querem apenas tumultuar o processo eleitoral”.
Nada a
declarar
Os nossos três
principais candidatos ao governo iniciam oficialmente suas campanhas sem que o
eleitorado possa identificar suas marcas registradas. Dão a impressão de estar
cumprindo sem entusiasmo uma obrigação burocrática incapaz de
empolgar quem quer que seja.
Quem sabe com o
final desastroso da Copa do Mundo para os brasileirosse disponham os nossos
candidatos a apresentar-se aos
alagoanos, ainda que muita gente imagine que só o farão em agosto, quando
começar o horário de propaganda eleitoral obrigatória. Por enquanto, nada.
O singular nessa
pasmaceira é que o povão não está nem aí. Pouco se interessa pela movimentação
desses três pretendentes ao trono. Muito menos dos demais de menor
importância, dos “laranjas” e dos “bananas”. Há na verdade um desinteresse que
impressiona do eleitorado em votar. Muitos querem mudanças, mas nem sabe para
que.
A guerreira em ação
Tem sido
impressionante a receptividade à candidaturade Heloisa Helena em praticamente
todos os municípios que tem percorrido
em busca do resgate de seu mandato no Senado Federal. São manifestações
espontâneas , vindas de grande número de
pessoas que não apenas lhe garantem o voto, mas também o engajamento em sua
campanha.
Será uma luta
contra gigantes e poderosos, mas com certeza dará muito trabalho a seus
adversários e tem tudo para voltar a Brasília por oito anos.
Tem que pagar
A
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados
aprovou em caráter conclusivo, proposta que permite a
cobrança, pelas associações de moradores, da taxa de condomínio dos imóveis
localizados em vilas ou ruas públicas de acesso fechado.
Originalmente,
a proposta proibia essa cobrança. A matéria seguirá agora para análise do
Senado, exceto se houver recurso para que seja examinada antes pelo Plenário da
Câmara.
De
acordo com o substitutivo, será adotado coeficiente para participação contributiva
de cada usuário do lote com acesso controlado no custeio das despesas de
manutenção do loteamento. Esse coeficiente será expresso sob a forma decimal,
ordinária ou percentual, conforme dispuser o estatuto ou ato constitutivo da
entidade civil responsável. Por aqui a questão tem gerado muitas ações e
confusões, o que podeacabar com a lei em vigor.
A palavra dos
candidatos
Benedito
de Lira
O plano de Governo de Benedito de Lira prevê a melhoria da gestão
dos serviços públicos como saúde, educação e segurança com mais investimento
nos três setores por meio da contratação de mais servidores e flexibilização.
Cada unidade regional terá total autonomia.
“Cuidar da saúde, educação e segurança é o dever de casa”, afirma
ele.
O que preocupa Benedito de verdade é o desenvolvimento econômico e
social. Alagoas está muito atrasada e é preciso investir na infraestrutura para
que aconteçam as necessárias transformações.
Os dois maiores investimentos são a ampliação do canal do sertão
de forma a abranger os 16 municípios do agreste e a construção do ramal do VLT
até o Aeroporto dos Palmares (o projeto alcança bairros importantes como o
Poço, Jacintinho, Benedito Bentes, etc).
Se for eleito governador, Benedito vai lutar pela federalização da
AL-101 norte, que trará benefícios para cerca de 10 municípios do litoral
norte.
O setor primário receberá muita atenção, com apoio para a
agricultura, pecuária e piscicultura.
Eduardo Tavares
Vou
governar Alagoas com a dedicação, a paixão e a esperança com que enfrentamos
outras missões. Trabalhar os interesses
sociais sem descurar os avanços na economia é nosso principal desafio. E vamos
superá-lo com um novo jeito de fazer, fundado nos compromissos de melhorar a
vida da população, de considerar que o dinheiro público tem o povo como único
dono e que o governante precisa ser honesto, transparente e usar o dinheiro
público com responsabilidade, seriedade e lisura.
Saúde,
educação, segurança, turismo, agricultura mantêm-se como grandes prioridades.
Vamos sequenciar as boas e efetivas medidas que vêm sendo empreendidas e vamos
fazer mais, pois queremos e precisamos fazer mais. Vamos buscar mais recursos e
parcerias.Vamos buscar um tratamento diferenciado para Alagoas junto ao Governo
Federal.
Um novo jeito de fazer será pautado por posturas
vigorosas e firmes, mas buscará incansavelmente a união das diferentes forças e
setores
Renan Filho
"A saúde pública é um dos pontos centrais do projeto de
governo da nossa coligação. Estamos ouvindo a população e
consultando profissionais do setor. A realidade é preocupante, e já esperávamos
por isso. Temos muito trabalho pela frente, mas há soluções possíveis para
melhorar o sistema.
Visitei, nos últimos
dias, três importantes unidades privadas de saúde em Maceió – a Santa Casa, o
Hospital Sanatório e o Hospital do Açúcar. As três possuem leitos para o SUS.
Pude confirmar o que todos sabem e a população mais carente sente na pele: o
sistema está estrangulado e a crise na saúde pública em Alagoas alcançou a rede
privada, ameaçando os serviços prestados por essas instituições não
governamentais à população mais carente. Por exemplo, entendo como
indispensável estabelecermos em Alagoas um novo modo de distribuição dos
recursos do Sistema Único de Saúde. O governo estadual tem de levar em
consideração o grande e insubstituível papel desempenhado por estabelecimentos
hospitalares como a Santa Casa, o Sanatório e o Hospital do Açúcar, e de todas
as demais instituições não governamentais, sejam beneficentes ou privadas, no
atendimento à população alagoana”.
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